1. O início de tudo

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15 de Agosto de 2018, esse dia pode ser considerado o pior dia da minha vida, estava chovendo e eu estava doente, papai corria na rua para me levar rapidamente para o hospital, mamãe que estava ao seu lado no banco da frente o apressava cada vez mas pois me via contorcendo de dor no banco de trás, até que derrepente tudo ficou branco... Papai havia perdido o controle na pista molhada e havia batido, foi um back muito grande e rápido, eu não via mais nada, não ouvia mais nada além de um zumbido ensurdecedor.
Quando acordei estava no hospital olhava para os lados e só via médicos correndo pra lá e pra cá, eu com apenas 11 anos entrei em desespero ao acordar e não ver meus pais, chamei mas ninguém atendeu, nem mesmo as enfermeiras, aquilo estava me assustando, me levanto da cama e saio pelo hospital a procura de meus pais e nada, nenhum cantinho do hospital, eu chorava e pedia por eles aos médicos mas era ignorado, corria de um canto para o outro em busca de encontrar alguém, até que finalmente encontro o nome do meu pai numa porta, ao entrar me deparo com ele ainda inconsistente e bem machucado, apesar de também ter me machucado não chegava ao nível do meu pai. Olho para a enfermeira que estava o examinando e pergunto ainda com os olhos cheios de lágrimas

- papai vai ficar bem... não vai?

- vai sim pequeno, ele só vai levar um tempo para acordar ok?

- e a mamãe....cade a mamãe? Eu quero ver minha mãe

- sinto muito pequeno.... Sua mãe se foi....

Meu mundo caiu....receber a notícia da perda de sua mãe assim.... céus como aquilo era doloroso... Sai em desespero gritando pela minha mãe, a fixa não havia caído, minha mãe não poderia ter morrido, ela morreu por minha causa, eu era o culpado de tudo... Eu causei tudo.

- Mamãe! Mamãe! - gritava já sem fôlego pelo hospital

- Mãe! - Acordo num pulo, estava tendo um pesadelo com o acidente de minha mãe novamente, isso se repetia toda noite, des de sua morte.

Suspiro fundo passando a mão pelo rosto, eu já estava acostumado com noites mal dormidas por conta dos pesadelos mas isso a cada dia estava me deixando mais exausto. Me levanto da cama e jogo uma água na cara, era hora de enfrentar o novo dia novamente.

- Pai! Bebendo as 7 horas da manhã denovo?! - Toey reclama com o pai ao encontra-lo jogando no sofá da sala com varias latas de cerveja espalhadas

- é só um pouco, não faz mal - retruca pai de Toey

Toey novamente respira fundo engolindo o choro a seco, era sempre a mesma coisa, seu pai acordava e dormia bebendo, já havia perdido o emprego pois não ia trabalhar, não vivia, não saia e não via ninguém des da morte de sua mãe, e quando a cerveja acabava pedia para Toey ir comprar.

- Você está com fome? Eu preparo algo pra você! - exclama Toey

- não se preocupe filho, eu estou bem!

- não se preocupe... É a mesma história des de sempre - Toey diz num to baixo e sobe para seu quarto, ele tinha que ir trabalhar.

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Toey trabalhava em uma conveniência de meio período pois estudava na parte da tarde, des de que seu pai perdeu o emprego ele teve que se virar para sustentar a casa, ele não culpava seu pai por estar como está, ele culpava a si mesmo, e sempre se culpou por ter sido a causa da morte de sua mãe, se ele não estivesse ficado doente naquela noite sua mãe ainda estaria viva. Toey é tirado dos seus pensamentos por seu amigo

- Toey! ta dormindo acordado?

- Ei Matt, como você está? - Toey pergunta com um sorriso para o amigo

- hum, estou bem, mas não sei se posso dizer o mesmo de você né?

- eu estou bem, só não dormi direito..

- pesadelos de novo?

- sim... está tudo bem eu estou acostumado.

- Mas sua cara está pálida, e suas olheiras estão cada vez piores, você foi atrás de remédios para dormir?

- sim, eu fui mas nenhum resolve, eu não sei se poderei dormir bem novamente...

Matt respira fundo ao ver o estado do amigo, eles eram amigos de infância e esteve ao lado do mesmo nos seus piores momentos, principalmente na morte de sua mãe, e sabia que seu amigo se culpava pela morte da mesma, mesmo não tendo culpa de nada.

- vai ficar tudo bem Toey, você é forte amigo! - Matt diz dando um tapinha amigável no ombro do mesmo

- hum, obrigado - Toey sorri.

Toey trabalhou ate 11:00 como de costume e foi pra casa se arrumar para o colégio, mas antes ele teria que levar seu pai a psicóloga.

- Cheguei pai, eu vou subir e tomar banho, por favor se arrume também que você tem psicóloga hoje! - Toey afirma para o pai que apenas concorda com a cabeça, pelo menos isso ele fazia, ir a psicóloga.

Toey toma seu banho e arruma sua mochila do Colégio, após isso ele desce e encontra seu pai pronto também o mesmo o ajuda a arrumar os cabelos e colocar os sapatos

- ok, vamos! - Toey sorri para o pai e ambos saem para a clínica.

Ao chegarem lá se sentam na recepção e esperam para que a psicóloga venha até eles.

- Olá, Toey certo? Hoje eu vou ficar encarregada pelo seu pai pois a psicóloga dele teve que fazer uma viagem de urgência. - uma voz calma e doce fala me fazendo a olha-la

Era uma mulher que aparentava ter mais ou menos a idade de meu pai, ela tinha um sorriso gentil que de alguma forma lembrava o sorriso de minha mãe, a encarei por um momento e logo concordei com a cabeça.

- ah, prazer em conhece-la! Por favor cuide de meu pai - Toey diz calmamente se levantando junto ao pai

- pode deixar! Me acompanhe até aqui por favor Sr.

Logo a nova psicóloga leva meu pai até uma sala, eu esperava muito que eles se dessem bem, pois foi uma mudança repentina. Após isso Toey vai ao colégio.

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Toey chega em casa as 19 horas e encontra seu pai preparando algo para comer, o que era um milagre pois seu pai só cozinhava raramente des da morte de sua mãe.

- hum... Que cheiro bom, o que esta preparando ai? - Toey pergunta com um sorriso deixando sua mochila no sofá

- um pouco de arroz frito, sente-se logo estará pronto.

- ok pai, bem, o que achou da nova psicóloga? Ela me parece boa também

- hum, eu de alguma forma consegui me abrir mais com ela, eu queria falar com ela sobre tudo que sentia, ela conseguiu mudar meus pensamentos em algumas coisas, eu não conseguia escutar a outra psicóloga... - o pai de Toey diz enquanto colocava comida no prato.

- eu fico feliz que ela está te ajudando melhor papai, é bom pra você, olha, você tá até cozinhando novamente! - Toey diz com orgulho do pai que sorri para o filho.

Naquela noite eles conversaram mais do que o normal, não muito, mas já era um pequeno progresso, Toey acreditava que com mais um tempo com aquela nova psicóloga seu pai voltaria a ser como antes.
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Desculpem qualquer erro de escrita. Até a próxima 🫶

Se gostarem não se esqueçam de curtir o capítulo pfvr, ajuda muitoo..

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