mas você ainda está aqui.

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› Baseado em Marjorie, de Taylor Swift.

No dia 13 de março do ano de 2018, o mundo de Hong Jisoo parou de repente, enquanto ele ainda tinha em mente um único lugar: o jardim da casa de uma das suas vizinhas idosas, cheio de flores, duas árvores e protegido por um muro da mesma altura da...

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No dia 13 de março do ano de 2018, o mundo de Hong Jisoo parou de repente, enquanto ele ainda tinha em mente um único lugar: o jardim da casa de uma das suas vizinhas idosas, cheio de flores, duas árvores e protegido por um muro da mesma altura da casa.

Ele se deitava na grama, rolava sempre nos mesmo lugares; os cotovelos logo encontravam o chão, servindo de apoio para o corpo de um homem morto, misturando-se com tudo o que ele podia tocar, lembrando a Jisoo que ele, muito diferente de Seokmin, não era capaz de ir além do tato.

Passava os dedos pelo cabelo, abraçava os joelhos que ele mesmo fez beijar-lhe o peito. Em inércia, devagar e quase imperceptível, ele balançava para trás e para frente. Sim, nesta mesma ordem. Começou para trás, depois foi para frente. Como tudo o que importava na vida de Hong Jisoo.

Jisoo olhava para o lado, vendo a grama perfeitamente cortada onde deveria ser o lugar de Seokmin. O rapaz alto, de cabelo bem cortado - na maioria das vezes -, pele bronzeada e o sorriso que se assemelhava ao sol. Era perfeito, tirando que ele não sabia nada sobre os astros.

"Aquele ali é Sirius?", Seokmin perguntava, fazendo o rapaz mais velho rir, porque não havia possibilidade de aquele astro ser Sirius. "Se àquela estrela fosse Sirius, então, acredite em mim, Seokmin, você saberia", ele respondeu. Podia ver as engrenagens na cabeça do Lee, que não entendeu nada.

Ele nunca entendia. Lee Seokmin nunca entendeu Jisoo completamente, e fora isso que mais o chamou atenção. Sempre alguem de meias palavras, meias verdades e até mesmo meias mentiras. Hong Jisoo, a prova real que no homem sempre haverá faltas das quais ele nunca conseguirá suprir.

A perfeição nunca foi algo que Seokmin quis atingir realmente, e Jisoo sabia disso. Enquanto eles dois ajudavam a velha Sra. Cha a fazer o jantar, Seokmin contava piadas sem graça que não conquistavam em nada o Hong. No final, os dois comiam no jardim, ouvindo de longe o som baixo da tevê da idosa, olhando um ao outro rapidamente como se tudo sobre eles devesse ser mantido em segredo.

Olhares furtivos por toda a noite; caminhadas noturnas e palavras jogadas ao vento, levadas por ele para lugares desconhecidos. Seokmin vivia como uma bela nota musical, sendo tocada pelos dedos de um músico prodígio, adorada pela platéia que não entende realmente sobre música. Os olhos de Jisoo choram ao ouvir sua melodia: triste, lenta e... Morta.

Sim. Morta, completamente morta. Seokmin aparentava que não, mas era igual a Jisoo: uma linda pintura, com traços agonizantes, cores quentes e uma triste lembrança por trás. Eles pintaram um quadro juntos uma vez. Era um menino, um garotinho, sentado na frente de um homem barbudo e magro. O preto se destacava pelos cabelos, pelas vestes, os olhos e até mesmo os lábios.

Eles não mostraram a ninguém aquela pintura, dizendo que não havia por que. Sabendo que ninguém, além deles, entenderia realmente que o garotinho se tratava da vida, e o homem adulto não era nada além do próprio tempo. O tempo que estava em tudo, que era desejado por todos; nunca alcançado, sempre desperdiçado. O tempo que os levou embora.

𝗼𝗹𝗵𝗮𝗿𝗲𝘀 𝗳𝘂𝗿𝘁𝗶𝘃𝗼𝘀 | 𝗌𝖾𝗈𝗄𝗌𝗈𝗈Onde histórias criam vida. Descubra agora