18~O enigma de Park Ji-eun (parte II)

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Depois de nossa conversa com Lee Min-ho, voltamos ao hotel para descansar e planejar nossos próximos passos. A noite estava tranquila, mas nossas mentes estavam a mil por hora, tentando juntar todas as peças do quebra-cabeça.

Na manhã seguinte, nos encontramos no saguão do hotel. Kai estava com um mapa de Jeju aberto na mesa, marcando os lugares que ainda precisávamos visitar.

- Temos algumas opções. - disse ele, apontando para o mapa. - Podemos visitar a casa de Ji-eun, falar com mais amigos dela, ou tentar encontrar mais informações sobre o homem que a estava seguindo.

- Vamos começar pela casa dela. - sugeri. - Pode haver algo lá que nos dê mais pistas.

Shin concordou.

- Sim, e talvez possamos encontrar algum diário ou anotações que ela tenha deixado.

Pegamos o carro e dirigimos até a casa de Park Ji-eun. Era uma pequena casa de campo, cercada por um belo jardim que parecia ter sido negligenciado desde sua morte. Entramos com a chave que a polícia nos forneceu e começamos a vasculhar o lugar.

- Olhem isso. - disse Shin, encontrando um caderno em uma das gavetas. - Parece um diário.

Kai e eu nos aproximamos enquanto Shin folheava as páginas.

- Ela escreveu sobre o homem que a estava seguindo. - disse Shin, lendo em voz alta. - Ela o descreve como alguém que sempre aparecia nos lugares onde ela estava, mas nunca se aproximava.

- Isso confirma o que a curadora e Lee Min-ho nos disseram. - disse Kai. - Mas ainda precisamos de um nome.

Continuamos a procurar pela casa, encontrando várias pinturas inacabadas e anotações sobre seus projetos. Em uma das gavetas, encontrei uma foto de Ji-eun com um homem que não reconheci.

- Quem é esse? - perguntei, mostrando a foto para Shin e Kai.

Shin franziu a testa.

- Não sei, mas ele parece familiar. Talvez seja o homem que a estava seguindo.

- Precisamos descobrir quem ele é. - disse Kai. - Vamos levar essa foto para a polícia e ver se eles podem identificá-lo.

Deixamos a casa de Ji-eun e fomos até a delegacia local. Mostramos a foto ao detetive responsável pelo caso, que prometeu investigar e nos informar assim que tivesse alguma novidade.

Enquanto esperávamos, decidimos visitar alguns dos amigos de Ji-eun que ainda não havíamos contatado. Fomos até um café onde ela costumava se encontrar com outros artistas locais.

- Olá. - disse Kai, abordando um grupo de pessoas que pareciam estar discutindo arte. - Somos investigadores e estamos tentando saber mais sobre Park Ji-eun. Vocês a conheciam?

Uma mulher no grupo assentiu.

- Sim, Ji-eun era uma amiga querida. O que vocês querem saber?

- Ela mencionou estar preocupada com alguém que a estava seguindo. - expliquei. - Vocês sabem quem poderia ser?

A mulher trocou olhares com os outros antes de responder.

- Ela mencionou um homem chamado Kim Seok-jin. Ele era um admirador de seu trabalho, mas parecia um pouco... obcecado.

- Vocês sabem onde podemos encontrá-lo? - perguntou Kai.

- Ele costumava frequentar uma galeria de arte no centro da cidade. - respondeu a mulher. - Talvez vocês possam encontrá-lo lá.

Agradecemos ao grupo e fomos direto para a galeria. Quando chegamos, perguntamos sobre Kim Seok-jin e fomos informados de que ele estava lá frequentemente, mas não naquele momento.

- Vamos esperar. - disse Kai, determinado. - Precisamos falar com ele.

Enquanto esperávamos, discutimos nossas descobertas e tentamos formular um plano. Finalmente, depois de algumas horas, vimos um homem que correspondia à descrição de Kim Seok-jin entrar na galeria.

- É ele. - disse Shin, apontando discretamente. - Vamos falar com ele.

Nos aproximamos de Kim Seok-jin, que parecia surpreso ao nos ver.

- Posso ajudar? - perguntou ele, nervoso.

- Somos investigadores. - expliquei. - Estamos investigando a morte de Park Ji-eun. Você a conhecia?

Kim Seok-jin assentiu, visivelmente desconfortável.

- Sim, eu a conhecia. Ela era uma artista incrível.

- Você sabe algo sobre a tatuagem dela? - perguntou Shin. - Um círculo de pétalas com um símbolo yin e yang.

Ele franziu o cenho.

- Não, ela nunca mencionou nada sobre essa tatuagem. Muito menos disse que havia feito uma...

- Você estava seguindo Ji-eun? - perguntou Kai diretamente.

Kim Seok-jin ficou pálido.

- Eu... eu a admirava. Queria estar perto dela, mas nunca a machucaria.

- Precisamos de mais informações. - disse eu, suavizando o tom. - Qualquer coisa que você possa nos dizer pode ajudar.

Kim Seok-jin suspirou, parecendo aliviado por não estar sendo acusado diretamente.

- Ela mencionou estar preocupada com alguém, mas nunca disse quem. Eu pensei que fosse eu, mas agora não tenho certeza.

Agradecemos a Kim Seok-jin e saímos da galeria, nossas mentes confusas com tudo o que aconteceu até agora nesse caso. "Até parece que eles treinaram as falas, sempre as mesmas informações..."

Continua...

𝐏𝐄𝐑𝐈𝐆𝐎 𝐄𝐌 𝐒𝐄𝐔𝐋: 𝒖𝒎 𝒄𝒂𝒔𝒐 𝒅𝒆 𝑺𝒆𝒓𝒊𝒂𝒍 𝑲𝒊𝒍𝒍𝒆𝒓 1Onde histórias criam vida. Descubra agora