- valeu por não me prender seu guarda - Koushi comentou bem humorado quando o moreno o estendeu o sorvete de chocolate de casquinha.
- obrigado por trazer o meu filho de volta, e eu.. eu sinto muito pela forma que falei contigo mais cedo, é que eu estava muito nervoso e desesperado, estava procurando o meu garotinho a dias e não o encontrava em lugar nenhum, eu sinto muito - o ruivinho brincava no escorregador em frente a eles, nenhum dos dois tirava os olhos da criança espoleta que já havia caído três vezes nos últimos 15 minutos.
- tudo bem, você até que estava bem calmo, acredite, eu já tive que lidar com pais muito mais surtados do que você, o que é totalmente compreensível já que os seus filhos simplesmente desapareceram assim de uma hora para outra.
- você não tem filhos, senhor..?
- pode me chamar de Koushi, e não, eu nunca tive, eu demorei para ter uma estabilidade financeira realmente boa, fora que eu nunca encontrei a tal da "pessoas certa" e não acho que seja certo que eu crie uma criança no meio em que eu trabalho, sei que fui criado para isso e reneguei por muito tempo, mas.. eu sempre volto para essa vida, e mesmo que eu salve crianças ainda assim eu mato pessoas, eu não me sinto ruim por isso, não acho que seria certo colocar uma criança em meio de toda essa bagunça.. me desculpe, isso foi estranho, não foi? - o mais novo riu constrangido ao ver que o moreno o encarava sem dizer uma única palavra ou esboçar alguma reação.
- de forma alguma, eu realmente acho digno a forma com que trabalha e entendo que não queira ter crianças realmente envolvidas com essas coisas, é bonito o seu gesto.
- valeu. E não me leve a mal, eu realmente amo crianças e por isto trabalho assim, apenas realmente não me acho adequado para essa responsabilidade, sabe, eu adorei o Shou, poderia facilmente ter ficado com ele e você nem ia saber - riu junto do maior terminando a sua casquinha.
- talvez, mas acho que eu daria um jeito de te encontrar - Koushi não soube dizer se aquilo foi uma ameaça ou um flerte, então apenas decidiu não retrucar. - mas e então, você é casado?
- não, nunca tive tempo para essas coisas.
- entendo..
- mas e você? É casado?
- divorciado, a quase sete anos, a época em que ela descobriu a gravidez do Shoyo também descobri que ela estava me traindo, até tentei fazer dar certo e continuar com ela mas as coisas só decairam, ela continuou me traindo então decidi me separar após o teste de DNA do nosso filho.
- eu sinto muito por isso. Caso queira falar algo a mais.. - deixou o espaço aberto para caso ele quisesse dizer alguma coisa.
- mas esta tudo bem, isso parou de doer com o tempo. E mesmo que seja cansativo, ainda vale muito a pena ter o meu garotinho.
- vocês dividem custódia?
- não, assim que ela parou de amamentar deixou ele na minha casa, falou que não queria ter nada haver com nenhum de nós dois, que já tinha feito a parte dela, o Shoyo a conhece e ele costumava perguntar muito sobre ela quando era menor, isto é, até ver ela com um outro cara e um bebê nos braços, acho que o que mais doeu foi escutar ele chorando e falando que ela não valia a pena, ele me prometeu que nunca mais choraria e cumpriu a promessa dele, não chora nem quando cai - foi impossível não sorrir, Shoyo era maduro de mais para a idade dele.
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I want your father too
Fanfiction"- eu quero o meu pai! - é.. eu também quero o seu pai." E afinal, quem não quer Daichi Sawamura?