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S/N POV

As horas passaram mais rápido do que eu esperava. As aulas foram intensas, mas consegui acompanhar, talvez com um pouco mais de facilidade do que da primeira vez, graças à confiança renovada que sentia. Quando o sinal finalmente anunciou o fim das aulas do dia, um misto de excitação e nervosismo tomou conta de mim.

Encontrei Anita, Carol e Camila no ponto de encontro combinado. Estavam todas ali, com sorrisos ansiosos, e a atmosfera era leve, descontraída. Eu sabia que aquela seria a primeira de muitas noites juntas.

Nos dirigimos ao pátio central, onde a luz suave do entardecer começava a dar lugar ao brilho das estrelas. Alguns veteranos já estavam por lá, e a música ao fundo criava um ambiente acolhedor. Sentamo-nos em uma das mesas ao ar livre, e, enquanto ríamos e conversávamos, eu senti uma tranquilidade que não havia experimentado da primeira vez.

— Então, – disse Anita, inclinando-se para frente com um olhar curioso, — o que vocês acham que vai ser o maior desafio nesse primeiro semestre?

Camila riu, respondendo de imediato:

— Sobreviver à quantidade de leitura, com certeza. Mas, sinceramente, estou pronta para isso.

Anita se virou para mim.

— E você, S/n? O que espera desses primeiros meses?

Pensei por um momento, lembrando-me de tudo que já havia passado e do que ainda estava por vir. Sorri, sentindo-me grata por aquela segunda chance.

— Acho que estou pronta para qualquer coisa, – respondi. — E mais do que tudo, estou feliz por ter encontrado vocês.

Elas sorriram em resposta, e naquele momento, soube que não importava o que o futuro reservava, estava pronta para encarar tudo ao lado delas. As memórias do futuro me diziam que isso era apenas o começo, e agora, eu estava pronta para viver cada segundo, consciente de que, às vezes, a vida nos dá uma segunda chance para acertar o que antes parecia impossível.

Joel se sentou à nossa mesa com aquele sorriso arrogante que eu já estava começando a detestar. Não era só a maneira como ele parecia se sentir à vontade em qualquer lugar, mas também o jeito como ele fazia questão de me desafiar desde o momento em que nos conhecemos.

— Então, novata – interrompo o mesmo.

— S/n!

— Então, S/n — ele voltou a falar, com aquela voz meio zombeteira —, você realmente conseguiu me pegar de surpresa hoje. Não é todo dia que uma caloura tem coragem de me enfrentar assim.

Eu o encarei, mantendo meu tom firme.

— E você realmente acha que todos vão simplesmente se curvar aos seus joguinhos de veterano? Talvez seja você quem precisa de um desafio de vez em quando.

Anita, Carol e Camila ficaram em silêncio, claramente interessadas na interação, mas também cientes da tensão que estava começando a se formar. Joel riu, um som que parecia mais de diversão do que de qualquer outra coisa, o que só me irritou ainda mais.

— Desafio, é? — Ele arqueou uma sobrancelha, parecendo intrigado. — Você acha que consegue me desafiar?

Revirei os olhos.

— Isso aqui não é uma competição, Joel. Mas se fosse, eu não estaria preocupada.

Ele pareceu gostar da resposta, mas não no sentido de respeito — parecia que ele via isso como um convite para mais provocações.

— Sabe, gosto de uma pessoa que sabe o que quer. Mas você deveria tomar cuidado. Não quero que fique difícil demais para você.

— Ah, não se preocupe — respondi, minha paciência começando a se esgotar. — Eu lido bem com coisas difíceis.

O sorriso dele se alargou, mas antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa, Anita entrou na conversa, tentando suavizar a tensão.

— Então, Joel, o que você está achando dos calouros deste ano? Alguma surpresa além da S/n?

Joel desviou o olhar para Anita, parecendo relaxar um pouco.

— Algumas boas promessas, mas nada muito fora do comum... ainda — disse ele, lançando um olhar de canto para mim, como se me incluísse nessa avaliação.

Sabia que isso não ia parar por aí. Joel parecia estar se divertindo demais com essa ideia de rivalidade entre nós, e eu tinha certeza de que ele não ia parar de tentar me provocar. O que ele não sabia é que eu não ia recuar. Ele podia ser veterano, popular e cheio de si, mas eu não ia deixar que ele me intimidasse.

Enquanto a noite continuava, a conversa seguiu por outros tópicos, mas a tensão entre nós permanecia. Toda vez que ele fazia algum comentário, eu estava pronta para responder, e ele parecia estar adorando cada segundo disso. E, para ser honesta, uma parte de mim também gostava — não porque eu o suportava, mas porque, de alguma forma, essa rivalidade me fazia sentir viva, me dava energia para enfrentá-lo e mostrar que eu não era alguém que se dobrava facilmente.

No fundo, sabia que essa dinâmica entre nós ia continuar, pelo menos por um tempo. Ele queria ver até onde eu iria, e eu estava mais do que disposta a mostrar que ele não me intimidava. Naquela noite, enquanto ele se levantava para ir embora, ele lançou uma última provocação.

— Vejo você por aí, S/n. Não fuja da próxima vez que me vir.

— Eu não fujo, Joel — respondi sem hesitar. — E quando te ver, pode ter certeza que estarei pronta.

Ele sorriu de novo, aquele sorriso que eu já sabia que significava mais desafios por vir. E enquanto ele se afastava, me preparei mentalmente. Se Joel queria um jogo, ele tinha encontrado a pessoa certa para jogar. E eu estava determinada a vencer.

que preguiça de terminar isso vey 😭🆘

de volta aos 18 || joelOnde histórias criam vida. Descubra agora