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Era 11h da manhã quando Cecília acordou. Sentiu cheiro de café e desceu. Seu pai estava sentado na mesa tomando café e mexendo em seu celular.

- Bom dia, pai! - Cecília disse se sentando a mesa junto com ele.

- Bom dia, querida! Café? - ela acenou com a cabeça e ele se levantou para servi-la. - Conseguiu descansar?

- Consegui sim! Demorei pra pegar no sono, mas consegui. Não quis estender o sono pra poder estudar um pouco pra amanhã voltar para a faculdade.

- Não se preocupe tanto com isso agora. Eu entendo que vai ser muito difícil no inicio. Vamos passar por isso juntos ok?

E pela primeira vez desde que sua mãe faleceu, Cecília conseguiu enxergar no seu pai um pouco de vulnerabilidade.
Cecília sorriu.

- Obrigada, pai! Eu sei que vamos.

Terminaram o café em silêncio.

                              _____________

Depois de seu café, Cecília subiu para estudar. Sentou na sua mesa, ligou o notebook e começou a estudar.
Passado alguns minutos recebeu um e-mail.

Oi, Cecí.
Acordei! Bem tarde inclusive!
Mas a canseira não permitiu que eu acordasse antes rs
Como você está? Acostumando com o fuso?

Poderíamos marcar nosso... encontro? Acho que esse é o melhor nome rs

Me diz quando ficaria melhor para você.
Fico aguardando!

Beijo.
V.

Cecília sorriu.

Bom dia!
Feliz que descansou!
Hoje eu preciso estudar, infelizmente... acredito que agora vamos nos organizar no trabalho, estudo...
Mas acho que sexta? Eu não terei aula. Eu sei, são 4 dias esperando, mas acho que teria mais tempo pra você.
O que acha?

Cecí.

E não demorou muito pra resposta chegar.

Longe mesmo, mas tudo bem! Eu aguento!

Muito bem, menina estudiosa.
Podemos manter a conversa até lá? Se eu te atrapalhar você me diz.

V.

- Me atrapalhar? Que bobagem! - Cecília disse alto e sorrindo.

Claro que podemos, V!
Me fale de você, seus pais, seu trabalho.

Bom, meus pais já se foram. Um incêndio.
Eu gosto muito do que faço. Eu não sei se escolheria outra coisa pra minha vida.

E você? Quer me falar sobre sua mãe?

Nossa! Eu sinto muito! Faz tempo?
E que maravilhoso fazer o que se gosta, não é?

Ah... bom, ela descobriu um tumor no estômago. Já estava num estagio avançado, não teve muito como recorrer a nada. Penso que na verdade, foi melhor do que ela ficar aqui sofrendo.

É... acredito que sim. Bom que pense dessa maneira.
Fico cada vez mais feliz de ter respondido minha carta, Cecí.

Eu também fico, V. Fico muito.

E assim passaram os 4 dias conversando sobre familia, trabalho, gostos, e Cecília ria, suspirava e não percebia que cada vez mais estava se apaixonando por V.

Con affetto, V.Onde histórias criam vida. Descubra agora