Coach's Daughter [Rasta Mágico And Dooma]

007- Zav.

     Maiza saiu do banheiro e colocou o quadro de volta no armário e saiu do vestiário rapidamente, Maiza correu pelos corredores para chegar na saída, ela passou pelo time que estava indo para o treinamento e eles não entenderam o porquê de ela estava correndo. Maiza chegou na saída e saiu correndo pelas ruas e ela então chegou no parque e viu um cara alto, pálido de cabelos negros acenando para ela, era Zav e Maiza logo abriu um sorriso e correu até ele o abraçando.

— Cara, tu não mudou nada! Ainda tem essa cara deslavada! — Maiza disse olhando para ele de cima a baixo enquanto sorria.

— Tu também mudou nada! Só tá mais queimada! — Zav disse sorrindo e deu um leve empurrão em Maiza.

— Bora andar por aí? — Maiza perguntou colocando a mão na cintura.

— Eu já ia falar isso! — Zav disse começando a andar e Maiza andou ao lado dele.

     Ambos começaram a andar pela cidade enquanto conversavam alegremente, eles andaram tanto que nem perceberam onde estavam, eles estavam numa estrada deserta e havia um grande campo em ambos lados, ambos só perceberam onde estavam quando um vento forte bateu neles e Maiza olhou ao redor.

— Meu Deus! A gente tá aonde? — Maiza disse olhando ao redor e pegou o celular do bolso.

     Maiza viu a localização do estadio para onde eles estavam e eles estavam simplesmente fora da cidade e estavam próxima de outra cidade, Maiza então virou o celular para Zav que riu.

— Cacete! E já são cinco e meia da tarde! — Zav disse colocando a mão na boca. — Antes de voltarmos, vamo tirar uma foto nesse lindo campo e por do sol e pedir pra fazer um quadro!

— Um bora! — Maiza disse andando até uma roxa ali e colocando o seu celular correu até Zav e ambos fizeram uma pose.

     Eles voltaram para a roxa e Maiza pegou o celular para ver a foto e saiu perfeito, até que seu pai ligou para ela, Mariza logo atendeu.

— Onde é que você tá? — Phillipe perguntou e sua voz demonstrava seriedade.

— Pai, eu tô literalmente muito longe da cidade, tô fora da cidade e próxima de outra! — Maiza disse a espera de qualquer coisa de seu pai.

— E o que você foi fazer fora da cidade, menina! — Phillipe disse outra vez.

— Bem, espera, o senhor vai já ver! — Maiza disse apertando no botão de chamada de vídeo e Phillipe atendeu e ele tinha uma sobrancelha levantada.

     Maiza não disse nada, apenas sorriu e então virou a câmera para Zav qua estava fazendo pose, Phillipe ficou surpreso ao ver Zav.

— Zav? Precisa nem explicar como vocês foram parar aí, do jeito que eu conheço vocês, vocês com certeza foram da uma volta por aí e nem perceberam pra onde estavam indo! Venham logo pra cá, já está anoitecendo! — Phillipe disse e Maiza concordou com a cabeça e Zav acenou como tchau e Maiza desligou.

— Vamo! Depois a gente é sequestrado e não sabe o porquê! — Maiza disse e ambos começaram a andar.

     Os minutos foram passando e já era noite, os dois viram luzes vindo atrás deles e eles olharam para trás e viram um carro andando de vagar e o carro ainda era todo preto, os dois começaram a andar mais rápido, o medo possuindo o corpo deles, com forme de carro se aproximava, eles andavam cada vez mais rápido quase correndo, quando o carro parou do lado deles, eles gritaram e saíram correndo da estrada e entrando no campo e sumindo de dentro da pequena floresta que havia ali no campo. De dentro da floresta, eles continuaram a correr, os cabelos deles ficando totalmente bagunçados com algumas folhas, eles só perceberam que finalmente voltaram para a cidade quando eles deram de frente com uma pequena cerca e eles caíram para o lado de dentro, Maiza olhou ao redor e pegou seu celular e viu que estavam do outro lado da cidade, bem longe do estádio os Strikas. Maiza e Zav se levantaram, quando um ônibus que passava por alí e Maiza acenou fazendo o ônibus parar.

— Tio, o senhor vai passar pelo estádio dos Strikas? — Maiza perguntou olhando para o motorista que concordou com a cabeça.

— O senhor pode dá uma carona pra nós até lá? É que a gente tá perdido! — Zav disse tentando recuperar a respiração.

— Claro! Eu vou abrir a porta de trás pra vocês entrar! — O motorista disse sorrindo.

     Maiza e Zav entraram no ônibus que estava totalmente vazio e as poucos entravam pessoas, ambos estavam nas últimas cadeiras do ônibus, demorou uns 40 minutos para chegarem ao estádio, os dois desceram do ônibus e andaram para entrar no estádio, ambos entraram e começaram a andar pelos corredores, quando finalmente chegaram na grande sala com sofás e uma TV enorme, todo o time estava lá, todos eles olharam para a porta quando foi aberta e Zav e Maiza pararam na porta.

— Eu sei, a gente tá parecendo fugitivos do hospício! — Maiza disse entrando na sala e Zav seguia ela.

     Maiza se aproximou se sentando no chão enquanto encostava as costas no sofá e Zav fez o mesmo, Phillipe se aproximou e passou a mão na cabeça de ambos tirando as folhas e tentando arrumar um pouco.

— O que foi que aconteceu pra vocês chegarem nesse estado? — Phillipe disse se sentando no sofá a frente deles.

— Então tio, a gente tava voltando né, aí tinha um carro preto atrás da gente e ele tava andando muito de vagar, aí quando ele parou do nosso lado, a gente saiu correndo pra dentro dos matos e quando a gente chegou, a gente tava do outro lado da cidade, aí um ônibus deu uma carona pra gente, a gente parecia dois loucos! — Zav disse e Maiza riu e concordou com a cabeça.

— É bom te ver de novo Zav... Então isso explica o porquê de vocês estarem assim, vocês sempre foram dois medrosos! — Phillipe disse dando uma risada e Zav fez joinha com a mão. — Gente, esse é o Zav, ele cresceu junto com Maiza, são melhores amigos e irmãos, mesmo não sendo de sangue, ele é da família.

     O time olhou surpreso para Zav, principalmente Rasta, que via Maiza botar a cabeça no ombro dele e dá o lado de um fone para Zav, eles murmuravam letras da música que ouviam e eles falaram ao mesmo tempo.

— Muito prazer, em conhecer o causador de todo e teu sofrer e eu vim de longe só pra te dizer, tu é o meu mal querer. No meu amor, sempre tem dor, ela é o meu álibi! — Ambos mormuravam ao mesmo tempo mas Rasta podia ouvir...

Continua...

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