𝐀 𝐌𝐀𝐃𝐑𝐀𝐒𝐓𝐀 - ( Lovertation & Midnine G!P )

Capítulo 18

"Pov 1989"

Eu a levaria ao cinema. Naquele fim de semana.

Cheguei a essa conclusão assim que a vi chorando sobre o meu peito, e depois de me contar poucas coisas sobre ela e seu passado. Eu queria fazê-la sorrir assim como ela me fez sorrir naquela manhã. Era simples, apenas uma ida ao cinema, mas eu queria que ela se sentisse especial e adolescente novamente.

Assim que chegamos, um pouco depois das duas, Midnights subiu para o quarto e estranhamente, Lover me puxou até a parte de trás da mansão, ela estava séria, pensativa e duvidosa, tinha certeza que ela me faria perguntas, assim como Midnights me falou mais cedo.

- 1989?

- Sim?

- Eu quero te fazer umas perguntas, mas você tem que explicar bem pra Lov, certo?

- Acho que sim.. não envolvendo física, nem química, matemática ou espanhol, acho que posso ajudar - Lover se sentou, e de trás dela, tirou um pequeno bloco de anotações e um lápis, me senti nervosa.

- Como sabemos que estamos gostando de alguém? E como sabemos que outras pessoas estão gostando da gente? - franzi um pouco o cenho, cocei a nuca e me sentei ao seu lado, olhando para ela provavelmente com uma feição confusa sobre suas perguntas.

- Hum.. eu não sei.. acho que nunca gostei de ninguém - falei - Mas.. é algo relacionado a pensar na pessoa o tempo todo, dar o seu tempo e a sua paciência a ela, ser uma boa ouvinte e ter os melhores conselhos e os melhores abraços para momentos precisos, entender que mesmo gostando de alguém, temos que deixar essa pessoa livre, pense como se essa pessoa fosse um passarinho, o seu amor, pode ser uma árvore enorme cheio de frutos, sombra, até algumas poças de água entre os galhos, isso simboliza um amor leve, um amor que mostra um ponto de segurança.

- O único ponto de segurança?

- Não, claro que não. O amor pode ser distribuído de várias formas seguras, mas digamos que.. quando estamos gostando de alguém, ela será o nosso primeiro pensamento sobre segurança.

- E a outra parte do amor? Como ela é retratada?

- Assim como um amor pode ser uma bela árvore, o amor em muita quantidade, para alguns podem ser visto como uma enorme gaiola. Aonde você prende o seu passarinho e o controla por através de suas brechas e falhas, determina que horas ele vai comer, beber água, ou voar, as vezes, em muitas vezes em amores aprisionados, passarinhos não voam, por medo, e os seus donos não os deixam voar, com medo deles nunca mais voltarem. Você não gostaria de aprisionar um passarinho, não é?

- Não! Nunca! Lov nunca aprisionaria um passarinho.. eles são lindos e precisam voar..

- Então, se você gosta de uma pessoa, nunca a aprisione, mas nunca deixe o seu abraço frouxo demais para que ela não se sinta vazia e voe atrás de outros braços mais seguros e confiantes. Você nunca tem a certeza sobre os seus sentimentos então não posso dizer se você está ou não gostando de alguém. Me conte, o que sente quando está perto dessa pessoa?

- Lov sente as mãos tremerem, a minha bochecha fica quente.. o sorriso cresce e cresce.. Lov sente várias.. várias borboletinhas em minha barriga, principalmente quando ela me chama de princesa. É tudo isso que eu sinto.. - dei um pequeno sorriso, já imaginando de quem ela estava falando - Está errado? Eu sentir isso, 1989?

- Claro que não! Nunca isso será errado, amar é uma das artes mais lindas do mundo, Lov.

- Você gosta da minha mãe, não é?

Eu engasguei sem querer ao escutar aquilo, mas todas nós paramos assim que ouvimos um grito vindo do segundo andar.

Era Midnights.

Eu corri o mais rápido possível até o quarto, abrindo a porta em seguida, pude escutá-la xingar inúmeros palavrões, enquanto saia do banheiro enrolada a um roupão, e.. com o cabelo todo sujo de.. tinta vermelha..

Droga! Eu havia me esquecido daquela brincadeira de mal gosto! Havia me esquecido completamente!

- 1989! Foi você que fez isso, não foi?!

- Meu Deus que peruca é essa, mulher? - Reputation gargalhou assim que entrou no quarto, dei um forte pisão em seu pé, e ela logo parou - Quer dizer.. 1989! Sua idiota!

- É tinta guache - Lover garantiu passando por nós, passando o dedo pelo o cabelo de sua mãe e o analisando - É tinta guache, mãe, isso sai. Vem, vem, Lover vai te ajudar a tirar a peruca vermelha. Vem.

- Eu vou matar você, 1989!

- Não, não vai matar ninguém - Lover falou, guiando a mulher de volta para o banheiro - Você gosta da 1989, não pode matar ela. Vem, vamos trazer o seu cabelo de volta.

Assim que a porta se fechou, olhei para Reputation e juntas, assim que saímos do quarto principal, caímos na gargalhada, ficando vermelhas de tanto que rimos. Por mais errado que fosse, havia sido engraçado.

Mas de fato, eu não estava pensando em muitas coisas, acho que flash's frequentes dela sorrindo, rindo, sendo ela de alguma forma. Pensando na forma que mexia o seu cabelo para o lado, ou até a simples forma que ela comia o seu hambúrguer, eu gravei cada pedaço em minha mente, cada pedaço de pecado que a fazia ser ela, que a fazia me fazer suspirar sem o meu consentimento, autorização ou percepção. Era quase impossível olhar para Midnights e não deixar que os lábios se curvassem um pouco sobre um sorriso simples de.. finalmente eu estou em casa com ela.

Eu me sentia em casa finalmente.

Me sentei na cama e olhei meus comprimidos, os rolei por entre meus dedos e os deixei de canto naquela noite, me levantando para mais um banho quente. A cada massagem que eu dava a em meu couro cabeludo sobre o shampoo, eu soltava uma risada fraca ao recordar dela toda feliz falando da Lover, toda atenciosa, cuidadosa, linda.

Relaxava quando parecia que a sua gargalhada ressoava pelo o banheiro, me preenchendo, me fazendo respirar um ar limpo e fresco. Permiti me lembrar de suas coxas expostas, malhadas naturalmente, do colo dos seus seios sendo amostrados, minha pele se arrepiou sobre a água quente, e os meus olhos se apertaram sobre a pálpebra.

- Ah merda.. não, não não.. - murmurei assim que senti o começo de uma ereção, respirei fundo e mudei o registro para uma água gelada.

Se ela ao menos soubesse os efeitos sobre mim..