Prólogo

59 10 5
                                    

Casa??

-Senhora, chegamos- O motorista avisa estacionando o carro em frente à grande e assustadora casa, que no caso, é minha casa, eu acho. Para ser sincera, não tenho certeza de nada desde que voltei ao hospital.

Beatrix veio o caminho inteiro dizendo que aqui ia ser bom para minha recuperação, há alguns meses, sofri um grave acidente de carro e perdi a memória. Bom, pelo menos foi o que Beatrix me contou. Porém, sinto que ela está mentindo, apesar de sentir isso, confio nela. Até porque, aparentemente, só tenho ela. Pelo que parece, ela é uma antiga amiga da família. Afinal, ela está na maioria das fotos da minha infância.

-Naomi querida, vamos descer- chama minha atenção e noto que ela já está fora do carro, ajudando o motorista.

Então resolvo descer do carro, assim que desço, um vento gelado atinge minha pele, me fazendo ficar arrepiada. Volto olhar a casa e percebo que a casa está cercada por longas e grandes árvores. Este lugar parece bem sóbrio e solitário. Uma parte de mim se sente bastante desconfortável aqui. Apesar de ter bastante casas por aqui, elas ficam bem distantes umas das outras, o que, de certa forma, é bom. Não sei ao certo como falar com as pessoas, por enquanto, é melhor me manter longe.

-Vamos conhecer a casa, querida!- Eufórica, me puxa para dentro. Nossa, essa casa é realmente grande, parece um castelo! É tão estranho... Não me lembro de certos momentos da minha vida. Sinto que esqueci de coisas muito importantes, porém, não me consigo lembrar do quê.

....

Beatrix passou bastante tempo me mostrando a casa. É realmente uma bela casa, mesmo sendo um pouco assustadora por fora. Por dentro, é bastante aconchegante, e agora estou sentada em um sofá, do lado de fora, admirando a bela vista monótona. Por algum motivo, sinto uma grande vontade de passar na floresta. É como se as árvores me convidassem talvez não seja tão ruim fazer um passeio, eu me levanto e começo a caminhada em direção às árvores, como havia indicado, elas são altas. Já faz algum tempo que estou andando e acho que me perdi, mas que ideia ridícula de andar em uma merda de floresta! Acho melhor parar de andar, vai que eu me perca ainda mais! Resolvo parar de andar, quando começo a ouvir passos atrás de mim. Acho que finalmente notaram que eu sumi. Quando penso em me virar, sou empurrada fortemente contra uma árvore e um grande machado é colocado em meu pescoço.
Sinto meu coração bater, desesperadamente, rápido. Uma onda de energia percorre meu corpo, sinto meu corpo cada vez mais leve, sou atingida por uma escuridão...

The lumberjackOnde histórias criam vida. Descubra agora