Fugindo de seu passado Alya "Specter" acaba se encontrando em Forks, uma pequena cidade no estado de Whasigton. O que acontecerá em meio a sua "fuga", Alya conseguirá encontrar uma casa para chamar de sua? Talvez um amor?
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13 de Setembro
Corria entre a mata densa que se formava junto aos pinheiros espalhados ao redor, a terra estava levemente úmida, folhas pingavam gotas de água em direção ao solo e uma leve névoa se formava na floresta.
Conseguia ouvir o som dos animais que estavam longe e os pequenos insetos, os que era presas se afastavam conforme o som dos galhos revelavam minha proximidade.
Medo bobo por sinal, não é como se eu fosse os caçar. Não estavam em minha cadeia alimentar e nem eram o motivo para eu estar na floresta, na verdade estava apenas explorando o local.
Havia chego a poucas horas na pequena cidade, Forks.
Um destino incomum, mas razoável diante as razões. A mesma fazia parte do condado de Clallam, em Washington. Contia apenas 3.120 habitantes ao todo, agora 3.121, um bela diferença não?
Bem, se você por ventura precisar de um lugar quieto, sem a agitação de uma cidade grande e principalmente longe... Forks sem dúvidas é a melhor opção.
A cidade fazia um contraste entre a mata e a civilização, um clima mistérioso, na maioria das vezes nublado e chuvoso, mas hora ou outra as nuvens davam a oportunidade de alguns raios solares alçarem o chão.
Era aconchegante da mesma maneira que melancólica.
Paro por um momento ao ouvir um uivo, meus olhos vagam a área, mas nada me chama a atenção. Curioso de fato.
Mas havia algo a mais, meus sentindos alertavam isso.
Concentrando minha audição consigo ouvir batimentos fracos, estava longe.
...
Paro em frente a garota que estava encolhida no chão abraçando seu próprio corpo, quase inconsciente.
Uma brisa bate contra a direção que estava e franzo a testa ao sentir um cheiro tão familiar quanto estranho.
Isso deveria significar algo?
Poderia a deixar aí, não tinha obrigações ou necessitava ajudá-la, mas por que não consigo?
Me abaixo retirando minha jaqueta e colocando em volta de seu corpo antes de a pegar em meus braços.
Ela parece sentir a movimentação pois seus olhos se abrem levemente.
─ Você voltou. - Seu tom é baixo, tão baixo que um humano ─ Eu sabia que voltaria.
A observo colocar seu rosto contra meu pescoço em busca de conforto.
─ Apenas não morra. - Resmungo. ─ Não preciso de mais problemas.
Ouço passos pesados vindo de longe, a mesma direção que o uivo anterior. Dessa vez conseguia distinguir o aroma.
Metarmofos.
Sorrio divertida antes de sair dali, essa cidade não parece exatamente o que eu estava pensando.
...
─ Algum sinal dela? - Ouço enquanto me aproximo do fim da floresta.
─ Ainda não. Vamos acha-la Charlie, apenas tenha calma. - Outro parece o reconfortar.
Arrumo minha postura saindo devagar da floresta e não demora para que notem minha presença e da garota em meus braços. Olho em suas direções e vejo os carros da polícia local, junto a outros.
Um homem com jaqueta e um distritivo em seu peito se aproxima, seus olhos estavam na garota até que encontram os meus.
─ Estava fazendo uma caminhada na trilha quando encontrei ela. - Explico.
─ Quem é você? - Seu tom é sério, mas ao mesmo tempo parece grato.
─ Alya, Alya Specter. Suponho que a conheça?
─ Bela é minha filha. - Diz e meus olhos caem na garota pálida.
─ Bela. - Digo baixo. ─ Bem eu a encontrei sozinha, senhor.
─ Sozinha?
Assinto. ─ Os batimentos dela estão fracos, acredito que seja melhor a levar a um médico. - A coloco em seus braços e passo por eles, mas paro ao ouvir dizer.
─ Nunca a vi nessa cidade.
─ Cheguei há apenas algumas horas. - O olho é percebo seu olhar desconfiado, mas assente. Dou uma última olhada na garota.
─ Obrigada por trazer minha filha, Alya. - Suspira e apenas aceno. ─ Se precisar de algo me procure, sou Charlie Swan.
─ Claro. - Coloco minhas mãos no bolso da calça. ─ Espero que ela fique bem. - Digo e o vejo ir até a viatura.
Sinto um olhar em minhas costas e olho para a floresta notando um par de olhos vermelhos carmesins que em segundos desaparece.
Interessante.
Caminho para sair dali quando passo por um garoto que estava sem camisa e noto seu olhar duro em direção ao mesmo local que antes estava o desconhecido.
Essa cidade parece ter mais segredos do que achei.
Talvez tenha errado na escolha?
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