Capitulo - 1

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     Ao tempo que perdi ao acreditar no amor

  Poderia demonstrar interesse em algo ou alguém, porém tudo que diria, é o meu tempo desperdiçado. Dito isto pois, eu vivo em traumas e náufrago em pensamentos.
Passei minha vida todo esperando alguém para me fazer amar e ser amado. Mas nada que possa realmente explicar ou sentir, mal posso esperar para passar tudo que meus irmãos passam e passaram.

Eu sou um homem de 30 anos, no auge da vida eu diria, mas sem nada a oferecer demais, somente um detetive amargo, e sem um pingo de bondade. Eu pego casos que são considerados sem uma real solução, e os soluciono. Geralmente casos de desaparecimento, pais de uma menina me chamaram pois sua filha desapareceu depois de uma briga com os mesmos, dito isso a menina aparentemente foi para a floresta atrás de casa, se perdeu, acabou morrendo de desidratação, afinal, uma garrafinha de água gelada não dura pra sempre, principalmente com 30° graus e um sol com uma sensação térmica de 35°, uma insolação, duas semanas direto andando em círculos, sem comida a água.

A pergunta que muitos me fizeram ao longo das investigações, foi que os cães não capitaram o cheiro dela e ninguém pensou que ela teria ido para trás da casa dela, vulgo a floresta, a resposta é simples, falta de comprometimento profissional. Aparentemente os pais da menina não estavam ligando pois achavam que a mesma estava na casa do namorado e os policiais acharam que era uma simples birra de adolescente, até carregarem o corpo da mesma até os pais.

Ver pais, professores, colegas, amigos, namorado, ou namorada, avós e irmãos, chorando, as vezes se torna algo que é comum ver, a cada 4 minutos no mundo some uma pessoa, e como detetive, sei que não é fácil ver um corpo morto, as vezes até vivo, porém sempre com ferimentos, é recorrente ver o arrependimento no rosto alheio, mas as vezes gratidão por eu ter "salvado" a vida de alguém.

Eu trabalho a 4 anos no departamento de polícia de uma cidadezinha na Suécia, Helsingborg, eu moro aqui, trabalho aqui, mas estou sempre fora, pego os casos e procuro por outras cidades, países, vivo em viagens. Tanto que sou originário da Alemanha, mas meu pai é mexicano, sou adotado. Aparentemente me mandaram para a Alemanha quando eu tinha meses de vida, fui deixado com meu nome somente na porta do orfanato, a idosa que me cuidou durante anos quis preservar meu nome original, não sei de qual origem se dá, não sei quem são meus pais de sangue, mas meu pai serviu de pai e mãe. E é o suficiente por enquanto.

Virei detetive muito cedo, me especializei, agora fico em um emprego fixo, como viajo sempre, sei inglês, sueco por morar a onde eu moro, espanhol pela origem de meu pai e alemão minha língua nativa, pelo que eu sei por enquanto.
Minha maior vontade era ser detetive, pois queria ajudar o próximo, e descobrir minhas origens, mas desisti em seguida, somente ajudar as pessoas já me recompõe todos os dias e todas as vezes que eu vejo feições felizes por eu ter encontrado alguém amado, mas quando a pessoa está morta em meus braços, parece que o mundo gira tão mais devagar, tão lentamente que minha cabeça dói.

Mas a vida é uma fase por completo, hoje estou de férias, minhas férias duram um mês direto, mas amanhã já volto a ativa, felizmente ocupo minha mente com isso.

Não me relaciono com ninguém, não tenho amigos próximos, mas gostaria de ter um cachorro, mas não paro em casa tanto, então não quero deixar o pobre animalzinho sozinho.

A noite cai como se fosse neve, tirando que estamos no verão, faz sentido na minha mente de bolota.
Já são 01:06 da madrugada, e em tudo que eu penso é que algo ira acontecer, algo irá mudar tudo que eu sei sobre a vida, eu sinto.
Logo me deixo levar pelo cansaço e sono.

Acordo com o raiar do sol, os raios solares invadem todo meu quarto em tons de azul e preto, ao me levantar vou direto ao banheiro e me olho no espelho, dou uma espiada no relógio no meu pulso, que agora me lembrei que deveria ter tirado o mesmo para dormir. 05:02, horário exato, tenho uma hora e meia pra me arrumar, mas me arrumo em trinta minutos no máximo.
Tomo um banho e seco meus cabelos cor de chocolate, curtos, ainda sim preciso cortar ele daqui uma semana. Faço minhas higienes, infelizmente tenho que passar hidratante no meu rosto, já que minhas sardas queimam facilmente no sol, e como eu vivo em viagens as vezes queimam e eu não fico afim de um câncer de pele.
Ponho minha roupa, não uso uniforme ou farda militar, pois fico dentro da organização do departamento de polícia.

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⏰ Última atualização: Aug 20 ⏰

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