No ano de 5000 a.C., na costa mediterrânica do que hoje conhecemos como Líbano, existia uma pequena e pacífica vila chamada Biblos, situada a 42 quilômetros de onde atualmente está Beirute. Biblos era lar de pessoas simples, que viviam em harmonia com a natureza ao redor. Suas noites eram tranquilas, iluminadas por tochas e velas que cintilavam suavemente ao longo das ruas de terra batida. Porém, em uma noite fatídica, algo inimaginável aconteceu. Todas as fontes de luz se apagaram de repente, mergulhando a vila em uma escuridão incomum. No coração da vila, uma misteriosa fenda arroxeada se abriu no chão, emanando uma luz sinistra e perturbadora.
A curiosidade rapidamente tomou conta dos moradores, que deixaram suas casas e se reuniram ao redor da fenda, intrigados pelo fenômeno inexplicável. No entanto, a admiração se transformou em horror quando, em um piscar de olhos, o que restava de seus corpos foram apenas pedaços espalhados pelo chão. A vila inteira foi tomada por uma carnificina tão rápida e brutal que não houve tempo para gritos ou fugas. Biblos, antes um refúgio de vida, se transformou em um cenário de morte, onde não sobrou uma única alma viva.
Mais de 6000 anos se passaram desde aquela noite. No ano de 1300 d.C., um homem de aparência severa, vestido em roupas de couro e um sobretudo de lã negra, aproximou-se da fenda. A abertura ainda estava lá, intocada pelo tempo e tão misteriosa quanto sempre fora. Sentindo uma presença ameaçadora emergindo do abismo, o homem firmou seu sabre e se preparou para o que estava por vir. Quando a criatura surgiu, ele agiu rapidamente, movendo seu braço com uma precisão mortal e cortando o que parecia ser o corpo de um Rakshasa, o nome dado àquela monstruosidade ao longo dos séculos, após muitos perceberem os horrores que ela trazia consigo.
