Bem vindos a Vancouver

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Uma vez em uma pequena casa afastada da cidade…
– Você realmente vai começar uma história assim? Que brega. (Aline)
– Desculpem crianças, a Aline não bate muito bem das bolas (Dhon)
– Dhon!!!
– Foi mal, mas foi você quem começou.
– Ah, calem a boca vocês dois, estou tentando relaxar. (Sophia)
– Ui, a Sophia ficou irritadinha. (Dhon)
– Crianças nos desculpem mas vamos deixar essa história pra outro século, precisamos ir.
– Mas Sophia… (Dhon)
– Dhon, Quem é você um pai de família?  Vamos embora, o avião decola daqui a cinco horas e ainda estamos longe do nosso destino.
– Ela tem razão, os outros devem estar nos esperando. (Aline)
– Vocês duas são bem chatas em.
– Vamos embora logo.

Eu, Aline e a Sophia estávamos voltando de uma viagem da Califórnia nesta noite, tínhamos desembarcado no Canadá para pegar alguns amigos e voltarmos para o nosso castelo, então vi um grupo de três crianças e fui contar uma história pra elas, ou melhor, tentar, sempre gostei de crianças, acho elas bem fofas, pretendo realizar um grande sonho que vai deixar todas elas felizes.
E dizem que vampiros não tem sentimentos…
Depois de poucas horas de viagem chegamos em Burnaby.

– Preciso comprar roupas, eu não tô curtindo muito meu visual. (Dhon)
– Eu também quero. (Aline)
– Tem um shopping aqui perto, vamos dar uma passada lá, mas lembre-se vamos nos comportar, como vocês sabem ninguém pode saber que somos vampiros. (Sophia)
– Eles nem acreditam nessa de vampiros. (Dhon)
– Melhor assim.

Chegamos ao shopping, Estava um pouco vazio pois já estava quase fechando, as vitrines destacavam suas luzes modernizando o ambiente, uma vitrine com luzes vermelhas chamou minha atenção, mas não tinha nada de especial em exposição, apenas uns sapatos.
Entramos, a Sophia estava sussurrando no ouvido da Aline alguma coisa, logo depois correram para vitrine de jóias. Alguns minutos andando por dentro do shopping veio uma funcionária me atender.

– Boa noite senhor, Precisa de ajuda? (Funcionária)
– Bom eu…
– Dhon!!! Você está aí, desculpe pelo Dhon, ele é idiota. (Aline)
– Peraí, eu não fiz nada. (Dhon)
– Sério? Ainda bem que eu vim antes de você fazer alguma burrice.
– Senhores, precisam de ajuda em alguma coisa? (Funcionária)
– Pode ser, Dhon compre logo suas roupas, Eu e a Sophia estaremos esperando lá fora, não demore.
– Farei isso, e dar pra parar de me tratar como uma criança? Me sinto ridículo.
– Vamos lá senhor? (Funcionária)
– Vamos.

Aline saiu e ficou me esperando junto com a Sophia em uma lanchonete em frente ao shopping, enquanto eu estava escolhendo algumas roupas pra comprar.

– Caramba, são tantas roupas que nem consigo escolher.
– É verdade, dá até vontade de levar todas né? (Funcionária)
– Todas?
Alguns minutos depois…
– Que demora, faz uns vinte minutos que o Dhon está no shopping. (Sophia)
– O que ele deve está aprontando? (Aline)
– Acha mesmo que ele faria alguma idiotice?
– Não sei, acho que não, desde que conheci o Dhon ele nunca fez nada de mal, está sempre querendo ajudar todo mundo, ele é uma boa pessoa.
– Mas então?
– Eu só tenho medo de acontecer alguma coisa com ele, por isso eu sempre estou no caminho dele, pra mim o Dhon é como meu irmão sabe.
– Te entendo, conhecemos o Dhon faz centenas de anos, mesmo assim ele nunca falou muita coisa sobre ele.
– Verdade, mas vamos esquecer isso. Quer um lanche?
– Não, obrigado.

Quando saí do shopping avistei a Aline e a Sophia sentadas em um banco de madeira frente a lanchonete, estavam conversando.
Acenei para elas, me avistaram e acenaram de volta, atravessei a rua e fui em direção a elas rapidamente.

– Demorei?
– Até demais. (Sophia)
– Dhon, Porque demorou tanto pra comprar uma roupa tão simples? (Aline)
– Como assim tão simples? Me senti humilhado.
– Não se ofenda, qual a desculpa dessa vez?
– É que eu fiquei com dúvidas de qual roupa escolher e acabei comprando o shopping.
– VOCÊ FEZ O QUE? (Aline e Sophia gritaram ao mesmo tempo)
– Dhon a gente nem mora aqui! (Sophia)
– Idiota. (Aline)
– Calma aí gente, vai dizer que ele não é bonito?
– Não importa, o que vai fazer com ele agora? (Sophia)
– Falei pra aquela funcionária tomar conta dele.
– Vamos embora antes que o Dhon compre a cidade inteira. (Aline)
– Peraí, é possível comprar a cidade inteira?
– Eu mereço…

Como estávamos em uma cidade repleta de pessoas, tínhamos que agir da mesma forma que elas. A Sophia chamou um táxi e pediu pra nos levar a North Vancouver, a caminho passamos pelo Iron Workes Memorial Bridge, Uma enorme ponte cruzando Vancouver Harbour, mais alguns minutos e chegamos à Central Lonsdale.

– Onde desejam ficar senhores? (Motorista)
– Pare aqui no acostamento, já podemos ir a pé.
– Ok.

Descemos do carro e seguimos viagem a pé, estava uma noite animada na cidade, eu não estava curtindo muito o clima, sempre gostei de algo mais sombrio e silencioso e a cidade estava um barulho de doer os ouvidos.

– Sophia? (Dhon)
– Oi.
– O que você e a Aline estavam cochichando no shopping naquela hora?
– Porque essa curiosidade? (Aline)
– Eu apenas quero saber mesmo.
– Estávamos admirando umas jóias belíssimas, então corremos lá pra ver, aliás, olha elas aqui.
A Sophia tirou anéis e colares de luxo do bolso de seu casaco.
– São lindas, não lembro de ter visto você pagando elas.
– Eu não paguei.
– Sophia, você roubou?
– Qual a diferença? O shopping agora é seu.
– Caraca Sophia, você realmente se supera.
– Você é demais amiga. (Aline)

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