aliança, chico moedas

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Valen me chamou para ir a um barzinho hoje. Quando olhei o relógio e vi que já eram 17h30, me levantei para começar a me arrumar, depois de passar o dia inteiro na cama, curtindo a preguiça. Não me julguem, estava exausta da viagem e ainda tentando me acostumar com o jet lag.

Depois de um banho que espantou a moleza, comecei a me maquiar. Passei lápis nos olhos e rímel, contornei os lábios com um lápis e apliquei batom com um gloss por cima.

Fui escolher minha roupa e optei por um vestido preto justo, combinando com um salto baixo, também preto. Como acessórios, escolhi brincos dourados e uma pulseira. Depois de pronta, borrifei meu perfume e me olhei no espelho. Uau. Será que é muito errado me achar a pessoa mais perfeita do mundo?

O som de uma notificação no celular interrompeu meus pensamentos. Era Valen avisando que já tinha chegado.

to aqui fora

esqueci completamente 😬
tô no banho

não acredito nisso
sua puta, vou te tirar daí arrastada

KKKKKKKKKKKK VALENTINA
eu tava brincando

bom mesmo

Dei uma risada. Valentina sendo Valentina.

Entrei no carro da morena, e ela logo me puxou para um abraço, soltando um gritinho.

— Quanta saudade! — falei, quase esmagada por ela.

— Claro, né?! Faz três anos que não te vejo. Senti falta da minha melhor amiga.

Nos afastamos devagar.

— Valentina Bandeira sendo fofa? Vai chover.

— Depois que eu sou grossa, ainda reclamam. — ela murmurou com um sorriso, virando-se para dar partida no carro.

Algum tempo depois, eu estava sentada em uma mesa no bar com Valentina, Maciel, Ramon, Pig, Beltrão e Luiza. Se eu sabia que eles viriam? Não, mas eram todos meus amigos, e não tem nada melhor que um barzinho com a galera no fim de semana, né? O bar estava lotado, com a música ao fundo criando uma trilha sonora relaxante.

O cheiro de frituras e cerveja enchiam o ar, enquanto as luzes baixas davam ao lugar um a vibe intimista. Era como estar de volta em casa.

— Vi que vocês criaram um canal no YouTube. Como tá sendo? — perguntei, curiosa.

— Ah, tá tranquilo. O problema são os custos dos vídeos, que saem meio caros, mas tirando isso, de boa — começou Beltrão.

— É, na real é bem divertido de gravar. A gente só tem que tentar acertar quem tá falando a verdade... — Maciel foi interrompido por Pig.

— E falar merda, né? — ele soltou, rindo.

— Que é o que a gente já faz vinte e quatro horas por dia, naturalmente — completou Ramon, e todo mundo riu.

— Tá parecendo até os velhos tempos. Lembra, Lena, quando a gente passava, no mínimo, uns vinte minutos no banheiro, segurando o cabelo da dona Valentina enquanto ela vomitava tudo? — perguntou Luiza.

Quando ela me traz essa memória, eu me sinto tão bem. Esse aqui é meu lugar, meu habitat natural. Não sei o que me deu na cabeça quando decidi deixar o Rio.

— E os meninos sempre ficavam apressando, como se não soubessem que isso acontecia toda vez! — falei, rindo.

— Ei, também não é pra tanto. Nem lembro de ter sido tantas vezes assim — Valentina tentou se defender.

— Claro que 'cê não lembra, né? 'Cê tava bêbada! — Pig disse, e todo mundo caiu na risada de novo.

O clima tava leve e confortável. Eu sentia tanta saudade dos meus amigos, das loucuras e perrengues que a gente já viveu junto. Arrisco dizer que foi a melhor fase da minha vida.

Depois de um tempo jogando conversa fora, rindo à toa e lembrando das besteiras que a gente já fez, senti vontade de ir no banheiro.

Fiz o que tinha que fazer, dei uma checada em mim mesma no espelho e decidi voltar pra mesa. No caminho, alguém esbarrou em mim e derramou cerveja na minha roupa toda.

Senti a cerveja gelada escorrendo pelo meu vestido e grudando na minha pele.

Ótimo, além de molhada e grudenta, vou ficar cheirando cerveja!

— Merda, olha por onde anda! Tá vendo o que você fez? — falei, irritada.

— Porra, foi mal. Mas você também não me viu — respondeu uma voz familiar.

— Não fui eu que derramei cerveja em você! — retruquei, olhando pra cima pra ver quem era o filho da puta que me deixou ensopada.

Caralho.

Quando vi quem era, senti alguma coisa estranha no meu estômago. Fazia anos desde que vi ele pela última vez, mas quando ele sorriu, com aquele típico sorriso cafajeste dele, era como se o tempo não tivesse passado. Aquele sorriso de vagabundo dele fazia parecer que nada tinha mudado.

NOTAS DA AUTORA:

oioi gostosas!!

primeiro capítulo oficialmente lançado, por favor votem e comente, é muito importante pra mim 💕

se tiverem algum desejo, ideia ou pedido para a história podem deixar aqui.

Prometo que vou tentar não demorar tanto para lançar capítulos novos.

é isso, beijinhos!