Enfermaria

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—Ela vai ficar bem?— ouvi a voz de uma garota.

Não consegui virar meu rosto para olhar quem era, como se eu estivesse com falta de coordenação.

Fechei meus olhos tentando me fazer sentir melhor. Minha cabeça doía demais, e estava tonta.

—Vai, sim. Foi apenas uma leve concussão.— Madame Ponfrey disse

—Nossa, que sortuda. Teve uma concussão logo no dia da véspera de Natal.— outra voz feminina falou

—Bom, vocês três podem ir, já trouxeram ela aqui, e agora ela vai ficar bem.— a enfermeira dispensou elas

E eu nem consegui ver nenhuma delas. Continuei com meu rosto virado para o lado, sem conseguir virar para o outro.

Um tempinho se passou, permaneci com meus olhos fechados enquanto tentava voltar ao meu normal, e então finalmente consegui virar-me para o lado.

Abri meus olhos, agora um pouco melhor de tudo o que eu sentia, e me levantei para ficar sentada na cama.

—Ai...— resmunguei, tocando em minha cabeça. Dei um risinho quando lembrei de que pedi para que chamassem Mattheo, e nem na escola ele estava!

Olhei para o lado da cama.

—Ai, inferno, que susto!— tem um garoto sentado na poltrona bem no lado da cama onde estou.

Eu o encarei com medo. Mas quem é esse?

O garoto se inclinou para frente apoiando seus cotovelos nos joelhos, enquanto me olhava curioso

Quando olhei direitinho para o rosto dele, notei que já o vi antes no Três vassouras, é aquele que estava em um grupo, e ainda está com o olho roxo.

—Quem é você, porra?— Foram as primeiras palavras dele para mim.

Mas era eu quem deveria perguntar...quem é esse ao meu lado na enfermaria? pedi para que chamassem Mattheo, mas certamente não é ele. O Mattheo não tem cabelos escuros e enrolado, não fede a maconha, e muito menos tem essas cicatrizes no rosto. Então...quem é esse? Por que ele está aqui comigo? Por que chamaram ele?

—O que?— eu arregalei os meus olhos, confusa —quem é você?—

Ele soltou um riso irônico, e mordeu seu lábio inferior com força.

—Seu namorado, pelo visto.—

Meus olhos se arregalaram tanto que parecia que iam saltar para fora.

—Não, você definitivamente não é meu namorado.—

—Então porque eu fui arrastado até aqui com três garotas dizendo que minha namorada tinha sofrido um acidente e precisava de mim?—

Abri a boca para tentar argumentar, mas estava tão confusa com tudo isso que não falei nada. Coloquei as mãos sobre minha cabeça, sentindo-a latejar.

—Ai, inferno...acho que essa concussão me deixou alucinando...—

—Vem cá, você tem algum tipo de problema mental? porque só assim pra você achar que eu sou seu namorado.—

Respirei bem fundo.

—Isso tudo é um mal entendido. Eu não sabia o que estava falando...é...pedi para que chamassem meu namorado, mas ele nem está na escola.— e ainda nem é meu namorado.

Ele pareceu mais curioso ainda.
—E porque diabos foram atrás de mim?— o garoto me questionou, irritado.

Eu o olhei, observando-o por uns segundos, e dei um risinho dessa confusão toda —Não faço ideia do porquê elas acharem que você é o Mattheo Riddle.—

𝔇𝔢𝔰𝔱𝔦𝔫𝔢𝔡 𝔩𝔦𝔢 - 𝔐𝔞𝔱𝔱𝔥𝔢𝔬 ℜ𝔦𝔡𝔡𝔩𝔢Onde histórias criam vida. Descubra agora