capitulo 2

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Incapaz de conter minha raiva, eu tremi e respirei pesadamente. Vendo isso, um transeunte perguntou para o dono.

"Esse pássaro está espumando pela boca?"

"Esse tem um temperamento ruim. Haha"

"Ele está tremendo muito, está tudo bem?"

"Haha. Ele só está cheio de raiva."

𝘘𝘶𝘦𝘮 𝘵𝘦𝘮 𝘶𝘮 𝘵𝘦𝘮𝘱𝘦𝘳𝘢𝘮𝘦𝘯𝘵𝘰 𝘳𝘶𝘪𝘮?!

"Piiu! Piiuuu!"

Mais uma vez, eu fui sobrecarregado por emoções incontroláveis, eu revirei  meus olhos e mordi a Barra de metal. O cliente levantou uma sobrancelha estranhamente, encarou por um momento, e lentamente se virou e foi embora. O dono acenou dando tchau para o cliente que estava saindo e se aproximou de mim. Ele se abaixou e me observou dentro da gaiola, e seu olhar era incrivelmente rude.

𝘛𝘢́ 𝘰𝘭𝘩𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘰 𝘲𝘶𝘦̂?!

Eu encarei o dono com os olhos cheios de fúria. Enquanto eu encarava ele com o olhar erguido ferozmente, o dono fez um som de "hmm" e falou.

"Eu nunca vi um pássaro assim antes. É fofo, mas é o mais exigente de todos."

𝘗𝘳𝘢 𝘲𝘶𝘦𝘮 𝘦𝘶 𝘥𝘦𝘷𝘦𝘳𝘪𝘢 𝘷𝘦𝘯𝘥𝘦𝘳 𝘦𝘭𝘦? Ele murmurou baixinho enquanto entregava seu queixo com o dedão.

Escutando o que o dono disse, eu desafiadoramente virei minha cabeça. Então o dono riu e voltou para o seu lugar. Agora não tinha ninguém perto de mim.

Na atmosfera silenciosa e desconfortável, eu me acalmei e pulei perto do pote de ração. Eu estou com fome, então eu deveria pelo menos comer. Se eu morrer assim, não vai dar em nada.

Eu coloquei as pelotas empilhadas no pode de ração na minha boca. As secas, crocantes pelotas viraram pó e sumiram na minha boca. Isso tinha a textura de um biscoito incrivelmente sem gosto.

Se pelo menos tivesse algum gosto, eu poderia dar um grande prejuízo ao dono pela sua crueldade comendo muito, mas pra mim, que costumava ser um humano, isso era sem gosto ou até amargo se eu comece muito. E em pensar que eu estou comendo essa porcaria. Eu n tive opção a não ser engolir o choro e botar isso na minha boca e encher meu estômago.

E então, mais um dia passou, a noite caiu. Os animais em volta de mim caíram no sono, a respiração calma. Eu me sentei sem expressão entre eles, encarando a cela.

"Piu."

𝘘𝘶𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘦𝘶 𝘷𝘰𝘶 𝘱𝘰𝘥𝘦𝘳 𝘷𝘰𝘭𝘵𝘢𝘳 𝘱𝘳𝘢 𝘤𝘢𝘴𝘢? 𝘗𝘰𝘳 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘶 𝘴𝘦𝘲𝘶𝘦𝘳 𝘦𝘴𝘵𝘰𝘶 𝘯𝘦𝘴𝘴𝘢 𝘴𝘪𝘵𝘶𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰? 𝘖 𝘲𝘶𝘦 𝘤𝘢𝘳𝘢𝘭𝘩𝘰𝘴 𝘢𝘤𝘰𝘯𝘵𝘦𝘤𝘦𝘶 𝘤𝘰𝘮𝘪𝘨𝘰?

Esses dias, assim que a noite cai, minha mente fica cheia de pensamentos confusos. Antes de vim parar aqui, só faltava um dia e a época de provas acabava, e nesse mesmo dia, eu tinha planos de beber com meus amigos, ir num karaokê, e cantar como um louco. Mas por que do nada eu virei um pássaro do dia pra noite?

Observando as pessoas passando durante o dia, todos eles parecem vestir roupas velhas, como algo de um filme de Hollywood. Além disso, eles parecem usar fábricas completamente diferentes das de onde eu vivia.

𝘈 𝘊𝘰𝘳𝘦𝘪𝘢 𝘴𝘦𝘲𝘶𝘦𝘳 𝘦𝘹𝘪𝘴𝘵𝘦 𝘯𝘦𝘴𝘴𝘦 𝘮𝘶𝘯𝘥𝘰? Eu queria ponderar seriamente sobre como passar por essa situação de forma realista, mas desde o dia que eu cheguei, meu raciocínio parece bloqueado e n funciona direito. Se eu usar meu cérebro mesmo que só um pouquinho, eu perco o foco e fico cansado. Será que é pq meu cérebro encolheu...?

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