CAPÍTULO UM

501 38 23
                                    

Anne acordou com a luz do sol filtrando-se através das cortinas, iluminando o cômodo em um brilho suave. Por um momento, ela não reconheceu onde estava. As paredes de um tom creme claro, uma estante de livros abarrotada, tudo parecia diferente.

Mas então, sentiu o calor ao seu lado e virou a cabeça, seus olhos pousando na figura adormecida que ela lembrava como Carol.

As lembranças da noite anterior vieram à tona como um turbilhão. O bar, os flertes, a dança, os olhares trocados. E depois, o desejo que as havia levado para o banheiro, e depois para aquele quarto, para aquela cama.

Anne sorriu, seus olhos examinando a silhueta ao seu lado, as cobertas subindo e descendo com a respiração tranquila dela.

Ela ficou ali, deitada, observando os traços suaves de Carol à luz da manhã. Os cabelos negros espalhados pelo travesseiro, os lábios entreabertos, e a expressão pacífica de quem estava perdida em sonhos. A morena parecia tão diferente agora, tão vulnerável e serena, comparada à intensidade da noite anterior.

Sem conseguir se conter, Anne se inclinou e plantou um beijo suave no ombro exposto, sentindo a pele quente sob seus lábios. E depois subiu um pouco e beijou seu pescoço de leve, a fazendo se espreguiçar.

- Bom dia - disse Carol, de olhos fechados mas sorrindo.

- Bom dia. - resmungou Anne de volta enquanto ainda beijava e mordia suavemente seu pescoço, arrancando da mulher um leve suspiro.

Ela subiu o rosto e encontrou uma Carol sorridente, a encarando com um brilho nos olhos. - Ótimo jeito de acordar de manhã, hã?

Ela sorriu de volta, os olhos fixos nos de Carol, antes de capturar os lábios dela em um beijo profundo.

A brasileira correspondeu imediatamente, a mão subindo para a nuca de Anne, puxando-a mais para perto. O beijo era lento, exploratório, como se ambas estivessem redescobrindo uma à outra após a intensidade da noite anterior. E da madrugada inteira.

Anne deslizou a mão pelo corpo de Carol, sentindo a pele suave sob seus dedos, cada curva, cada contorno. Ela deixou sua mão descer mais, passando pela cintura dela e apertando a curva do quadril.

Carol arrepiou-se sob o toque de Anne, os lábios se abrindo em um gemido suave. A holandesa aproveitou o momento, descendo os lábios pelo seu pescoço, explorando cada centímetro de pele exposta, cada pequeno ponto que a fazia gemer e se contorcer.

- Você é tão gostosa - Anne murmurou, seus lábios se movendo contra a pele de Carol. Ela a sentiu tremer levemente, os dedos se enterrando mais nos cabelos dela, puxando-a para mais perto. - Eu já te disse isso alguma vez?

- Mais do que eu posso lembrar. - Carol respondeu, dando uma risadinha.

Anne sorriu, seus lábios curvando-se contra a pele dela, deixando um rastro de beijos úmidos pelo seu pescoço.

- Acho que não foi o suficiente. - sussurrou, enquanto deslizava mais para baixo, seus lábios traçando uma trilha de beijos pelo peito da brasileira, até alcançar os seios. Ela tomou um dos mamilos na boca, sugando suavemente enquanto sua mão apertava o outro, provocando e explorando. Carol arqueou as costas, os gemidos ficando mais altos, mais urgentes.

Após dar a devida atenção a aquela parte do seu corpo, ela deixou a boca descer ainda mais, lambendo e beijando o abdômen dela, suas mãos deslizando pelas suas coxas, separando-as levemente.

A morena gemeu mais alto, suas mãos segurando os lençóis com força, seu corpo inteiro tenso de antecipação. Anne sorriu contra a pele dela, sua boca finalmente alcançando o centro do seu prazer, beijando suavemente antes de aumentar a pressão.

É Apenas Desejo?Onde histórias criam vida. Descubra agora