Capítulo 2: Luz, câmera, emoção!

4 2 1
                                    

Park Kyung-Soo

   As luzes do palco brilhavam intensamente, quase ofuscando Kyung-Soo enquanto ele se preparava para a cena. O calor dos holofotes envolvia seu corpo, e ele sentiu a adrenalina pulsar em suas veias. O nervosismo inicial foi se dissipando, substituído por uma determinação ardente. Quando as cortinas se abriram, revelando uma plateia silenciosa e atenta, o mundo fora do palco parecia ter desaparecido.

   Kyung-Soo tomou uma respiração profunda, sentindo o peso das expectativas. Ele se posicionou no centro do palco, com o olhar fixo no vazio, como se estivesse buscando algo que só ele poderia ver. Seu coração batia rápido, e as palavras que estava prestes a proferir precisavam carregar a intensidade de uma dor profunda.

   A cena começava com um monólogo de desespero. Ele olhou para o vazio, a voz tremendo um pouco, mas rapidamente se estabilizando à medida que a emoção fluía. "Por que você me deixou? Eu te disse que precisava de você. E agora, tudo o que resta são memórias quebradas, uma vida que eu não reconheço mais".

   Seus olhos se encheram de lágrimas que ele forçou a segurar, para não comprometer a intensidade da atuação. Ele caminhou lentamente pelo palco, cada passo carregado de um peso invisível. "Eu me pergunto se algum dia você entenderá a profundidade do que você fez. Cada palavra não dita, cada gesto ignorado… Isso me destruiu. Você me destruiu".

   A plateia estava em um silêncio absoluto, completamente absorvida pela performance de Kyung-Soo. A luz suave que iluminava seu rosto acentuava a expressão de dor e resignação. O público podia sentir a agonia do personagem como se fosse própria. O brilho das lágrimas que começavam a escorregar por seu rosto, o tremor na voz—tudo isso criava uma conexão visceral com os espectadores.

   Quando a cena terminou, Kyung-Soo ficou parado no centro do palco, com a respiração pesada e o coração acelerado. O silêncio que se seguiu foi quebrado por aplausos ensurdecedores, que ecoaram na sala com uma energia quase palpável. Ele se curvou lentamente, o suor escorrendo pela testa, e sorriu, sentindo um alívio misturado com uma profunda satisfação. O reconhecimento do público foi uma recompensa que fez toda a tensão valer a pena.

Under The Spotlight Onde histórias criam vida. Descubra agora