𝐃𝐚𝐫𝐤 𝐇𝐨𝐫𝐬𝐞 ↯ ʜᴀʀʀʏ ᴘᴏᴛᴛᴇʀ

01 - Um carro voador e desaparecimentos

— Capítulo 1 —

UM CARRO VOADOR E DESAPARECIMENTOS

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P.O.V AUTORA

Seus cabelos eram negros como a noite, caídos suavemente por seus ombros. As pontas cuidadosamente moldadas em delicadas ondas, uma franja mediana repousava atrás de sua orelha.

Amália Potter, com sua aparecia jovial, se encontrava parada em frente a casa de número 4, na rua do Alfeneiros. Não demonstrava nenhum tipo de animação, pelo contrário, gostaria de se virar e correr para o mais longe daquele lugar. Ela já não era mais obrigada a aguentar Válter e Petúnia Dursley e, claro, o seu bebê repleto de banha, Duda.

Quando já não havia mais esperança de algum dia se livrar de seus tios e seu primo, Amália recebeu sua carta da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts alguns meses depois de completar onze anos. Ela precisou ir embora sem dizer uma única palavra para seu irmão, e aquilo havia sido a coisa mais dolorosa que fora obrigada a fazer. Mas estar em Hogwarts era um sonho, algo que deseja do fundo de seu coração e quando finalmente conseguiu precisou deixar seu irmão para trás.

— Tem certeza? — era Margot Hawley

Amália engoliu a seco quando a pergunta de sua melhor amiga pairou entre elas.

— Não — respondeu — Mas é melhor entrar nessa casa durante a noite enquanto meus tios estão dormindo.

Margot concordou e a seguiu sem mais perguntas.

— Tem um grampo? — pediu Amália.

— Para quê? — a moça franziu a testa.

— Não tenho a chave e não posso usar um feitiço para abrir a porta. Um grampo me ajudaria.

Amália permaneceu com a mão estendida, esperando sua amiga desfazer o coque em seu cabelo antes de lhe entregar um pequeno grampo.

— Isso ajuda em que? — Margot parecia curiosa, espiando a Potter por cima do ombro.

— Basicamente — Amália começou, enfiando o grampo na fechadura e mexendo algumas vezes até ouvir um clique.—, é o jeito trouxa de arrombar uma porta.

— Fascinante.

Assim que conseguiu passar para o interior da residência, Amália deu de cara com a decoração da sala. Esperava que em dois anos os Dursley poderiam ter começando a ter algum bom gosto. Claramente ela estava enganada.

A morena olhou para o quartinho abaixo da escada, onde ela e seu irmão dividiam. Ao abrir lentamente a porta, notou que não havia nenhum sinal de que seu irmão continuava dormindo ali. As únicas coisas que viu foram a mala de Hogwarts, junto com uma vassoura de Quadribol e uma varinha.

— Acho que deram um quarto para o Harry — murmurou ela.

— Seus tios são bem...estranhos — analisou Margot, observando os vários retratos de Duda pelas paredes da sala.

— Você não faz ideia. — Amália revirou os olhos. — São os tipos de trouxa que você e o seu irmão não iriam gostar de conhecer.

— Alec gosta de qualquer trouxa.

Enquanto subiam as escadas, algumas vozes começaram a ecoar no segundo andar, Amália logo percebeu que não eram as vozes de seus tios, que certamente continuavam dormindo. As duas garotas continuaram o caminho silenciosamente. A Potter parou abruptamente no último degrau de cima quando escutou um barulho que fez as duas pularem um degrau abaixo.