POV CAMILA
- Mama, cadê a mamãe?
Dianna vinha correndo pela grande sala da casa, desviando da árvore de natal disposta num canto iluminado do cômodo. Era uma noite fria de 22 de dezembro na Califórnia, e eu estava sentada no chão lendo alguns papéis da gravadora que estavam espalhados à minha volta. A pequena veio até mim e se sentou ao meu lado, tinha uma expressão chorosa no rosto e eu logo a respondi, esquecendo os meus papéis e voltando minha atenção toda para ela:
- Mamãe está viajando, meu amor. Já conversamos sobre isso, ela já vai voltar; ela disse que voltaria logo, não disse?
Peguei minha filha no colo, deixando para lá os documentos que precisava assinar, Dianna é a nossa prioridade desde que crescia na barriga de Lauren, e fazemos plena e prazerosa questão de passar o maior tempo que pudermos ao lado dela. Era sempre assim, quando Lauren viajava a pequena se entristecia facilmente, e não era só ela, afinal.
- Mas mama, eu estou com muitas saudades da mamãe. - Ela resmungou baixinho, enquanto se aconchegava mais em meu colo. Lauren estava em Londres, resolvendo algumas coisas referentes aos nossos novos artistas; Dianna perguntava a todo momento onde ela estava e quando voltaria e eu a entendia perfeitamente, essa casa não era a mesma sem a bela mulher de olhos verdes caminhando por toda parte.
- Eu também estou morrendo de saudade dela, baby. - Disse a ela. - Quer fazer alguma coisa com a mama? - Perguntei, ela fez uma careta. - Quer ver bob esponja? - Deu um sorriso, mostrando seus dentinhos perfeitamente alinhados. Ela provavelmente havia herdado de mim a mania de ver desenhos animados no lugar de programas de qualidade, e eu adorava este fato pois sabia que Lauren nunca nos questionaria por seu o seu bebê. - Vou preparar um chocolate quente para nós duas, você quer ajudar a mama? - A pequena fez que sim e eu nos guiei até a cozinha enquanto tentava a todo custo fazê-la rir, ela tinha a risada idêntica a de Lauren, e isso me derretia imensamente.
Coloquei a pequena de cabelos negros e olhos verdes sentada no balcão de mármore da cozinha de nossa casa enquanto preparava o chocolate quente, ela falava a todo momento o quanto queria sua mãe por perto e o quanto sentia falta das tias. Eu também sentia muita falta das meninas, durante anos eu não passei um dia sequer sem a presença delas, fui acostumada a ter Dinah me mimando o tempo todo, a ter os conselhos de Ally sempre que precisava, a ouvir desde manhã até a noite as piadas horríveis e extremamente patéticas de Mani, que nos faziam rir até a barriga doer; mas elas, assim como eu e Lauren, seguiram suas vidas, e no meio de tanta correria se tornava difícil estarmos as cinco juntas, mas nós sempre dávamos um jeito, como sempre fizemos, pois nossa amizade sempre fora uma das coisas mais importantes.
- Mama, eu quero na mamadeira que a tia Mani me deu. - Ela disse depressa quando terminei de preparar a bebida, me fazendo rir baixinho de seu desespero por aquilo; a chupeta atrapalhava sua fala, era inteiramente adorável. Ela engatinhou pelo balcão e alcançou a mamadeira que Normani a deu, era uma mamadeira como qualquer outra, mas Dianna tinha um amor especial por tudo que ganhava das tias, e as tias adoram isso, obviamente. A pequena me entregou a mamadeira, esperando eu devolver a mesma cheia a ela, e quando o fiz, ela sorriu e tirou sua chupeta, me soprando um beijo no ar. Sorri boba para a figura linda e tão, tão parecida conosco. Peguei uma caneca com o formato de um minion no armário acima de minha cabeça e a preenchi da bebida de chocolate, abrindo logo depois um pacote de marshmallows e despejando tudo em uma tigela. Desci a pequena do balcão e ela foi correndo na minha frente até a sala, eu, atrás dela, suspirei em ternura ao vê-la correr, com o andar ainda meio desajeitado. Eu sempre quis que minha filha tivesse os olhos de Lauren, e lá estava ela, minha pequena Lauren não poderia ser mais perfeita.
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Baby, Please come home - Oneshot
FanfictionO tempo passa, passa igualmente para cada um de nós. Viver um romance é privilégio de quem ama, e elas se amam mais do que qualquer outra coisa. Com vocês, um conto Camren de natal.