A garota da boate~

~3- A boate~

☆Audrey Collen☆

Dia seguinte~

Acordo as sete horas da manhã e vou até o banheiro fazer minhas higienes matinais, hoje era dia de visitar de minha mãe no hospital. Saio do banheiro e vou até a cozinha, e preparo meu café da manhã, depois de comer eu termino de me arrumar e chamo um táxi até o hospital.
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Entro no quarto da minha mãe, vendo-a deitada na cama, meu coração doía profundamente ao vê-la naquele estado, ela estava extremamente magra, a pele pálida, e muito cansada, eu queria poder tomar a dor dela para mim, mas infelizmente não posso.

-Audrey, minha princesinha..- Ela diz assim que me vê, mesmo estando naquele estado, o sorriso dela era o mais encantador que eu já vi.

-Oi mamãe, como a senhora está?- Digo enquanto me aproximo dela, sentando em uma cadeira ao lado da cama, pego as mãos dela e seguro, enquanto dou um pequeno sorriso.

-Eu estou bem, minha princesinha, creio em que em breve estarei melhor.

-Você vai estar sim, mamãe, pode ter certeza.

-E como vai o trabalho na cafeteria?-

Fico em silêncio por um momento antes de responder, eu não queria contar para ela que eu fui demitida e deixá-la preocupada, mas também não quero dizer a ela que agora vou começar a trabalhar em uma boate.. por mais que eu odeie mentir para a minha mãe, será necessário nessa situação.

-Está tudo ótimo, mamãe.-

Passo mais algum tempo conversando com ela, depois vou embora já que o horário de visita havia acabado, e eu preciso ir para a faculdade, passo em casa novamente apenas para pegar minha mochila e vou direto pará lá, já que a noite teria que trabalhar.
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Boate Starlight

Já era noite, e eu havia acabado de chegar na boate Starlight, o local era enorme e cheio de luzes, Ramirez, o homem que havia me contratado vem em meu encontro com um sorriso no rosto.

-Oi Audrey, que bom que chegou, vou te mostrar seu camarim.-

-Ah, boa noite senhor Ramirez.-

Ele me guia até meu camarim, onde alguns mulheres estavam lá se arrumando, todas eram muito bonitas, e pareciam ser mais velhas que eu.

-Meninas, essa aqui é a Audrey, nossa nova dançarina, por favor, expliquem como as coisas funcionam aqui.

-Ok, iremos explicar.- Uma morena fala, e o senhor Ramirez apenas assente e sai da sala.

Elas me olham de cima a baixo, como se estivessem me analisando, uma ruiva se aproxima e pega em uma mecha do meu cabelo.

-Você até que é bonitinha... tem quantos anos, querida?-

-Eu tenho 19...- Falo um pouco baixo, meio surpresa com a reação dela.

-Nossa! Você é bem nova...- A ruiva pensativa por algum momento.- O Ramirez te obrigou a trabalhar aqui?, ele te fez alguma coisa?- ela pergunta preocupada.

Fico um pouco tensa com a preocupação dela, do jeito que a ruiva estava falando, parecia que ele era um monstro, conto a ela como eu vim parar aqui, e dá situação com a cafeteria.

-Tome cuidado, Audrey, o Ramirez não é de fazer esse tipo de coisa, se ele fez isso é porque ele quer alguma coisa com você...-

-Para de assustar a menina, Selena!, é o primeiro dia dela aqui!- A morena fala em tom irritado, enquanto se aproxima de nós.

-Não ligue para o que está dizendo, querida, aliás, meu nome é Jessi, é um prazer conhecê-la.- Jessi fala enquanto estende a mão para mim, ela tinha um sorriso simpático nos lábios.

-É um prazer conhecê-la, Jessi.- Aperto a mão dela e sorrio também.

Elas me explicam as regras do local, e como vai funcionar as apresentações, algumas dicas, e como as pessoas daqui são, Jessi e Selena pareciam ser boas pessoas, e me ajudaram bastante.
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Depois da conversa com as meninas, e alguns breves ensaios, eu me arrumo, infelizmente vou ter  que usar esse pedaço de pano brilhante, que me deixa exposta até de mais.
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Finalmente chega a hora de me apresentar, eu estava nervosa e ansiosa, teria que improvisar boa parte da apresentação, a boate estava cheia essa noite, e havia vários homens que pareciam ser importantes, vestindo ternos elegantes.

A música começa a tocar, eu respiro fundo e subo ao palco, começando a me mover no ritmo da música, eu não lembrava a coreografia completa, então começo a improvisar alguns passos, conforme a música ia tocando, meu corpo fica mais solto, eu tento focar apenas em mim, ignorando as pessoas ao meu redor, mas uma pessoa me chama atenção, um homem alto, sentado em uma das mesas próximas, ele me olhava de forma penetrante, um olhar no qual eu nunca havia recebido antes, ele analisava cada movimento meu, e inconscientemente, começo a dançar olhando para ele, como se fossemos as únicas pessoas dali.
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