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FLORES

(Este capítulo não foi revisado!)

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Depois que terminei a faculdade, consegui um emprego como recepcionista em um dos hotéis de grande prestígio no centro da cidade. Isso já faz quase três anos. Eu nunca quis sair daqui e seguir a minha carreira, porque a minha zona de conforto é um belo salário, colegas de trabalho legais e o almoço bancado pela companhia que sustenta meus músculos bem trabalhados da yoga. Sendo bem honesta, nunca desejei mais que isso. Gosto de ser uma recepcionista que agrada os clientes e faz eles se sentirem em casa, mesmo que alguns homens possam ser desafiadores para mim.

Estou no meio do meu turno, beirando às dez horas da manhã. Minha colega mais próxima, Ellen, saiu para almoçar primeiro, então estou atrás de seu computador, fazendo uma revisão básica de quais são os quartos disponíveis para o fim de semana. Durante o sábados, o movimento aumenta bastante. Mas, por causa da época do ano, as suítes mais baratas já estão todas reservadas.

Levanto meus olhos para o saguão, há pouco movimento a essa hora do dia. Alguns funcionários se ocupam em limpar algumas partes, levar malas e objetos de um lado para o outro e empresários a viagem começam a sair para almoçar. Estou de olho na saia lápis de uma advogada ruiva, que caminha em passos elegantes - me pergunto onde ela comprou -, quando o vejo.

Por alguns segundos, tenho que focalizar a minha visão o máximo que posso, para ter certeza.

Mas é ele sim.

Eu não estou ficando louca por Burnout.

Seu estilo de roupas é inconfundível.

Os cabelos loiros bagunçados é a primeira coisa que vejo, e depois os óculos vermelhos, quando ele passa pelas portas de vidro do hotel. Ele usa um terninho bege por cima de uma camisa de praia, o que não faz o menor sentido estético, e em suas mãos, há machucados e manchas roxas. Me pergunto onde ele conseguiu os hematomas, e se ele sempre se veste com as luzes apagadas. Me pergunto se ele ainda tem aquela voz marcante. Por que ele está aqui?

Seu olhar demora a me pegar, mas quando o faz, sinto um arrepio esquisito e gelado na barriga.

Ele se aproxima do balcão da recepção, finalmente se dirigindo até mim.

- Ei, você.

Pisco, sem compreender se ele realmente está falando comigo. Tenho certeza que é o mesmo cara daquela noite, mas ele parece não me reconhecer. Na verdade, está me tratando como se eu fosse qualquer recepcionista burra e inútil. A altivez dele quase me irrita.

- Bom dia, senhor. Posso ajudar? - digo na minha melhor voz de garota simpática, porque isso é o que sei fazer de melhor.

- Preciso de uma suíte, a melhor que você tiver.

Tento não deixar transparecer meus pensamentos. Eu sei que é ridículo meu preconceito, mas esse cara não parece ter um centavo. Quem dirá dinheiro o suficiente para bancar a melhor suíte do nosso hotel.

- Para você mesmo, senhor?

- Não me chame de senhor. - Ele abaixa a armação dos óculos e seus olhos me devoram.

Tenho que me controlar muito para não arregalar os olhos com sua ousadia. Ele está mesmo sendo rude contra a minha educação? Quem esse cara pensa que é?

No mesmo momento em que fico chocada, levando alguns segundos para responder, seu olhar faz meu frio na barriga se transformar em um calor intenso que sobe até chegar me meu rosto. Minhas bochechas queimam, e um instinto selvagem me faz fechar as pernas com força, como se segurando uma força dentro de mim que quer ser liberada.

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⏰ Última atualização: Sep 16 ⏰

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