𝐀𝐋𝐓𝐀 𝐕𝐄𝐋𝐎𝐂𝐈𝐃𝐀𝐃𝐄, 𝗋𝗈𝗌𝖺𝗆𝖺𝗋𝗂𝖺 𝗆𝗈𝗇𝗍𝗂𝖻𝖾𝗅𝗅𝖾𝗋.

01. free training.

Primeiramente: bem-vindos, leitores novos e leitores "antigos"! ficzinha da Rosamaria que eu prometi pra vocês :).

Qualquer erro na escrita, relevem que eu só dei uma revisada por cima.

Curtam e comentem!

Espero que gostem!ෆ

[...]

O calor escaldante em Tóquio, com o sol espalhando um dourado intenso pelo céu, trouxe uma tranquilidade inesperada para as pilotas que estavam por lá. Depois de um ano repleto de corridas sob chuva pesada, que causaram uma sequência de acidentes, o céu limpo e brilhante parecia um prenúncio perfeito para o início de mais uma temporada na maior competição automobilística do mundo.

A temporada de 2023 estava prestes a começar, com o primeiro Grande Prêmio (GP) acontecendo em Tóquio. A última temporada tinha sido uma verdadeira loucura: acidentes em série, expulsões polêmicas, pressões que não davam trégua, e, no meio desse caos, uma promessa do automobilismo que se concretizou e se consagrou campeã mundial.

Sophia Albuquerque teve sua primeira participação na Fórmula 1 no mesmo ano em que levantou o troféu de campeã. Apesar de ter mostrado seu talento ao conquistar o título na Fórmula 2, e se tornar a campeã mais jovem da história da categoria, muitos ainda tinham suas dúvidas.

A diferença entre a F1 e a F2 era gigantesca. Além de que todas as expectativas dos torcedores estavam em Yadira Herrera, uma pilota da Mercedes, a qual não se contentou com o segundo lugar no último ano.

As vinte pilotas estavam se preparando para o primeiro Treino Livre da temporada de 2023. Algumas bebiam seus isotônicos, enquanto outras se concentravam em aquecer o corpo, mesmo com o calor já fazendo seu papel. Apesar de ser só um treino, a concentração era enorme. Elas iam correr, afinal, e poucas coisas eram tão arriscadas quanto pilotar um carro de Fórmula 1. Todo cuidado era pouco, caso ainda quisessem sair vivas dessa.

Sophia, surpreendente, permanecia quieta em um canto mais distante. Parecia estar com a mente em qualquer lugar, menos no momento atual. Violette, sua companheira de equipe e melhor amiga, a observava de longe, intrigada com a forma como Sophia estava dispersar da realidade.

— Hey, querida. — Violette chamou a atenção de Sophia, que saiu dos seus devaneios ligeiramente. A pilota se sentou do lado da melhor amiga, colocando a mão em sua perna. — O que está acontecendo com você?

O cenho de Sophia se franziu levemente, parecendo não entender o motivo da pergunta repentina que acabara de receber. Suspira, deixando um riso sair de sua boca, olhando nos olhos de Violette.

— Não está acontecendo nada comigo, Viole. Eu só me distrai por um momento, relaxa. — Abre um sorriso na esperança de reconfortar a amiga, deixando a entender que tudo estava certo.

E estava.

— Certo... Vamos? O treino deve começar em poucos minutos. — Avisou enquanto olhava para o lado com a intenção de encontrar algo que sinalizasse o horário atual e o horário que se daria início ao treino, voltando a sua atenção para Sophia quando, por fim, não encontrou.

— Vamos, linda. — A Albuquerque se levantou primeiro, estendendo sua mão para ajudar a Venin a se levantar, recebendo um sorriso em forma de agradecimento.

As duas pilotas foram em direção ao Box, onde estavam seus carros e o restante da equipe Ferrari. Avistaram algumas outras colegas de trabalho no caminho, mas deixaram para cumprimentá-las no final, não queriam atrapalhar o momento de concentração das outras. Sophia respira fundo, tentando manter sua cabeça na corrida, sabia que qualquer erro poderia custar muito, já havia passado por isso.

Enquanto ela repassava os últimos detalhes da corrida com os analistas da equipe, ela pôde ouvir um barulho que já sabia bem o que significava. Os convidados haviam chegado. Sabia, também, que teria que se passar de boa moça e ir cumprimentá-los no final, quando tudo o que mais queria era ir direto para casa e descansar. Jogou a cabeça pra trás, soltando um suspiro longo.

Rosamaria, por outro lado, estava com um enorme sorriso no rosto. Acabara de chegar no local onde aconteceria a corrida que sua amiga a chamou para assistir. Sabia que Yuka amava isso e, como um agrado, resolveu fazer a vontade da mais nova. Além de que a conquista da V Cup deixou a jogadora com o coração amolecido, queria mesmo era aproveitar para curtir a vida da melhor maneira possível, tendo em vista que logo mais iria jogar pela seleção do seu país na disputa por uma vaga na Olimpíada do ano seguinte.

— Eu me sinto nas nuvens! — Yuka pulava de felicidade, literalmente, quando adentrou ao Paddock, o local onde os convidados ficam, e viu algumas das pilotas na parte debaixo. — Olha lá! É a Beth! — Seu inglês arrastado fazia tudo ser mais engraçado.

— Yuka, relaxa, você precisa estar viva até o final do treino, ou melhor, até o final desses três dias. — Rosamaria argumenta, tocando levemente no ombro da mais nova. Seu inglês, diferente do de Yuka, saia mais naturalmente, quase que perfeito, apesar do sotaque.

— Não tem como, ok?! Não tem como! — A Montibeller solta uma risada com o desespero da companheira de time.

— Tá bom, não tem como, entendi... Mas a gente vai torcer pra quem ganhar? — Pergunta, mantendo seus olhos na movimentação que acontecia abaixo.

— Redbull ou Ferrari, tanto faz. Você pode torcer até para a Haas, mas nunca, em hipótese alguma, pode torcer para a Mercedes. — O tom, assim como a feição, de Yuka era sério, parecia estar falando a coisa mais importante da vida.

— O que a Mercedes fez pra você? — Uma risada escapa dos lábios de Rosamaria que tentava enteder o ódio repentino pela equipe.

— Não gosto da Yadira Herrera, a pilota da Mercedes. Acredita que ela postou um monte de indireta pra Sophia quando a Soph foi campeã mundial e ela foi vice? Olha, que ódio dessa vadia.

— Mas se essa tal de Sophia foi campeã, ela mereceu. Não entendi. — Sua dúvida era sincera, não entendia absolutamente nada sobre esse esporte, nem sobre as pessoas que o praticavam.

— A Sophia é bem... Livre, leve e solta, sabe? Aí ela teve um romance com a Yadira, só que não era um romaaaance sério, mas a Yadira achou que era. A Sophia livre, leve e solta ficou com outra menina que eu realmente não lembro o nome. Tudo começou por causa disso. O segundo lugar só foi um pretexto para aquelazinha soltar o veneno dela. — Yuka revira os olhos quando sua explicação chegou ao fim.

— Nossa... Essa Sophia é mulherenga, então?

— Muito. Ela é brasileira, aliás, assim como você. — Informa.

— Interessante, eu acho. — Murmura, seguindo o olhar da amiga que estava, obviamente, na movimentação das equipes.

[...]

E aí? Posso continuar? (futuramente, no caso.)

A Yuka é uma jogadora real que joga juntamente com a Rosamaria no Denso, mas, apesar dela existir, eu vou mudar muita coisa nela, então não levem como verdade absoluta o que ela é na fanfic.