Minha Paciente

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Geralmente ás quartas a clínica é mais movimentada,  não achei que faria tanto sucesso 6 meses atrás quando eu e Samanta abrimos juntas. Samanta é minha irmã, 5 anos mais velha que eu, e uma ótima Fisioterapeuta.

Tenho muito orgulho de ter me formado em Psicologia com 24 anos, e agora, 3 anos depois ter minha própria clínica. Nada mal né?
Temos apenas uma secretária, Michelle, e eu atendo de segunda à segunda, sem tempo para passear, sem tempo para namorar.

Ajeito minha camisa branca ao sair do banheiro, depois do almoço meu coque já fica meio frouxo, óculos brancos recém comprados pois sou míope e minimalista.

- Qual o próximo paciente? - pergunto para Michelle rodeando sua mesa

- Vitória Nunes, agora às 13:15.- balanço a cabeça e adentro minha sala onde à uma poltrona muito confortável e um pequeno sofá, onde meu paciente pode até se deitar caso queira. Ouço uma batida na porta e me ajeito cruzando as pernas, merda de saia apertada.

Se põe em minha sala uma mulher alta, cabelos curtíssimos e ondulados, camisa e calça no mesmo tom de preto, tatuada por completa nos braços.

- Boa tarde Dr' Sara. - se senta e eu confesso que por um segundo perdi todo o fôlego em meus pulmões.

- Olá Senhora Vitória - e ela continua: - Senhorita, ainda não sou casada.

- Bom, eu também não.- Sorrio gentil

 - O que te trás aqui hoje? - pergunto pegando meu caderno vermelho em cima da mesa ao lado da poltrona.

- Suspeito ser ninfomaníaca.- Suas mãos involuntariamente se tocam naquele frenético tique nervoso

- O que te levou a achar isso?

_ Minha antiga namorada achava que eu era ninfomaníaca, e quando terminamos eu resolvi procurar entender se realmente sou. - responde

- Certo, vamos começar pelo básico? Poderia me falar um pouco sobre você?- Acrescento: - O que quiser me contar.

- Tenho 24 anos e sou tatuadora - sua mão esquerda percorre seu outro braço
- Aliás fui eu mesma que fiz.

- Mesmo? É uma boa tatuadora então.

- Moro sozinha, solteira no momento, poucos amigos, não tenho mais contato com a minha família - respira - e sempre tive  um apetite sexual enorme - ela faz uma pausa e me olha de cima a baixo continuando: - Não sei se realmente é isso ou sou uma tarada e ela não deu conta.

Respiro fundo. Sempre levei a sério a ética profissional de não me envolver com um paciente, mas não poderia negar que a achei muito atraente.
- Quantas vezes você costuma fazer sexo na semana?

Ela enrolou por alguns instantes
- Em média umas 18 vezes. Anoto

- Essa vontade frequente te faz entrar em situações perigosas, na sua visão?

- Apenas se você considerar foder com mulheres casadas perigoso.- Se deita no sofá

Mordo meus lábios
- Você tem mais de um parceiro atualmente?

- Sim, é variável, eu acabo por ir numa casa noturna  ou durante o dia me masturbo algumas vezes, vejo porno. Nada saudável.

- Com essa frequência não, você já notou algum tipo de gatilho?

Ela fecha seus olhos
- Não, apenas me vem pensamentos muito impuros e uma vontade enorme de trepar com uma mulher gostosa.- mantenho uma postura profissional

- Me perdoe o linguajar!

- Aqui é um ambiente seguro para isso também.

- Para o que mais é seguro? -  ela sorri perversa

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