E se o seu diagnóstico dissesse que você iria morrer, que teria só mais alguns meses de vida. Haveria coragem para se apaixonar mais uma vez? Ou melhor... Pela última vez?
Uma história de drama, aliviada pelo romance de duas garotas que se conhecem...
- Mamãe, para onde vamos? - indago tentando acompanhar os passos da mulher ao meu lado.
- Para nossa nova casa - responde com um largo sorriso.
- Mas e o papai?
- Seu pai tem outra casa também, Luna. Ele não pode ir com a gente.
- Por quê? - questiono fazendo a mulher parar a caminhada.
- Vem cá - diz me puxando para um banco próximo, sentando no mesmo para ficarmos na mesma altura - Você gosta de futebol, não é?
- Muito!
- Quantos times entram no campo para jogar?
- Dois - respondo erguendo dois dedos.
- Isso! - exclama sem conter o largo sorriso - Também estamos jogando, sabia?
- Estamos? - indago confusa.
- Sim! Eu e você, somos um time. Papai e tia Jéssica, outro.
- Por que o papai não está no nosso time?
- Filha, nessa partida só podem ter dois jogadores em cada time. Eu e você, somos duas. Então somos um time, não somos?
- Somos!
- Então, é isso! Commerce City, é a área do time do papai. Isso quer dizer que temos quer ir para a nossa área no campo.
- Denver?
- Essa é minha garota! - exclama massageando minha bochecha - E então, está pronta jogadora? - pergunta pondo ambas as mãos na cintura.
- Sim, capitã! - afirmo com um salto.
- Então, vamos lá! - diz pegando novamente em minha mão, para continuarmos o percurso até a estação.
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Dias atuais.
- O que você disse, querida? - pergunta minha mãe, fazendo todos da mesa se calarem.
Observo todos me encararem, como se algo ou alguém tivesse apertado o botão de "pause". Sinto meu coração acelerar, e minhas mãos suarem de maneira incômoda. Eu já havia começado, então não tinha para onde correr. Tudo o que eu podia fazer agora, era terminar de atear gasolina ao fogo.
- Eu... Eu fui fazer alguns exames essa semana, estava sentindo umas dores na cabeça, mas... - pauso ao soltar um sorriso sem graça - Bom... Com certeza, não era o diagnóstico que eu estava esperando.
- Luna, o que você está dizendo?! - indaga Isaac me fazendo puxar o ar.
- Os exames mostraram um tumor. Glioblastoma multiforme - explico - Eu... Não tenho mais do que alguns meses de vida.
