—ERIK
Michele fez eu levar esse imbecil para o hospital mas eu não ia ficar lá, esse maluco começou a briga do nada me dando um soco achando que eu ia ficar rindo e aplaudindo a atitude dele só pode, saio do hospital olhando a serragem da noite que se formava, já se passava um pouca da meia noite e então eu marchei até o meu carro mas paro quando vejo aquela cabeleira ruiva, volto para trás e vejo aquela ruiva cativante trocando o pneu do seu carro, tusso e ela toma susto comigo
—precisa de ajuda? —ela levanta a sobrancelha desconfiada
—o que quer dizer com "precisa de ajuda?" tá dizendo que eu não sei trocar um pneu —reviro os olhos
—aparentemente não! —rio vendo que ela colocou pedras para seu carro ficar mais alto —não é mais fácil você pegar o macaco e trocar o pneu? — ela se levanta e arruma a sua postura deixando a sua cara endurecida e rude
—eu não tenho macaco, por isso eu usei as pedras — concordo analisando a situação que estava na minha frente
—você quer a minha ajuda? —ela me encara e nega então eu enfio as maos no bolso do meu casaco e volto a caminhar mas paro no instante que ela grita o meu nome, meu nome não mas sim "tony", me viro para ela e ela aceita a minha ajuda— já volto —volto a caminhar até o meu carro, abro o porta malas e pego o meu macaco, fecho o porta malas e volto para ela, —me ajuda a tirar as pedras— ela me ajuda a puxar cada uma — o que aconteceu com o seu pneu? foi um prego?
—não, foi algum imbecil que furou o meu pneu — rio já sabendo que ela já arrumou inimigos e mal chegou — essas pessoas são tudo assim?
—assim como? —pergunto pra ela quanto posiciono o macaco para subir o carro
—mal educadas e sem noção? —afirmo com a cabeça —coitado de quem convive aqui a vida toda, estou a um dia aqui e vejo que a energia deste local é bem pesada e sombria
—a maioria das pessoas daqui tem algum rolo mal entendido entre si — pego a chave de roda e começo a remover as porcas do lugar
—tipo você e aquele cara? — concordo — você é outro louco né, tipo?! você trouxe o cara que você bateu para o hospital —eu ri terminado de tirar as porcas e deixando elas de lado
—michele me obrigou a trazer, se não, não traria, ele continuaria lá —olho para ela que tinha os braços cruzados tentando se aquecendo do frio, me levanto e tiro o meu casaco — toma —ofereço a ela e ela me olha sem entender mas aceita, ela veste o meu casaco de couro e aparentemente ela gostou.
—tipo, vocês brigaram por que? por causa da sua namorada loira? —eu rio da sua pergunta e volto a minha atenção ao pneu, tiro ele para fora e coloco o novinho no lugar, começo a encaixar os porcas no lugar para apertar elas.
—não!, a loira não é minha namorada e aparentemente ele achou que eu tinha batido nela mas a real é que ela caiu antes mesmo de eu ajudar, eles são irmãos, então eu entenderia a preocupação dele mas acho que ele só tava arrumando uma brecha para brigar comigo —termino de apertar as porcas e tiro o macaco do lugar
—obrigada tony —eu confirmo — toma o seu casaco —ela estava preste a tira mas eu a paro
—não precisa me devolver hoje, você parece estar com frio, de nada ruiva —pisco para ela e caminho até meu carro, guardo o macaco e entro no meu carro dando partida para minha casa no silêncio da noite.
ao chegar em casa tomo um banho demorado, faço um curativo no meu super cílios e me deito na cama cansado e apago.
acordo cedo no outro dia e corro para me arrumar e ir direto para a oficina, abro ela e passo um café, estava arrumando o carro de nico, estava dando umas modificadas nele mas o que mais me fode é a sua bateria, já falei milhares de vezes para ele comprar uma nova mas ele nunca faz isso.
já se passava um pouco da uma da tarde e essa hora eu fecho para poder comer mas a coisa que eu mais faço é me enfie de baixo dos carros para tirar os seus óleos velhos, foi o que eu fiz com o carro de nico.
—olá? — escuto uma voz feminina e saio de baixo do carro e olho para a entrada da oficina, — olá? senhor mcqueen? uns amigos meus te recomendaram e eu vim pedir ajuda para o senhor, meu volante saiu do lugar hoje na parte da manhã e eu gostaria que o senhor desse uma olhada — eu reconhecia aquela voz, apareço na sua visão mas ainda eu não tinha visão dela por culpa do sol, me aproximo e consigo ver o seu rosto, a ruiva da noite anterior.
ela estava mais baixa que o normal, seu cabelo era amarrado em um rabo de cavalo e sua roupa era composta por preto, tudo preto a não ser a sua blusa rosa bebê grudada em seu corpo, onde deixava o seu peito marcado, isso combinava com ela.
—estamos fechados! —digo a ela limpando as minhas mãos sujas em um pano, ela me olha surpresa
—tony? —eu confirmo— sério que não pode olhar meu carro agora? —coço a cabeça, eu precisava de um banho
—você pode deixar aí e mais tarde eu olho ele —ela faz uma careta.
—sério que não consegue olhar agora — nego e ela bufa
—tenho outros carros para olhar agora ruiva, então deixa o seu aí que eu vejo mais tarde.
—como eu vou embora? —olho para o relógio em meu pulso e vejo que eu devia comer
—espera aí —entro dentro da oficina, tiro o meu macacão branco todo sujo e lavo as mãos, —vamos ali comigo —ela me olha desconfiada e permanece em seu lugar —qual é? eu não vou te sequestrar nem nada garota, vamo ali no meu carro que eu te dou uma carona, eu tenho que almoçar —ela se anima na ideia de almoço e caminha comigo, fecho a oficina e dirijo para a hamburgueria que tinha ali perto —você se importa que eu almoce antes de te dar uma carona? —ela me encara com aquele olhar parasita de novo
—não, eu quero almoçar também! —confirmo e estaciono o carro e entro no estabelecimento com ela ao meu lado, nos sentamos em uma mesa juntos e logo vem a garçonete, eu fiz o meu pedido e ela fez o dela, eu estava quieto esperando a comida até ela abrir a boca — posso te fazer uma pergunta?
olho para ela sugestivo— já não esta fazendo? —ela encolhe os ombros comendo os pãozinho que tinha ali
—vou te fazer outra então!— confirmo para ela prosseguir — como consegue ser tão calmo dirigindo na corrida de ontem? você não aparentava estar abatido quando eu baixei o vidro —dou de ombros
—estou a anos correndo, já me acostumei com essas corridas —ela dá um riso falso
—você fala como se fosse fácil —eu sorrio de lado
—talvez seja fácil ruiva! —ela voltou com aquele olhar parasita, aquele olhar de que ela queria descobrir coisas de mais sobre mim — minha vez de perguntar —ela fez um gesto para que eu continuasse — o que te fez vir para cá?
ela sorri mostrando os seus dentes maiores —michele! como ela disse ontem —ergo os olhos curioso, será que é só isso mesmo? —o que foi? é sério, eu não vim fugitiva de um hospício ou algo do tipo
—cara de louca você já tem — ela me olha ofendida e joga um pedaço de pão em mim
—eu tenho cara de um gato dócil, você tem cara de um cachorro brabo!, talvez um pitbull
—não me imagino dessa forma, eu seria um gato na certa, um gato bem lindo aliás —ela revira os olhos quanto abre um sorriso, um sorriso bonito —você seria um coelho, que tem olhos vermelhos
—por que? por causa dos meus dentes —me assusto da forma que ela diz, acusatória, parecia que eu tinha cometido um crime
—nao, nao, você me lembra um coelho de olhos vermelhos —ela ri da forma que eu me explico e eu reviro os olhos, me calo quando chega a comida logo começo a comer com ela
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COLAPSO
Romance+16| essa história é sobre amor e confusão, o amor que vem do nosso peito e a confusão que vem da nossa mente. ouça com a play list para a sua leitura ficar mais divertida https://open.spotify.com/playlist/2HR6JfG2IGEqgs2VNAPKpa?si=PvDVHFt3RE-6uWmdL...