WEDDING OF DEATH

EP 4

Apocalipse 1:3 "Bem-aventurados aqueles que leem e aqueles que ouvem as palavras da profecia guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo."

A cabine 505 estava coberta com a impaciência de Alex, que estava deitado no sofá, jogando uma bolinha de tênis o teto, repetidas vezes. Estava com uma blusa social com os botões desbotados em cima, uma calça formal, além do terno. Em seu pescoço, havia uma corrente de prata. Para completar, seu pulso carregava um relógio de altíssimo padrão.

Alex – Você está demorando muito. Está trocando de roupa ou discutindo com o espelho? – ironiza

Rosalina – E você está reclamando muito – ela responde do banheiro – Está tentando ganhar um prêmio de melhor crítico ou só aquecendo as cordas vocais? – retruca – Vou demorar, meio-irmão. Vá chamar Romeu

Alex – Está bem – ele se levanta – Aproveite sua discussão contra o espelho.

Depois que ele sai de sua cabine, uma pergunta ilumina sua mente. Qual a cabine de seu primo?

Ele anda pelo corredor, torcendo para de que alguma forma lembrasse do número que Romeu havia lhe dito. 510? 410? 500?

Entre os corredores, avistou uma jovem deslumbrante, com um vestido longo e justo, de alças finas e uma fenda na perna. A morena de cabelos longos e ondulados usava acessórios prateados e um salto médio.

Alex – Belo vestido – ele elogia, até que a garota se vira para ele – Ah, Lívia.

Lívia - Alex – ela abre um sorriso – Diga a sua... futura madrasta que seu bom gosto é inegável.

Alex - Certamente. E quanto a você, já se sente melhor? – perguntou, com um tom de leve preocupação.

Lívia – Melhor impossível. Te vejo na festa, então?

Alex – Com certeza.

Lívia – Alguma recomendação?

Alex – Apenas não beba – a morena não parecia entender muito, porém levou o conselho consigo.

Enquanto Lívia desfilava em direção à escada, Alex não conseguia esconder o sorriso e o olhar admirado.

De repente, um tapa em sua cabeça fez Alex se virar, encontrando seu primo com um sorriso audacioso.

Romeu – "Te vejo na festa, então?" – imitou, com tom, postura e piscadelas característicos. Estava com uma camisa de gola alta e uma calça social, junto a um terno.

Alex – A quanto tempo está aqui?

Romeu – O suficiente, conselheiro – ele ri, enquanto Alex fica mais vermelho.

Alex – Chega de papo furado, temos que ver se Rosa está pronta.

(...)

Na parte externa do navio, a festa ganhava vida. As luzes brancas e douradas enfeitavam a área, criando um ambiente ao mesmo tempo elegante e vibrante. As mesas estavam decoradas com flores brancas, e garçons circulavam servindo coquetéis coloridos.

A pista de dança, no centro do deck, estava cheia de convidados vestidos de branco, todos animados e dançando ao som de uma música contagiante. As batidas ritmadas da música eletrônica misturavam-se com o som do mar ao fundo, criando uma atmosfera envolvente.

Por toda parte, sorrisos e risadas enchiam o ar. Casais dançavam próximos, enquanto grupos de amigos brindavam com taças de champanhe.

A festa era vibrante, cheia de vida e alegria, mas havia algo no ar – uma sensação sutil, quase imperceptível, de que nem tudo era tão perfeito quanto parecia.