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(não revisado)

Lorena

Vai pra puta que pariu, vai pra ponte! – levanto puta de raiva.

— Tá gritando atoa, tá doida Lorena? – encaro Filipe levantando da cama.

Que caralho de bebida, se ela não me humilhou ela me maltratou. Levanto da cama com raiva, o cara simplismente socou a minha cara enquanto eu tava dormindo e meu nariz tá sangrando!

— Atoa cara? como? você socou meu nariz – mostro pra ele o vermelho — tô realmente surtando atoa?

Filipe por outro lado começa a rir da minha cara e se vira de costas dando visão da escrita nas suas costas, que Deus tenha me protegido e eu não tenha sido comida por ele ontem, seria pecado ter dado e não lembrar.

Por sinal ele pediu para que a casa que eu morava aqui no morro ficasse sem ninguém para que se algum dia eu resolvesse voltar ter um lugar aqui.

— Sou traficante, meu sexto sentido tá sempre a mostra – pega minha escova de dente e começa a escovar — Vai tomando esse rio de sangue do seu nariz, vai limpar isso aí, tá feião!

— Para de usar minha escova, que nojo! – puxo ela da boca dele e jogo no lixo — Vem cá, quer sumir daqui de casa não?

— Tô querendo não amor, quero ficar de carinho com você – me puxa e eu passo um pano no meu nariz — tá de palhaçada? some daqui irmão.

Começo a rir da sua cara e saio do quarto, são exatamente oito horas da manhã e o morro tá cheio de barulho. A vizinha fofoqueira está olhando pela grade regando as plantas que por sinal são bonitas.

— Que bonito em minha filha, está saindo com esse tamanho de short pelas ruas, vai destruir casamentos em.

Encaro a velha, o fofoqueira do caralho.

— Vai tomar conta desse seu chifre velha – mostro o dedo do meio.

Lara vem correndo na minha direção e pula no meu colo.

— Minha mulher, como foi a noite? – ret aparece na porta de casa — Tava com esse traste?

— Nem sei o que ele tava fazendo lá em casa – dou de ombros e desço ela do meu colo.

— Tô indo pra boca minha dona, se você for pro seu bairro de rico me dá um toque.

Suspiro pesadamente, reviro os olhos e apenas concordo.

— Me diz, o que tem entre vocês? – Lara pergunta vendo ele ir embora.

— Nada amiga, exatamente nada!

Eu e Lara passamos o dia tomando banho de sol na lage da casa do orochi. Sentada na cadeira era possível geral ver o que tava rolando aqui em cima, Ret e Flávio estão passando aqui toda hora vendo se não tem ninguém olhando.

— Que palhaçada – Lara levanta puta — eu tô cansada de vocês, qual a porra do problema? tipo, estamos aqui a tarde toda e vocês foram e voltaram no mínimo o dia todo.

Filipe arruma o fuzil nas costas e tira o cigarro de maconha da boca jogando ele no chão.

— Deixa de surtar atoa Lara, nosso trabalho é esse irmão – dá meia volta e começa a seguir seu rumo.

Pego a mangueira e jogo água no meu corpo tirando o descolorante que já está me irritando, se tem uma coisa que eu aprendi quando comecei a interagir com Filipe é que se você quer evitar qualquer coisa é só jogar o foda-se.

— Deixa eu tirar também Lorena, tá me pinicando essa merda – jogo água na cara dela — sua piranha!

Puxa a mangueira da minha mão e começa a jogar água em mim, meu cabelo tá todo encharcado e sem falar que pode muito bem ter acertado todo mundo lá em baixo.

— O Lara, vai se fuder caralho – gritam lá de baixo, corremos pra olhar e vemos orochi todo molhado — Qual foi a putaria?

— Isso é pra você aprender a focar no seu trabalho que não é nos espionar!

Mostramos o dedo do meio e voltamos pra nossa curtição que já está no final. Hoje mesmo eu volto pra minha nova realidade, bem longe daqui.



𝐀 𝐦𝐞𝐮 𝐟𝐚𝐯𝐨𝐫 - 𝐅𝐑 (em pausa)Onde histórias criam vida. Descubra agora