Aonde Yunho não entendia do porque a menina que ele gostava ser tão obcecada por um corredor de corridas clandestinas e ilegais.
Onde Song Mingi ao ver Yunho pela primeira vez naquela corrida, não parou de pensar nele.
Esta história é uma obra de ficção, sem a intenção de ofender fãs ou ídolos. Contém cenas que podem ser sensíveis para alguns leitores. A decisão de continuar a leitura é de responsabilidade pessoal.
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Yunho estava sentado ao lado de Hyerin, fingindo interesse enquanto ela mexia no celular, mostrando mais uma vez as fotos do tal "Fix on". Ele já tinha ouvido esse nome inúmeras vezes, e a cada vez que ela mencionava o corredor, Yunho sentia um nó na garganta.
— Olha, Yunho! — Hyerin exclamou com entusiasmo, virando a tela do celular para ele. — Ele me seguiu na conta privada dele! E olha isso, a gente já trocou algumas mensagens. Ele até curtiu minhas últimas fotos!
Yunho lançou um olhar rápido para o celular, vendo as trocas de curtidas e mensagens que não significavam nada para ele. Seu rosto mostrava um tédio palpável enquanto ele ouvia Hyerin falar.
— Sério, Hyerin? — ele disse, sem esconder a falta de entusiasmo na voz. — Até parece que seu pai vai deixar você namorar um rebelde que nem ele.
Hyerin riu, claramente divertida pela reação dele.
— Ah, Yunho, você fala isso como se eu fosse pedir permissão! — Ela deu uma risadinha, os olhos brilhando de excitação.
Yunho revirou os olhos, cruzando os braços.
— Só estou dizendo… Vai ser difícil você conseguir algo sério com ele, ainda mais com toda essa fama de bad boy que ele tem.
Ela deu de ombros, sem se abalar.
— Talvez, mas… é o desafio que torna tudo mais interessante, não acha? Aliás ele é um gostoso!
Yunho apenas suspirou, voltando a olhar para frente, enquanto Hyerin continuava a falar sobre Fix on, sem notar a frustração crescente de Yunho.
Yunho voltou a mexer em seu notebook, digitando algo para tentar se distrair da conversa. Sentia o peso da mão de Hyerin agarrada em seu braço, mas não era o tipo de toque que ele desejava. Era uma sensação amarga, quase cruel, estar ali ao lado dela enquanto ela falava de outro cara com tanta paixão e empolgação.
A situação era péssima, para dizer o mínimo. A garota que ele amava há quase dois anos estava completamente obcecada por um cara que era seu completo oposto: um marginal, um rebelde que participava de corridas ilegais, alguém com quem Yunho nunca teria nada em comum. E, para piorar, Hyerin não parecia vê-lo como algo além de um amigo confiável, uma presença constante e segura.
Ele digitava no notebook, mas sua mente estava longe, perdida em pensamentos amargos. Como era possível que ela não enxergasse o que ele sentia? Como não via que ele estava sempre ali, do lado dela, pronto para oferecer o que aquele corredor jamais poderia?
Mas, mesmo com essa frustração corroendo por dentro, Yunho sabia que não deixaria de amá-la. Ele acreditava que aquela obsessão por "Fix on" era apenas uma fase, algo que passaria com o tempo. Quando a empolgação esfriasse, quando ela percebesse que aquele cara não era nada além de uma fantasia perigosa, Yunho estaria ali, esperando pacientemente.
Ele respirou fundo, tentando dissipar a dor que o apertava. Um dia, ele pensava, ela veria. Um dia, ela entenderia que ele sempre esteve ao seu lado, que era ele quem merecia o amor dela. Até lá, ele continuaria esperando, ainda que cada palavra sobre aquele corredor ilegal fosse um golpe em seu coração.
Yunho continuava digitando no notebook, tentando se focar em qualquer coisa que não fosse Hyerin suspirando pelo "Fix on". Mas a cada vez que ela mencionava o nome daquele cara ou elogiava alguma foto do corpo dele, Yunho sentia uma irritação crescente. Ele odiava aquele cara, odiava ainda mais o fato de Hyerin estar completamente cega pela imagem dele. O tal "Fix on" mal mostrava o rosto nas fotos, sempre ostentando aquela tatuagem ridícula no peito com o próprio nome fictício. Para Yunho, era patético. Ele sabia que era bonito e inteligente, e nunca precisou se exibir daquela maneira. Então, por que diabos todas as garotas pareciam se interessar mais pelos caras errados?
Perdido nesses pensamentos, ele quase não percebeu quando Hyerin começou a balançar seu braço.
— Yuyu! — ela chamou, a voz manhosa. Quando ele finalmente se virou para ela, viu que ela estava com um biquinho nos lábios, o que fez seu coração apertar e derreter ao mesmo tempo.
— Não está com ciúmes dele, né, Yuyu? — perguntou ela, em um tom brincalhão, antes de beijar o ombro dele.
Yunho soltou uma risada, tentando esconder o desconforto que sentia.
— Eu? Ciúmes? — Ele revirou os olhos, tentando manter a leveza na conversa. — Sei que é coisa de garotinha se apaixonar por caras que provavelmente nem tomam banho.
Hyerin fez uma careta e revirou os olhos, cruzando os braços de forma dramática.
— Ya! Não fale assim dele, Yuyu. Ele provavelmente toma banho, sim! — respondeu ela, com uma voz defensiva, mas ainda brincalhona.
Yunho riu, mas por dentro ele sentia a pontada de frustração. Ela sempre defendia aquele cara, como se ele fosse algo especial.
— Ah, claro, Hyerin. Ele deve gastar o mesmo tempo com o chuveiro que gasta com a pomada para o cabelo — provocou, tentando transformar sua própria frustração em uma piada.
Ela deu um leve empurrão no ombro dele, rindo.
— Você é impossível, Yunho. Não sabe apreciar um cara que tem estilo.
— Ou talvez eu só saiba apreciar quem não precisa se esconder atrás de um apelido e uma tatuagem — retrucou ele, ainda sorrindo, mas com os olhos ligeiramente mais sérios.
Hyerin riu, aproveitando a oportunidade para provocar Yunho um pouco mais.
— Você só está assim porque ele tem tanquinho e você não, Yuyu — disse ela, entre risos, claramente se divertindo com a reação dele.
Yunho olhou para ela, incrédulo, os olhos arregalados enquanto tentava processar o que acabara de ouvir.
— O quê? — Ele perguntou, fingindo estar ofendido. — Primeiro, eu tenho tanquinho sim, só não fico exibindo por aí! E segundo, seu pai também vai rir muito quando eu contar para ele que você anda conversando com um criminoso.
Hyerin parou de rir por um momento, os olhos se estreitando enquanto ela encarava Yunho, percebendo que ele estava, ao mesmo tempo, brincando e tentando desviar o foco.
— Ya, Yunho! Não ouse contar nada para o meu pai! — disse ela, fingindo estar indignada, mas ainda com um sorriso nos lábios.
— Ah, claro — respondeu ele, com um sorriso irônico. — E quando ele descobrir, vai adorar saber que você está obcecada por um cara que, além de ser um criminoso, provavelmente nem sabe soletrar o próprio nome. E aí, quem vai estar rindo?
Hyerin cruzou os braços, fingindo estar brava, mas não conseguiu evitar uma risadinha.
— Ok, ok, você ganhou essa, Yuyu. Mas isso não muda o fato de que ele tem tanquinho e você não.
Yunho suspirou, rindo junto com ela.
— Você realmente não vai desistir disso, né? — Ele balançou a cabeça, ainda incrédulo. — Bom, talvez eu não tenha um tanquinho, mas pelo menos tenho algo que ele nunca vai ter.
Hyerin levantou uma sobrancelha, curiosa.
— E o que seria isso?
Yunho sorriu de lado, seu olhar um pouco mais suave.
— Eu sou seu melhor amigo. E, ao contrário dele, eu sempre vou estar aqui, com ou sem tanquinho.
Hyerin ficou em silêncio por um momento, o sorriso diminuindo enquanto absorvia o que Yunho disse. Ela abriu a boca para responder, mas logo fechou, sem saber exatamente o que dizer. Yunho apenas sorriu, voltando a mexer em seu notebook, tentando não pensar muito sobre o que acabara de dizer.