Amor Não Correspondido

Segunda-feira (novato da turma)

Eu, Vinícius estava indo pra escola normalmente e cansado de tantas atividades.

- Que desgraça, os professores acha que só eles dá aula nessa merda - falo irritado ao entrar na escola cansado por ter passado a noite acordado.

- Bom dia Vinícius, fez o trabalho? - Max me pergunta.

- Fiz sim, pelo visto, você que não, então você quer que eu te empreste não é mesmo?

- Exatamente meu amigo - nós não somos amigos, mas ele acha que eu acredito em suas palavras - Ouvir dizer que vai entrar um novato lá na sala, até agora não o vi.

- Não ligo, tô muito cansado pra pensar ou reparar nisso agora.

Depois de eu entrar na sala, abro meu caderno e entrego o trabalho para Max que some da minha frente, na hora que eu abaixo minha cabeça, o professor entrar já gritando.

- Bom dia turma, sem celular, sem conversa, vou explicar depois façam dupla.

Eu já muito cansado nem liguei de ele chagar falando desse jeito e abaixei a cabeça do mesgnt6mo jeito e acabei apagando. Acordo com alguém me chamando. Olho para cima e vejo um menino que por sinal deve ser o novato porque nunca o vi por aqui.

- Com licença, eu queria saber se você quer fazer dupla comigo? Se não for incomodo, claro.

- Tudo bem, você vai vim pra cá ou quer que eu vá? - não dei muita importância pra dupla.

- Qual foi Vinícius, tá me traindo já? - Max fala de longe, sentado ao lado do nerd da sala, Lucas.

- Vai se fuder - me levanto e vou pra perto do novato, que parece ser muito tímido - Qual o seu nome?

- O meu? - aceno em confirmação que sim - Ma-Matheus - ele gagueja um pouco o que me faz ri.

- Ah sim, Ma-Matheus - brinco com ele - Eu sou Vinícius ou pode me chamar de Vini ou como você prefirir.

Ele fica calado e pega seu caderno, e começa a escrever as questões do quadro, eu vejo e faço o mesmo.

A gente fez tudo em silêncio, quando a caneta dele cai, ele levanta e somente vai entregar o trabalho para o professor. Eu vendo o sair, percebo um símbolo no moletom dele e olho pra baixo e pego sua caneta.

- O que significa esse símbolo? - pergunto assim que ele volta.

- É uma mangá, Berserk, acho muito daora, mas eu gosto mais de Jojo's Bizarre Adventure - ele para e parece ficar com vergonha - Desculpa, eu sei que você só perguntou sobre o símbolo do meu moletom, bom, é de Berserk.

- Tudo bem, eu também gosto de Jojo's e Berserk é bom também e seu moletom é lindo.

Ele ficou calado e deitou a cabeça na mesa. Eu terminei o trabalho e fui entregar pro professor, assim que eu me levanto escuto um obrigado abafado, sorrio pra mim mesmo e vou em direção ao professor que corrigi e logo em seguida diz que vai na direção por causa do grupo do Murilo e Link que não parava de jogar com João e Gaia.

- Ah qual foi 'fessor, a gente não tá fazendo zoada - Murilo defende.

- Mas não estão fazendo o que é pra realmente fazer que é o trabalho, ou vocês guardam esses celulares ou eu chamo a vice diretora.

Lucas, dupla de Max, entrega o trabalho e todos os outros pegam seu trabalho e simplesmente cópia.

- Como eles conseguiu passarem de ano? - Matheus fala baixo mas consegui o ouvir.

- Está vendo o baixinho ali? Ele se chama Lucas, ele passa as atividades, resposta e ensina mais que qualquer professor.

- Entendi...

O clima pesou mas resolvi não ligar muito. Deu o horário do recreio e nos saímos e Matheus parecia mais tímido que o comum.

- Aconteceu algo Matheus? - pergunto meio preocupado.

- Bom, hoje sem querer esbarrei em um menino que tava tomando nescau que dão na entrada e ele disse que iria fazer algo comigo no recreio.

- Não se preocupe, ninguém faz nada.

- Ah sim, então posso ir de boa?

- Sim, não tem nada do que temer.

- Posso ficar com você no recreio? Ainda não conheço ninguém além de você.

- Por mim tudo bem, vai pegar comida?

- Vou e você?

- Também.

Fomos pra fila o que estava tendo muito empurra, empurra, normal da merda dessa escola. Pegamos as colheres e os pratos quando do nada aparece um muleque bem grande, parece ser do segundo ano.

- Eu lembro de você, baixinho de moletom camuflado - ele falou comigo? Vou apenas ignorar.

- Foi ele que eu derramei o nescau - Matheus sussuara perto de mim.

Ata, agora entendo o medo dele, o cara é gigante. Sorte dele que esse daí tá com mais ficha suja do que minha mãe no Serasa.

- Ou, 'tô falando com você, cabeludinho de moletom camuflado, não vai me responder? - eu reviro os olhos e o encaro.

- O que você quer Daniel? Porque você não some e me deixa em paz?

- Calma moleque, 'tava só esperando o "oi, tudo bem?" de volta.

- Não tem o porque eu pergunta isso sem interesse.

- Esquentadinho ele, não é mesmo? - ele e os amigos começam a ri - E esse ai? Quem é? - se dirigiu ao Matheus que se escondia atrás de mim.

- Não importa, o que você quer? Fala logo!

- Nada não - ele vai embora.

- Matheus? - o chamei tocando em seu ombro - Não se preocupe, ele não vai mexer com você - tentei tranquiliza-lo.

- Bom, desculpa, mas querendo ou não ele tem uma áurea intimidadora - ele falou de cabeça baixa.

- Não se preocupe, ela 'tá 'tão marcado que qualquer provocação ele pode ser expulso.

- 'Tá bom então, pode me dizer onde coloca o prato?

- Ok! -o guiei até às tias da cozinha,e mostrei a bancada que fica atrás delas - Ali, oh.

- Ah, sim, obrigado - virei por um chamado e vi o Murilo - Quem é? - ele voltou.

- Um amigo, não se preocupe, ele é 'mó gente boa.

- Ah, sim, entendi.

- Iai 'Vinição, como vai?

- Bem, e você?

- Bem também, quem é?

- Murilo, esse é o Matheus.

- Oi - Matheus diz timidamente.

- Oi, tudo bem?

- Sim, e você?

- Também - Murilo sorri, o que me faz ter um pequeno incômodo.

- Bom, vamos, o recreio acabou, vamos antes da Fabi brigue - interrompi aquela maldita troca de olhares.

- Vini, sabe, eu vou pra sua sala próximo mês, sabia? - Murilo diz.

- Não, não sabia - voltamos para sala.

Fim do capítulo 🙏🏽