- Filho, preste atenção na estrada - dizia meu pai.
- Ok pai,estou bem atento - digo tranquilo.
Fiquei um tempo dirigindo. Meu celular então toca, eu o atendo, mesmo sabendo que não é permitido, mas logo o desligo. Paro no sinal de trânsito, espero um tempo e então o sinal abre, acelero o carro e vou. Então sinto um forte impacto, e ouço um grito. Depois disso não me lembro de mais nada. Acordei deitado em uma ambulância.
Me levanto e olho para o lado de fora e vejo um corpo embaixo de um plastico preto. Com o vento o plastico descobre o corpo e eu vejo quem estava embaixo dele. Minha garganta trava, minhas pernas tremem, e minha respiração fica ofegante. Sussurro baixinho:
- Eu matei meu...
Dream Off
-PAAI. - acordo assustado.
O acontecido ainda não me sai da cabeça. Mesmo minha mãe dizendo que não é culpa minha, eu me sinto culpado. Por não ter feito nada. Eu sou o pior filho do mundo. Me levanto e vou em direção ao banheiro. Olho no espelho o quanto desprezível estou. Lavo o rosto e sigo a caminho da cozinha. Todos os lugares, todos os móveis, tudo me lembra meu pai.
- Filho, que bom que já acordou - Diz minha mãe ao me ver. Me sento a mesa ao lado de meu irmão - Tenho uma notícia para vocês - ela diz pouco entusiasmada. Meu irmão me olha com esperança no olhar, e então minha mãe logo diz - Arrumei um emprego em Londres. Vamos nos mudar para la no Domingo.
Por um lado a noticia é boa, pois eu sempre quis morar la. Mas por outro lado, vou sair da Irlanda, o lugar onde eu nasci e onde meu pai morreu. Talvez seja bom recomeçar minha vida. Desde o acidente eu não tenho ido a escola, não tenho saído de casa, não faço nada que não seja ficar no meu quarto.
- O que acharam da ideia? - pergunta minha mãe animada.
- Adorei mamãe, sempre quis ir a Londres - Disse meu irmão com um largo sorriso no rosto.
Desde o acidente, essa é a primeira vez que o vejo sorrir. Mas isso deve ser porque eu fiquei 4 meses trancado no quarto, sem sair para nada.
- E você Niall, o que acha?
- Gostei mãe - digo tentando botar no rosto o sorriso mais convincente que posso dar.
- Que bom filho. Agora subam, vão fazer as malas, vamos embarcar no avião amanhã. Hoje precisamos comprar umas coisas.
Após tomar o café, subo para meu quarto e começo a arrumar as malas. Não é muita coisa, pelo menos foi o que eu achei. Uma mochila eu coloquei só meus CDs, DVDs, e livros. E ainda ficaram faltando colocar alguns. No total foram umas 3 malas só de roupas. Após as malas estarem feitas, eu faço o que eu tenho feito muito ultimamente, eu dormi.
No dia seguinte, minha mãe me acorda cedo. Tomamos café todos juntos e fomos para o aeroporto. Bom, acho que não me apresentei. Sou Niall Horan, tenho 16 anos, e vocês já sabem o que aconteceu comigo. Sabem o porque de eu ser esse esquisito adolescente que sou.
Pra variar, o nosso voo atrasou. Ligo meu iPod e sentado num dos bancos, coloco o capuz e fico ouvindo musica, com esperança do tempo passar rápido.
[...]
"Caros passageiros, por favor apertem os cintos pois vamos pousar no aeroporto internacional de Londres em alguns minutos"
O som doce e suave da aeromoça me acorda. Olho para o lado e vejo minha mãe admirada olhando pela janelinha do avião. Seus olhos tem um brilho incrível, como se ela estivesse realizando um sonho. Assim vejo o sorriso mais sincero que vi minha mãe dar nos últimos meses. Um sorriso que transmitia felicidade.
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Until You Are Mine
FanfictionIsso aqui não tá nada bom. Se eu fosse você, não leria. Tá bagunça do demais. Um dia eu arrumarei... mas hoje... Me perdoa. Uma perda é algo muito forte. E quando perdemos alguém que amamos, a dor é bem maior. Niall se culpava pelo acontecido, mesm...