Technoblade - Luto

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Dois anos haviam se passado desde que o mundo perdeu Technoblade, mas para S/n, a ferida ainda parecia recente. Era como se o tempo tivesse perdido sua capacidade de curar, deixando-a presa em um ciclo interminável de saudade e luto. A ausência dele era um buraco negro, sugando a alegria e a cor de sua vida, deixando-a presa em uma existência de sombras e lembranças.

Technoblade não era apenas um streamer para S/n. Ele era uma presença constante em sua vida, alguém que sempre conseguia arrancar um sorriso dela, não importa quão difícil fosse o dia. As batalhas épicas, as piadas afiadas, o jeito peculiar com que ele encarava a vida—tudo isso se tornara parte de quem S/n era. Ele a inspirava, a fazia acreditar que ela podia enfrentar qualquer coisa, assim como ele enfrentava os desafios no jogo e, eventualmente, na vida.

Nos primeiros meses após sua morte, S/n mal conseguia abrir o YouTube. Cada vídeo recomendado com o rosto dele, cada notificação que aparecia lembrando-a dos dias em que ele estava vivo, era um golpe no coração. Ela tentou, por um tempo, se afastar de tudo que lembrava Technoblade, como se isso pudesse ajudar a lidar com a dor. Mas a verdade era que o vazio que ele deixara era impossível de ignorar.

Certa noite, após um dia particularmente difícil no trabalho, S/n se viu sentada em sua cama, o laptop aberto em seu colo. Ela havia tentado de tudo para escapar da tristeza—leitura, filmes, até um pouco de terapia—mas nada parecia preencher o vazio que ele deixou. E então, como se guiada por uma força maior, S/n clicou no ícone familiar de YouTube e digitou o nome dele na barra de busca.

O primeiro vídeo que apareceu era um dos clássicos: $100,000 Dream vs Technoblade Duel!, S/n hesitou, seus dedos pairando sobre o teclado, antes de finalmente clicar no play. A tela escureceu por um momento, e então, lá estava ele—vivo, vibrante, tão cheio de vida como ela sempre lembrava.

"Alright, let's do this," a voz dele soou pelo quarto, suave e inconfundível.

S/n se encontrou sorrindo involuntariamente, mesmo com as lágrimas começando a se formar em seus olhos. A sensação era quase avassaladora—como se ele estivesse ali, bem ao seu lado, pronto para compartilhar outra aventura. Ela assistiu ao vídeo inteiro, rindo das piadas dele, admirando a habilidade com que ele jogava, e sentindo aquela familiar onda de conforto que sempre vinha quando ela o ouvia.

Essa noite marcou o início de um novo ritual para S/n. Todas as noites, antes de dormir, ela se aconchegava em sua cama, o laptop em mãos, e assistia a um dos vídeos antigos de Technoblade. Havia algo de especial em ouvir sua voz novamente, em ver a forma como ele dominava o jogo com uma mistura de habilidade e humor. Era como uma conversa silenciosa entre eles, um momento de conexão que transcendia a morte.

Enquanto os meses passavam, S/n começou a revisitar alguns dos vídeos mais pessoais de Technoblade, aqueles onde ele falava sobre sua vida fora do jogo, seus pensamentos e esperanças. Em um desses vídeos, ele falava sobre sua filosofia de vida—sobre como ele acreditava que a vida era um jogo, e que a verdadeira vitória estava em encontrar felicidade, não importa quais obstáculos aparecessem.

"Não importa o que aconteça," ele dizia com sua voz calma e firme, "continue jogando. Continue lutando. Porque, no final das contas, o importante é que você aproveitou o jogo enquanto pôde."

Essas palavras ressoaram profundamente em S/n. Elas a ajudaram a perceber que, embora Technoblade não estivesse mais fisicamente presente, ele ainda vivia nas lições que deixou, nos momentos de alegria que ele proporcionou a tantas pessoas, e na força que ele mostrou mesmo nos momentos mais difíceis.

No segundo aniversário da morte de Technoblade, S/n decidiu fazer algo diferente. Ela se levantou cedo, preparou uma xícara de chá e se sentou à mesa com um caderno em branco à sua frente. Havia tantas coisas que ela queria dizer a ele, tantas emoções que ela guardara dentro de si por tanto tempo.

Ela começou a escrever uma carta. Não era uma carta comum—era uma conversa. Ela contou a Technoblade sobre sua vida nos últimos dois anos, sobre as dificuldades que enfrentou sem ele, e como ele ainda era uma parte vital de sua existência. Ela escreveu sobre as noites em que assistia aos vídeos dele, como eles a ajudavam a sentir menos sozinha, e como a voz dele ainda era uma fonte de conforto e força.

"Sinto tanto a sua falta," ela escreveu, as palavras borradas por lágrimas que caíam sem que ela percebesse. "Você fez a diferença na minha vida de um jeito que ninguém mais conseguiu. Eu só queria que você ainda estivesse aqui, para que eu pudesse te agradecer por tudo."

Quando terminou, S/n sentiu um peso sair de seus ombros. A dor ainda estava lá, mas agora ela se misturava com uma sensação de paz. Ela sabia que Technoblade nunca leria aquela carta, mas isso não importava. O ato de escrever, de expressar seus sentimentos, a ajudou a processar o luto de uma maneira que ela nunca havia conseguido antes.

Naquela noite, S/n repetiu seu ritual habitual, mas dessa vez, com uma nova perspectiva. Ela abriu o YouTube, escolheu um vídeo ao acaso, e se permitiu simplesmente ouvir. Ela fechou os olhos e deixou que a voz de Technoblade a envolvesse, como uma antiga melodia que trazia memórias queridas.

Enquanto ouvia, S/n percebeu que, embora Technoblade não estivesse mais ali para criar novos momentos, ele ainda vivia em cada risada que ela dava, em cada palavra de consolo que ele havia compartilhado com seus fãs, e em cada batalha épica que ele travou no Minecraft. Sua presença continuava viva nos corações daqueles que o amavam, e em particular, no coração de S/n.

E assim, S/n adormeceu com um sentimento de serenidade, algo que ela não experimentava há muito tempo. Ela sabia que a dor nunca desapareceria completamente, mas agora estava certa de que podia encontrar consolo nas memórias, nos vídeos, e na voz de Technoblade. Ele continuaria a ser uma fonte de força para ela, uma luz em meio à escuridão.

O amor e a saudade eram imortais, e enquanto S/n mantivesse Technoblade vivo em suas lembranças, ele nunca realmente a deixaria.

O amor e a saudade eram imortais, e enquanto S/n mantivesse Technoblade vivo em suas lembranças, ele nunca realmente a deixaria

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