No enigmático Reino do Baralho, onde a vida de todos é governada por um intrincado jogo de cartas, surge uma história de destino e mistério. As regras desse jogo são decididas por um ser enigmático conhecido como o Joker, uma figura que oscila entre...
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— Encarar esses arrogantes em um banquete é o ápice da humilhação!
SN caminhava pelos corredores ornamentados do castelo, indignada por ter que participar de um banquete de boas-vindas com os reis e rainhas e seus competidores. Ela não pertencia àquela pompa de riquezas e ambições cruéis que alimentavam os jogos. As ordens para se dirigir às terras dos jogos e residir lá durante o torneio haviam sido claras e inegociáveis.
Há alguns dias atrás, o Joker enviou um convite a todos os participantes do Torneio para um "jantar de boas-vindas", onde poderíamos nos conhecer. Do ponto de vista de SN, isso era ridículo; afinal, em poucas semanas estaríamos nos matando naquela arena. Simplesmente não fazia sentido algum.
Junto com o convite, havia uma caixa grande com um laço excessivamente elaborado e um cartão em cima:
"Para minha Rosa Negra, Um pequeno presente para você usar esta noite. Espero que aprecie o gesto. Com a mais profunda admiração pelo seu estilo peculiar,
Um admirador"
SN revirou os olhos, sentindo a raiva crescer dentro de si. "Rosa Negra? Admirador? Quem ele pensa que é?" murmurou, rasgando o cartão em pedaços. Em seguida, abriu a caixa, revelando um vestido luxuoso. Ela o segurou, examinando o tecido fino e os detalhes intrincados. Era um vestido vermelho, vibrante e provocante, com decotes grandes que deixavam pouca coisa para a imaginação (vestido da capa). SN sentiu o rosto esquentar de raiva.
"Isso só pode ser uma piada," resmungou, jogando o vestido de volta na caixa. "Como se um vestido caro fosse tornar essa situação menos insuportável."
Ela sabia que tinha que ir ao jantar, mas isso não tornava a ideia menos repugnante. SN respirou fundo, tentando acalmar a raiva que borbulhava dentro dela. Com um último olhar de desprezo para a caixa, ela se preparou para a noite que certamente testaria sua paciência ao limite.
E aqui estávamos, no castelo nada humilde do grande Joker, onde teríamos de conviver durante os períodos do torneio. As torres altas e sombrias se erguiam contra o céu noturno, imponentes e ameaçadoras, refletindo perfeitamente a natureza dos jogos que estavam por vir. Os corredores eram adornados com tapeçarias luxuosas e candelabros de ouro, mas a opulência não conseguia esconder a sensação de perigo iminente que pairava no ar.
Toda a decoração do castelo era tematicamente ligada aos naipes e aos elementos de um baralho de cartas. As tapeçarias exibiam intricados padrões de espadas, copas, ouros e paus, enquanto os candelabros tinham detalhes que lembravam cartas de baralho. Até os vitrais representavam reis, rainhas e valetes em posições majestosas, refletindo a luz de uma forma que lançava sombras dançantes no chão de pedra.
