Capítulo 20_ Bruch

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Boa leitura muchachos!

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Capítulo 20

Brunch

ÀS

Afrouxo a gravata repensando se de fato é uma boa ideia aparecer ali. Duas semanas atrás encontrei Clara Jauregui, a mulher me reconheceu e chorou muito quando soube que eu estava viva e não morta como ficou subentendido para todos. Lauren contou aos seus pais sobre meu retorno, mas eu estava fugindo desse encontro.

É o que tenho feito desde que saí da tumba.

Como se conversa sobre isso?

Oi! Eu voltei! A notícia que fui dada como morta foi apenas um chá de sumiço, longa história! Quem fez aniversário?

Que escarnio.

Conversamos por algumas horas e a mais velha tentou com todas as forças arrancar de mim informações da terra do nunca em que me meti, infelizmente não pude dar a ela esse alívio de alma, simplesmente porque não a daria qualquer alívio, mas uma tormenta significativa, e ela não precisa disso.

Quando a conversa encerrou a mulher fez questão de me convidar para o Brunch anual dos Jaureguis, Clara se tornou uma das madrinhas de um grupo de debutantes há três anos e desde então faz o Brunch para as meninas que irão debutar no mesmo ano. Ela pediu minha presença com fervor e não consegui negar isso a ela.

Na hora, comovida com suas palavras doces disse sim, agora me arrependo de permitir que as emoções dominassem mais uma vez.

Emoções me prejudicam.

Estou em frente ao grande portão de metal negro, encarando o jardim sendo ornamentado ao longe junto a mansão que permanece como me lembro.

—Posso ajudar? –Uma voz robótica ecoa me chamando a atenção para o homem dentro da guarita com o vidro fumê.

O tempo está ensolarado e o reflexo quase não me permite notá-lo a não ser a caixa acoplada na parede, de onde sua voz sai uma segunda vez.

—É convidada?

—Sim, Aster Zacharey. Ele observa um caderno com nomes antes de me encarar novamente.

Posso ver algumas telas de monitoramento de câmeras, mostrando a movimentação em todos os pontos do jardim.

—Não está na lista. —Responde seco.

Franzo o cenho.

—Tem certeza?

—Sim, não há ninguém listado com esse no... —O telefone da cabine começa a apitar e ele o atende rapidamente —Alô?

O retorno da caixa de som é mutado, não me deixando escutar a conversa, apenas observar as expressões corporais do homem recebendo as palavras de quem quer que seja na outra linha.

Ele balança a cabeça freneticamente enquanto anota algo em um papel, pega alguma outra coisa que não consigo notar pelo reflexo, isso tudo dura apenas dois minutos, então um ruído indica que o retorno foi ligado novamente.

—Me desculpe senhorita Zacharey, seu nome está sim na lista, pode entrar —Conclui manso e os portões se abrem soando um rangido de metal quando o fazem.

Caminho para dentro em passos comedidos, tentando captar o máximo de informações ao meu redor.

Há muitas cadeiras brancas dispostas sobre o gramado, uma pequena fonte jorrando um líquido rosa que imagino ser a famosa limonada rosa dos Jaureguis. Vejo também um arco de flores em tons de rosa e branco, fazendo um arco onde aparentemente é um pequeno palco.

Dark Angel_Billie Eilish G!POnde histórias criam vida. Descubra agora