Seu nome: Season 2

Capítulo 14

Jimmy 

— Droga! — gritei, minha frustração ecoando no banheiro vazio enquanto eu batia a porta atrás de mim. Minha mente era uma tempestade de emoções. 

Como diabos eles poderiam almoçar juntos? E para piorar as coisas, Sea havia permitido que Earth o alimentasse? Foi no mínimo, estúpido. 

Andei de um lado para o outro no banheiro mal iluminado, incapaz de me livrar dos pensamentos perturbadores que roíam minha consciência. As paredes pareciam se fechar sobre mim, enquanto eu lutava com uma torrente de perguntas e acusações girando em minha mente. Eu tinha deixado bem claro para Sea, inúmeras vezes, que ele não deveria se aproximar de Earth.

No entanto, apesar dos meus avisos, ele continuou a passar tempos com aquele idiota, como se minhas palavras não tivessem significado nenhum. 

O tumulto dentro de mim se intensificou enquanto eu vagava, Sea não percebeu os sentimentos de Earth por ele? Era quase enlouquecedor considerar que um sentimento tão óbvio pudesse escapar dele. Como ele poderia ser tão alheio ao fato de que Earth se importava com ele de uma forma que transcendia a amizade? 

Eu me inclinei contra a parede fria, minha mente correndo com emoções conflitantes. Eu cerrei meus punhos, unhas cravadas em minhas palmas enquanto eu me lembrava do momento que tinha me abalado até o âmago. Earth com um sorriso caloroso tinha estendido o garfo cheio de comida em direção a boca de Sea. E pior, ele comeu. 

Meu peito apertou de raiva enquanto aquela cena passava em minha mente. — Porra!!! — gritei. 

Com um suspiro pesado, afastei-me da parede e me aproximei da pia, jogando água fria no rosto numa tentativa de acalmar a onda crescente de emoções. 

🍁

Andei até minha moto, querendo apagar as imagens frustrantes que tinham ficado em minha memória a alguns minutos. Quando minha mão se estendeu para agarrar o guidão da moto, um aperto em meu pulso conteu meus movimentos. Virei-me para confrontar a fonte dessa interrupção.

Um suspiro escapou dos meus lábios quando reconheci a pessoa à minha frente. Era Film, uma mulher com quem passei uma noite alguns dias atrás. Porra, o que diabos ela faz aqui? 

Não consegui esconder a irritação que brotou dentro de mim. Instintivamente, puxei minha mão para longe do seu aperto, o toque de seus dedos parecendo mais repulsivo do que nunca. — O que você quer? — perguntei sem rodeios. 

Film franziu o cenho com frustração e descrença. — O que eu quero? Sério, Jimmy? Você nem sequer me fez uma ligação depois daquela noite, e ainda me pergunta o que eu quero? — ela perguntou, me fazendo similar internamente. 

O que ela esperava? Ela realmente achou que depois daquela noite eu iria querer continuar mantendo contato com ela? A mera lembrança de como ela me beijou, faz minha pele arrepiar de desconforto e desgosto. 

— Bem, em algum momento eu lhe disse que manteríamos contato após aquela noite? — indaguei colocando o capacete sob o banco da moto. 

Ela zombou. — Uau, Jimmy! Você age como se aquela noite não tivesse significado nada. 

Revirei os olhos para o melodrama dela. — Não mesmo! — respondi de uma vez, minha paciência já se esgotando com aquele draminha barato dela. — Foi uma transa de uma noite, Film. Não vamos piorar as coisas achando que foi o contrário. E, se me lembro bem, foi você quem se jogou em cima de mim, eu não fazia questão nenhuma de ficar com você. Mas, fiquei com pena de deixá-la com desejo e cedi. 

Ela ergueu as sobrancelhas. — Jimmy, eu pensei que havia algo entre nós, algo especial.

Não consegui esconder minha frustração enquanto acariciava meu rosto levemente. — Foi uma transa de uma noite. É isso. Nunca houve nada de especial. Você é só mais uma entre tantas outras que eu fiquei. Não se engane. — Peguei o capacete do banco da moto. — Ah, então me faça um favor, fique bem longe de mim sua, sua...