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06:00.

O cansaço tomava conta de seu corpo. Concentrou-se no teto, exausta após um longo dia de trabalho. Sentada na cama, virou-se para ver Paulo dormindo pacificamente. Esfregou os olhos, decidida a se levantar. Os olhos demonstravam claramente a fadiga. Levantou-se e foi até o banheiro, despiu-se e permaneceu nua ao ligar o chuveiro. A água morna escorria pelo corpo, e, aos poucos, a exaustão ia desaparecendo.

Verônica desliga o chuveiro e, após secar os cabelos com a toalha, se envolve nela e sai do banheiro em direção à pia para escovar os dentes e arrumar os cabelos. Ao sair do banheiro para trocar de roupa, percebe que já são 07:00.
- Caralho! --exclamou Verônica, um tanto apressada. Ela rapidamente veste suas roupas e coloca o distintivo. Em seguida, desce as escadas e dirige o olhar a Paulo e às crianças.

- Bom dia! - cumprimenta ela rapidamente, distribuindo beijos em seus filhos e um breve selinho em Paulo.

- Espera aí, você não vai tomar café com a gente hoje, Verô? - questiona Paulo, segurando sua xícara e tomando um gole de café.

- Não consigo hoje, estou muito atrasada. Tchau, amo vocês!

Ela expressava enquanto se encaminhava para a saída, com pressa para abrir o portão e deixar a residência. Verônica suspirou e acionou o botão para destrancar o automóvel. Logo depois, abriu a porta, adentrou no veículo, virou a chave e dirigiu com certa velocidade.

Parece que o dia não estava colaborando, pois o intenso tráfego de São Paulo lhe provocou uma forte dor de cabeça. Finalmente, ao chegar à delegacia, ela subiu de elevador e suspirou aliviada ao ver as portas se abrindo. Saíu com um discreto sorriso, apesar do cansaço evidente em seu rosto. embora a expressão de cansaço permanecesse visível.

- Bom dia! - ela cumprimenta, dirigindo-se a Nelson com um leve sorriso. - Bom dia, Verônica! - responde ele, estendendo a mão em um gesto de cumprimento.

Ao sair, com um sorriso suave no rosto, Verônica encontra-se com a delegada Anita Berlinger.
- Novamente atrasada, escrivã? Você realmente é uma incompetente. No final do dia, estarei esperando por você na minha sala
--afirma a delegada, com um tom severo e um sorriso sarcástico.

Suspirando com um semblante visivelmente irritado, Verônica se vê incapaz de formular qualquer resposta, Anita a deixa sozinha, impossibilitando-a de dizer uma palavra. Na verdade, Verônica não tinha nada a falar. Anita conseguia calar com uma simples "cala a boca."

A morena se senta em sua mesa vendo o caso da martha novamente. Tentando se concentrar mais a loira martelava forte sua cabeça. Mechendo a perna sem parar, ela suspira e olha a tela do computador finalmente concentrando no caso.

No outro lado da sala, Anita Berlinger tomava goles de seu café enquanto revisava os casos. Sua mente estava agitada, desejando fumar um cigarro e liberar todo seu odio na escrivã, embora soubesse que isso não era apropriado. Ah, a escrivã. Era quase satisfatório encher a paciência dela incessantemente. Às vezes, Anita achava interessante observar Verônica trabalhando sem parar com tanta dedicação e se deixar levar pelo comando da situação. Com um sorriso discreto, Anita murmura para si mesma:

- Ah verônica, você é uma piada. Mais é tão...
--Anita mordisca os lábios dando uma pausa em sua frase mais logo terminando ela.
- Boba. talvez se você não fosse tão idiota quem sabe eu te daria uma chance --Anita ri arruma o cabelo e volta a olhar os casos. Revisar os papéis. Sua cabeça estava latejando de dor. Ela pega todos os papéis e sai de seu gabnete indo até a mesa da escrivã. Ela coloca uma pilha de papéis em cima dela de forma bruta.

- Você ainda é escrivã nessa delegacia ou não? --A delegada sorri com aquele sorriso sarcástico de sempre e sai voltando para seu gabnete

Verônica fica sem entender e da um tapa na pilha de papéis.
-II tá estressadinha hoje em --Nelson diz tirando onda da cara da escrivã. Pois sabia que ela estava puta.

versace -Verônita Onde histórias criam vida. Descubra agora