Augusto,um homem de 40 anos,com dois filhos e casado com uma linda mulher,de cabelos longos e vermelhos,pele brancosa e de corpo magro.
Almerinda,considerada a mais bela do povoado em que moravam,e a mais desejada por todos.
Almerinda,sempre fazia tudo em casa,limpava,cozinhava,cuidava das crianças,conseguia dinheiro para casa e ainda tinha que suportar surtos do marido bêbado.
Certa vez,Augusto chegou em casa enfurecido e bêbado após escutar seus colegas desejando sua bela esposa,sem pensar duas vezes a chamou para a sala.(21h)- Diga meu marido - disse Almerinda em um doce tom
- você é uma rameira - diz Augusto pouco antes de pegar uma garrafa de cerveja e atingi-la.
- isso é para você aprender a me respeitarEstá foi a primeira de longas surras que Almerinda iria levar,também foi abusada pelo marido assim como todas as vezes quando ele voltava tarde e bêbado.
Infelizmente ela o amava e continuava com ele por achar que era tudo culpa dela.
Depois de diversas agressões e abusos Almerinda sumiu sem deixar rastros.1 ano depois .
Augusto deu banho nos meninos, ajudou a vestirem a roupa, penteou seus cabelos e colocou um ao lado do outro na mesa, diante do feijão, arroz, carne e abóbora que ele mesmo preparou.
Após eles comerem os levou para a escola,no meio do caminho um jipe para com rapidez em sua frente.
Polícia,corpo de bombeiros,defesa siviu,delegacia da mulher,repórter do jornal da cidade e até o padre chegaram em caravana.
Falavam,em nome da justiça,das mulheres e até de Deus,atendendo inúmeras acusações anônimas após o sumiço de Almerinda.
Ums diziam que ela estava morta,outros que sofria maus tratos.
Não quiseram saber de nada,mandaram Augusto os levarem a sua casa e quando chegaram vasculharam tudo.
A delegada chamou o acusado num canto:- Onde foi parar a coitada, Seu Augusto? Sabemos que você batia nela.
- Almerinda desapareceu, doutora.
- Ninguém desaparece,assim. E está desaparecida desde quando?
- ja faz um ano doutora,até desisti de procurá-la.
O repórter ja parecia um carro de boi no atoleiro:
- O senhor matou? Matou ou não matou? O senhor matou?
padre se roía em remorsos:
- E se o pobre não tiver culpa de nada? - perguntou à delegada.
- Como? Judiava dela.abusava dela, puxava a mulher pelos cabelos, ela tinha cabelos lindos e longos,dizem até que um dia marcou a pobrezinha com um instrumento de ferrar o gado na bunda da infeliz.
- Vai ver, está ali, afogada - diz um bombeiro
Augusto enxugava as lágrimas em prantos, e futucava os dentes com um palito de fósforo.
- Na água que bebo? Que uso para dar de beber às crianças?
O padre tentou negociar:
- Confesse, filho, depois se apegue com o Salvador. Ele dará o perdão e mostrará o bom caminho.
- mas padre,já disse que não tenho culpa
Após horas de busca sem resultados foram embora,e Augusto sem saber por onde começava a arrumar foi até o poço em seu quintal.
Levantou a pedra do fundo do poço e faz submergir mais uma vez o corpo de Almerinda, o vestido de pano se desfazendo de tanto limo grudado.foj oferecer a sopa que a morta recusaria, pentear seus lindos e longos cabelos molhados e pedir, por tudo o que é mais sagrado, que ela não conte o que sabe para aquele povo do povoado.Antes disso, não ia conseguir dormir.
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Cabelos Molhados
Mystery / Thriller"- O senhor matou? Matou ou não matou? O senhor matou?" (Pode conter gatilhos)