Mãos para cima

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CAPÍTULO 2

MÃOS PARA CIMA

Taeyong olhou para o resto do ônibus, algumas pessoas dormiam como se não ouvissem as crianças ao seu lado gritar, outras lhe lançavam um olhar raivoso e encaravam seus irmãos. Engolindo a seco, puxou a blusa de Donghyuck e o obrigou a sentar, Jeno, que estava no banco de trás com Mark, continuava gritando, chamando o irmão mais novo para continuar a brincadeira.

Respirando fundo, virou-se para Donghyuck e o olhou feio, foi o suficiente para que ele entendesse o recado. Todavia, o seu segundo irmão mais novo ainda gritava, Jeno era o mais difícil de lidar. Talvez fosse coisa da idade, já que estava completando 12 anos e estava em uma fase desobediência e vivia respondendo de forma mal-educada.

Levantando-se minimamente, Taeyong encarou Jeno, que tinha um sorriso sapeca no rosto. Assim que seus olhos cruzaram com o do irmão mais velho ele mostrou a língua e fechou a cara. Mark que estava a seu lado lhe deu um tapa forte na cabeça, mas não disse nada apenas lhe olhou de forma ameaçadora.

— Fica quieto ou você quer trocar de lugar com o Hyuck? — Taeyong disse em um tom baixo e com a voz carregada de raiva.

O menino fez uma cara feia, cruzou os braços e se virou para a janela. O ônibus ficou em um completo silêncio, finalmente poderia ter um pouco de paz.

— Se ele ousar começar a gerar de novo você pode bater nele — falou para Mark, somente ameaçando caso Jeno começasse de novo.

Mark balançou a cabeça positivamente, depois olhou para Jeno que espiava os dois e ergueu sua sobrancelha. O segundo mais novo pareceu engolir a seco e se virou novamente para janela, fingindo que não ouviu o que os dois irmãos mais velhos falaram.

Quando Taeyong sentou-se, Donghyuck estava com um bico nos lábios e com uma expressão chorosa. O mais velho tentou não ligar, no entanto, a criança era fofa demais para ser ignorada.

— O que foi? — perguntou de forma pacifica. — Por que está com essa cara?

Donghyuck pressionou os lábios e virou seus olhos enormes para o irmão, não disse nada e virou para outro lado. Franzindo a testa, Taeyong suspirou. Seus irmãos lhe davam tanta dor de cabeça, cuidar de criança era muito complicado.

— Ei, o que foi? — perguntou de um jeito mais carinhoso.

O mais novo espirou pelo canto do olho, com seu biquinho que destacava a expressão tristonha.

— Você tá brava comigo, não é? — Donghyuck lhe perguntou com seu jeitinho infantil.

— É, estou um pouquinho — Taeyong respondeu sincero, mas não transparecendo estar com raiva.

Os olhos do mais novo se arregalaram e uma lágrima grossa escorreu pelo seu rosto, jogou seu corpo contra o irmão mais velho e começou a chorar.

— Tae! Por favor, não me deixe — começo com seus olhos brilhantes. — Vou ser um bom irmão, vou ficar quietinho. Eu te juro!

Ele soluçou e sua expressão desesperadamente triste fez o coração de Taeyong se apertar, assim cedendo ao jeitinho de seu irmão mais novo. Aproximou o corpo de Donghyuck, dando-lhe um abraço meio sem jeito. Abaixou a cabeça e passou os dedos pelos cabelos bagunçados da criança, um suspiro alto escapou de seus lábios.

— Não seja bobo, Hyuck — disse ao mais novo. — Nunca vou te deixar.

— Sério? — o garotinho levantou seu rosto triste para ele.

Balançando a cabeça positivamente, Taeyong voltou a passar a mão nos fios fofinhos. O mais novo logo passou os seus braços ao redor de Taeyong e lhe apertou de leve com a cabeça afundada na lateral de seu corpo.

O terror da noite | TAEYONG ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora