Capítulo 2

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O helicóptero pousou na base de comando da inteligência internacional contra crimes especiais. Isabella desce do helicóptero e segue direto para o vestiário feminino para retirar as roupas e maquiagens provocantes de seu disfarce. Ela entra no chuveiro e a água escorre por seu cabelo e corpo. Lavando junto o suor, a sujeira do toque daqueles homens, a maquiagem e o cheiro de cigarro que ela fumou durante 2 semanas como característica do seu personagem. Isabella fecha o chuveiro se enxuga com a toalha e veste sua farda. Vai para o seu armário e dele tira sua arma, coturno, broches de condecorações e tarjeta militar com sua patente, nome e tipo sanguíneo escrita neles 'Ten. Beaumont O+'. Após tudo pronto ela se dirige ao escritório.

No caminho ela encontra diversas pessoas a cumprimentando com continências e a parabenizando pela missão. Como de costume ela só acena levemente com a cabeça e segue em direção ao gabinete do Coronel Andrade. Ao chegar em frente a porta ela bate e aguarda a autorização de entrada.

"Entre" - então ela entra se se apresenta prestando a habitual continência

"Bom dia Coronel Andrade!"

"Tenente Beaumont! Não esperava o seu retorno tão cedo! Você realmente é eficiente como dizem... Mas essa eficiência... deixa eu ver aqui..." - então ele abre uma pasta onde continha o nome Missão Cobra X escrita e lê alguns tópicos em voz alta - "Bebedeira na boate, dança no mastro de Poli dance, compra de alguns vestidos de luxo..."

"Coronel..." - Isabella tenta se explicar mas o Coronel a Interrompe

"Não precisa explicar... sei que faz parte do disfarce... O meu problema é com essa parte aqui que circulei em vermelho... deixe me ler em voz alta... 'Os pacientes possuem uma incisão profunda na coxa esquerda e uma pequena incisão no fêmur.  Possível objeto perfurante uma faca de 7 cm de comprimento e 3 cm de largura'... Você deu uma facada neles que chegou arranhar até o fêmur" - Então ele para de lê a olha para cima, reposiciona o óculos e torna a falar

"Era realmente necessário esse tipo de abordagem?" - Isabella não sabia como se defender já que ela poderia tê-los capturados sem usar a faca, mas ela odiava tanto estupradores... Chegou a cogitar a cortar o pênis e as bolas mas ficaria muito obvio para a investigação interna do comitê de fechamento de casos que foi excesso de contenção. Capaz até de ser punida com alegação de 'tentativa de fazer justiça com as próprias mãos'. Ela até conseguia imaginar a cara daqueles advogados de defesa nojentos usando isso contra ela e liberando os bandidos... Não... Ela não os deixaria impunes por um erro tão amador. Mas também não pegaria leve com eles. Com sorte essa ferida infecionaria e eles precisariam amputar as penas, pensou a Isabella.

"Coronel Andrade... Você não sabia que eram dois homens fortemente armados indo contra uma menininha indefesa como eu!?" - então ela pisca os olhos de modo excessivo com as duas mãos no rosto tentando parecer meiga, fofa e inocente.

"Credo! Para! Isso é assustador! Você não tem nada disso. Eu sei o que você fez!" - Ele suspirou e fechou o arquivo - "Você tem sorte que eles não irão morrer. Você poderia ter acabado com toda a operação com essa sua mania de justiceira. Vai acabar estragando alguma operação importante algum dia..."

"Nunca falhei... e se eu falhar capaz de me acobertarem... Ninguém quer fazer o que eu faço." - Isabella diz de modo petulante e soberbo mas pensa desanimada que no fundo nem ela quer fazer o que ela faz.

"Eu sei... Mas mesmo assim..." - O coronel olha para sua subordinada com culpa e remorso por sempre a colocar em perigo então desiste de lhe dar uma bronca - "Ai... nem adianta falar com você. É igual a falar com uma parede." - Ele pega o carimbo de concluído e carimba a pasta do arquivo - " Pronto oficialmente dispensada da missão. Pode sair" - e faz o gesto de indicando a saída da sala como se não quisesse mais conversar com ela nem mais um minuto. Isabella pensou que sua expulsão seria devido a raiva dela ter quase matado os criminosos que precisariam dar depoimento mas na verdade o Coronel estava frustrado por coloca-la mais uma vez em perigo. Andrade lamentava ter apenas uma Tenente Beaumont em seu time. Ele pensou que deveria preserva-la mais. Devido a culpa ele não queria olhar mais para ela no momento.

Em Busca de VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora