Capítulo 1

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Isabella estava distraída olhando a paisagem enquanto tragava mais um pouco do seu cigarro. Ela estava dentro de um restaurante simplório, no país H na cidade B, distante olhando a chuva passar. Imersa em pensamentos não ouviu de imediato a garçonete que tentava chamar a sua atenção

"Senhora! Senhora! você não pode fumar aqui dentro. Senhora! Apaga o cigarro! Você não pode fumar aqui dentro!" - Ouvindo somente a ultima frase ela se vira, paga o cigarro e sai do estabelecimento, como se não houvesse nenhum problema com o que ela acabará de fazer

Neste momento dois homens que estavam no canto mais distante que a observavam com atenção desde que ela entrou se levantam e seguiram a distancia a moça que fumava dentro do restaurante.

Isabella corre para o um canto escuro mais afastado do restaurante em meio a chuva, fazendo com que os homens altos e corpulentos que a seguia se sentisse confiante com o que haviam planejado para aquela noite com aquela mulher. Isabella assim que percebe que está sendo perseguida começa a caminhar mais rápido e então os homens junto com a Isabella aumentam a velocidade das passadas. A garota agora chega a um beco sem saída olha para trás com uma expressão fingida de medo e grita

"O que vocês querem?! Me deixem em paz!" - Então o mais jovem entre os homens inicia a conversa com a Isabella

"Calma. Não vamos lhe machucar... pelo contrario. Você irá gostar bastante" - permanecendo com um sorriso sínico no rosto

"Se afasta! Não venha aqui! Não me toque!" - grita Isabella para manter o personagem

"Ela acha que vai conseguir escapar pedindo para se afastar" - disse o segundo para ambos os presentes e dando uma risada de deboche se aproximando cada vez mais então continua a conversa

"Você é muito gostosa! Você não deveria provocar os homens assim se não quer que eles façam algumas coisas" - e finalmente ele alcança a Isabella pegando em seu braço e em seguida puxando o seu cabelo fazendo a gritar. O segundo homem aproveita a deixa para passar a mão em seus seios. Surpreendendo a todos a Isabella fala em um tom que não era correto para alguém que estava fugindo ou com medo

"Vocês estão gostando?" - terminou de falar com um sorriso que não chegava em seu olhar

"O que?! Se estamos gostando? É claro! Você é uma gostosa!" - os homens se olham e dão mais uma risada então o mais velho que estava segurando seus cabelos e pergunta

"Já mudou de ideia e quer colaborar? Ainda nem começamos..."

"Claro! Vendo vocês assim tão perto, não tem como não querer participar" - Então o mais novo fala

"Eu sabia que você era uma puta. Vadias merecem ser fodidas" - e com confiança de que iriam conseguir o que queriam esta noite o aperto no cabelo foi diminuído e a atenção dos homens desleixada, ficando tudo do jeito que a Isabella havia planejado. Então de repente, sem nem perceber de onde vinham os golpes os dois homens estavam no chão gritando de dor. Isabella deu um chute no saco de um e no outro enfiou os dedos bem forte no olho do homem, aponto de sentir um pouco de sangue em suas mãos. Os movimentos foram tão rápido que poderia se dizer que sofreram o golpe quase que ao mesmo tempo. 

"Sua vadia!" - Disse um

"Sua puta! Eu vou te matar! Você sabe quem eu sou?!" - completou o outro

Isabella então retira de sua meia calça uma pequena faca e esfaqueia a perna do homem mais velho que havia tomado o chute em seu saco. O corte foi rápido e profundo expondo músculos e o osso fêmur

"Ahhhhh sua maluca! Minha perna!" - E gritava o homem de dor e agonia como uma buzina acionada sem fim após um acidente de carro. Isabella então retira a faca e da outra facada na perna do mais novo que estava temporariamente cego não vendo nada ao seu redor

"Ahhhhh... Sua piranha eu vou te matar!" - Dizia o homem em meio a agonia de gritos e lágrimas após o corte. O corte foi tão fundo e brutal quanto o outro. Não deixando a possibilidade de locomoção de nenhum dos dois. 

"Vocês não querem mais brincar? Eu estava tão a fim... Mas é assim que eu gosto de brincar com estupradores" - disse Isabella não escondendo em seu tom a satisfação que sentiu ao esfaqueá-los

"Você vai morrer! Eu vou mandar te matar! Todos os meus homens irão atrais de você sua puta! Isso não vai ficar assim!" - Dizia o homem cada vez mais fraco devido a dor intensa e a perda de sangue

"Shhhhh! Você fala demais!" - então Isabella da um chute na cara do homem mais velho entre os dois fazendo ele desmaiar com a pancada na cabeça

"Chefe! Não sua puta eu vou te matar! Você matou ele? Eu vou te matar!" - Então o homem começa a se arrastar no chão em direção a Isabella. Uma triste e patética tentativa de contra golpe que resultaria em nada contra aquela mulher. 

"Quem dera ele estivesse morto. Minhas ordens são captura-los vivos" - e com isso ela se aproxima do homens rastejante e da um chute na cara dele fazendo o desmaiar igual ao outro homem.

Isabella da um suspiro pensando que talvez tenha exagerado na facada. Pega no seu sutiã 4 fitas abraçadeiras de nylon e prende de ambos os pés e mãos. Corta um pedaço de tecido de ambos os homens para fazer uma faixa e faz um torniquete para conter o sangramento dos dois. Após finalizar a contenção do sangue ela limpa as mãos no vestido, curto e colado, escolhido especialmente para emboscar esses pervertidos integrante de um cartel de drogas. Acende o cigarro também retirado de seu sutiã como as braçadeiras e com dois toques no seu ouvido aciona um aparelho de comunicação, realizando uma ligação.

"Sargento Jonas na linha Tenente"

"Jonas, missão cumprida. Solicito resgate nas coordenadas do meu sinal"

"Ok. Pousaremos em 20 min"

"Vocês precisam ser mais rápido. Temos civis sangrando no local. Ferida profunda. Solicito apoio médico."

"Entendido. Confirmo apoio médico. Chegaremos o mais breve possível"

"Aguardando" - então ela fez os mesmos movimentos de antes tocando duas vezes em seu parelho de comunicação e a ligação se encerrou.

Após 8 min ouve-se ao longe barulhos de helicóptero pousando em algum terraço de um prédio próximo. Já sabendo que eram seus colegas de trabalho ela apaga seu sexto cigarro na rua e  aguarda a chegada do apoio no local.

"Tenente parabéns! Você conseguiu de novo!" - Falou o Agente júnior Thiago 

"A Senhorita é incrível Tenente Beaumont" - Falou a outra agente Junior Raquel. Eles eram os paramédicos de emergência designados para as missões. Ambos estavam pré acionados devido as recorrências de acidentes que acontecem com as missões da Tenente Beaumont. Era quase que uma certeza que seriam acionados hoje.

Isabella não gosta muito de elogios então ela só abaixou a cabeça em sinal de que ouviu e os aceitou. Então ambos os agentes juniores levam os homens apagados em uma espécie de carrinho médico. Carregando-os como se fossem objetos pesados para entrega em alguma residência sem cuidado algum, apesar dos agentes juniores serem os paramédicos responsáveis por aquelas vidas, eles não tinham vontade alguma de serem cortes com criminosos internacionais. Ambos seguiram para o ponto de transferência no terraço do prédio ao lado. 

Em Busca de VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora