Saiu de seu apartamento escondendo sua roupa por baixo do sobretudo, colocou a máscara e o chicote nos bolsos internos e caminhou até ao amontoado de pessoas que tentavam tirar fotos da prefeita. Se esgueirou no meio da muvuca e escolheu a sua primeira vítima: um fotógrafo que estava um pouco a frente dela. Como quem não quer nada Winter se aproximou calmamente do homem e deu um pisão em seu pé, saindo dali tranquilamente enquanto o homem gritava furiosamente:
- QUEM FOI O IMBECIL?
Winter foi para trás de um homem, que parecia ser um jornalista, limpou a garganta e tentou imitar a melhor voz de "macho alfa" que conseguiu
- Fui eu, corno.
O homem, cujo havia sido pisado, olhou pra trás enfurecido
- DO QUE VOCÊ ME CHAMOU, SEU BABACA? - Que? Eu não disse nad- o fotógrafo não deixou o jornalista responder. Empurrou ele com toda a força que tinha e acabou derrubando outras três pessoas junto.
Então o caos se instaurou. As pessoas se estapeavam, davam socos, pontapés, câmeras voavam, bolsas eram arremessadas e acertavam transeuntes que nem estavam envolvidos na briga. Chegou ao ápice de duas mulheres saírem no soco e quando conseguiram separar elas, uma delas deu um chute no joelho de uma criança, que era filha da outra mulher, que não deitou e voou nos cabelos dela.
A poucos metros de distância, o suficiente para não ser atingida, Winter observava satisfeita sua obra de arte. Ficando ainda mais feliz quando viu que os guardas haviam saído de seu posto para tentar conter a população. Silenciosamente foi engatinhando por de trás dos arbustos até chegar na porta do prédio, entrando rapidamente.
Os funcionários estavam tão entretidos filmando e fofocando sobre a situação do lado de fora que nem perceberam uma certa ruiva entrando no elevador.
Winter apertou o botão do último andar torcendo para que aquele realmente fosse o quarto de Jimin. Tirou seu sobretudo, o jogando em um canto qualquer, coloco a máscara e enrolou o chicote no braço. Hora do show, susurrou para si mesma.
O elevador parou no 23° andar, as portas se abriram e antes de sair completamente ela coloca a cabeça para fora, olhando o corredor e verificando se não havia ninguém ali. Tudo estava calmo, calmo até demais... eu sou um gênio! Pensou ela.
Saindo do elevador passou por várias obras de artes penduradas nas paredes, alguns desenhos tinham a assinatura de Katarina Bluu. E Winter, como uma fã assídua, sabia muito bem quem era Katarina Bluu.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Winter caminhou até a última porta do corredor, respirando fundo antes de abrir a tampa do dispositivo de segurança que estava aclopado na porta. Aquele era o ponto fraco de seu plano, pois mesmo procurando muito a fundo, não conseguiu descobrir a combinação certa para destrancar a fechadura. E olha que até surbono de funcionário ela tentou.
Com as mãos meio trêmulas digitou o que seria mais óbvio, mas que tinha 99% de certeza de que não era aquilo: 110400. O dia do nascimento de um anjo.
