Capítulo 1

1 0 0
                                    

Gritos e mais gritos eram ecoados por toda parte, não só os gritos mais também se davam para escutar os sons dos moveis quebrando e vidro estilhaçando no chão, estava com medo mesmo que barulhos como esses fossem frequentes, mais os desse momento eram claramente piores.

Lembro de minha irmã mais velha entrar correndo para dentro do meu quarto com meu irmãozinho no colo o deixando no chão e trancando a porta, voltou rapidamente pegando em nossas mãos e nos levando para nos escondermos no closet do meu quarto, nos deixou no fundo onde tinha vários vestidos compridos, trancou a porta e se escondeu próximo onde nos deixou, não precisou pedir que ficássemos em silêncio pois não era a primeira vez.

Ficamos ali por bons minutos, estranhei o silêncio repentino na casa, pensei ter acabado mais rápido do que as outras vezes, estava terrivelmente enganada, logo foi possível escutar as pancadas e logo em seguida a porta sendo quebrada, meu irmãozinho quase grita de susto e pelo medo que sentia, o que me fez tampar sua boca com uma das mãos e com a outra fiz sinal pedindo silêncio. Novamente escutamos os mesmos sons só que dessa vez no closet, e então em passos lentos aquele que nos mais amedrontava se aproximava, os passos ficavam cada vez mais altos e dava para ouvir sua respiração alta enraivecida, até que nos achou agarrou nossos braços e com violência nos arrastou para fora de onde estávamos, minha irmã tentou impedi-lo mais levou uma bofetada tão feia que caiu no chão.

Aos prantos éramos arrastados pelos corredores do segundo andar daquela enorme mansão de forma bruta, levando gritos e tapas, sendo jogados contra as paredes de um jeito nada cuidadoso que nos fazia chorar ainda mais e levar cada vez mais gritos. Ao chegarmos ao topo da escada vi a pior cena da minha curta vida, lá embaixo em meio de todo aquele caos de vidros e porcelanas quebradas ao chão, estava o corpo da minha mãe jogada em cima da própria poça de sangue, dava para ver seu corpo todo ferido e o cabelo preto estava por cima do rosto não dava para vê-lo, apenas fiquei paralisada com a cena, as lágrimas escorriam pelo meu rosto mais não conseguia emitir nenhum som. Foi então que meu irmãozinho gritou ainda mais desesperado, não houve tempo para pensar, pois em seguida do grito de desespero dele houve um outro grito que durou até ele terminar de cair lá embaixo da escada perto da minha mãe e então tudo que agora era possível de se escutar era o riso satisfeito daquele monstro.

Quando puxou meu braço para poder me jogar também como fez com meu irmãozinho, vi ele cair junto ao som de um tiro, ele resmungava de dor e então vi minha irmã com a espingarda de caça do meu pai que ele mantinha em seu quarto vindo em minha direção, pegou em minha mão e começamos a correr, vi que chorava mais não havia tempo para parar, descemos as escadas e estávamos correndo em direção a cozinha, ao chegarmos no cômodo já tínhamos escutado que ele já estava próximo, a cozinha tinha um porta que dava acesso ao jardim, o chão estava cheio de cacos de vidro então ela tira o calçado dos próprios pés para calçar os meus que estavam descalços todo esse tempo e acabaram um pouco feridos.

- Você tem que correr ouviu Brietta, não pare até está segura me ouviu? - Ela disse segurando firme meus ombros e olhando nos meus olhos.

- M-mais e você? - Não queria ir sem ela.

- Eu vou ficar bem e logo vou te encontrar, agora vai! - Ela disse já pegando a espingarda e se posicionando em direção da porta.

Não tive outra escolha a não ser correr, corri o máximo que minhas pequenas pernas me permitiram correr, passei pela área da piscina dando a volta até chegar ao jardim principal onde ficava a saída, quando já estava na estrada de pedra que dava acesso ao portão e a porta principal da casa escuto um tiro e outro logo em seguida, o que me fez parar de correr e olhar para trás, não demorou muito para que a porta principal se abrisse e o meu maior pesadelo aparecesse com a mesma arma que minha irmã tinha em mãos apontando ela para mim. Me virei para tentar correr novamente, mas não deu tempo cair quando sentir uma dor horrível em minha perna esquerda, então caída no chão me viro novamente e olho em sua direção o vejo caído sentado, uma mão segurava a arma e a outra segurava seu ombro que estava sangrando.

Passando por mim vi um homem alto vestido de uma roupa preta, ele andava firme em direção ao meu pai, ele usava luvas da mesma cor de sua roupa e na sua mão direita ele segurava uma arma, ao chegar mais próximo dele deu mais três tiros o matando, depois se voltou para mim, me deixando com medo não sabia se ele me mataria também. De longe não dava para ver seu rosto pois não havia claridade o suficiente por causa do horário, mais quando ele finalmente chegou perto se agachou e fitou todo meu rosto observando cada machucado que havia nele.

Pude ver então com bastante clareza seu rosto ele era muito bonito, seus olhos eram redondos, escuros e sombrios, mais de alguma forma brilhavam eles eram como o universo escuro e cheio de estrelas particulares.

- Vai ficar tudo bem agora garotinha. - Ele disse manso. - Não há mais como ele te machucar.

- E... quem é você? - disse baixo estava apavorada e chorando de dor.

- Ninguém. - Foi tudo que disse.

Seu rosto era jovem ele não parecia ser um homem velho, o rapaz que estava em minha frente tirou do pescoço um tipo de cordão e colocou em mim, minha visão nesse momento estava ficando fraca e tudo parecia está girando ao meu redor.

- Isso é um amuleto vai sempre te proteger. - Escutei ele dizer com sua voz ficando cada vez mais distante.

- Qual seu nome? - Não tinha mais força em minha voz

- É Jungkook...

Não consegui escutar pois apaguei antes que ele terminasse de falar seu nome.

                              🌹🥀

Abro os olhos vagarosamente, tudo ao meu redor é branco e aos poucos vou escutando a agitação ao meu redor, o bip da maquina, vozes desesperadas e chorossas tudo está fazendo com que minha cabeça doa, quando a minha visão finalmente deixa de estar embaraçada posso ver um médico conversando com minha vó e só aí lembro de tudo o que aconteceu, o choro se torna inevitável.

Passei 1 mês em um hospital me recuperando de todos os meus machucados, após a alta pedir que meus avós me levassem onde minha família estava enterrada, já que não pude ir ao funeral deles por ainda está no hospital. Após todo esse longo processo fui morar com meus avós pais de minha mãe, não sei se porque ninguém mais queria assumir minha responsabilidade ou se foi por eles terem insisto muito.

Juntamos nós três para assistimos televisão, então vejo algo que não gostaria de saber

"O CEO da maior rede de hotéis Holmes Palace, foi encontrado morto junto a sua esposa e 2 filhos, uma filha sua foi encontrada ferida mais ainda com vida, recebemos atualizações de que ela se encontra nesse momento bem e fora de risco de vida. Após a investigação a polícia imagens de uma câmera de segurança onde mostra um suspeito no momento em que assassina o CEO, por causa da posição da câmera não foi possível identificar seu rosto, mais a investigação segue até que achem o suspeito que matou a família Homes."

Não posso acreditar o meu salvador, homem pelo qual ainda estou viva, está sendo acusado pelos crimes que meu pai cometeu.

--------------------------♡♡♡--------------------------

Espero que gostem do primeiro capítulo.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: 4 days ago ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Until hope endsOnde histórias criam vida. Descubra agora