'começo.

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𝘢𝘶𝘵𝘰𝘳𝘢 𝘱𝘰𝘪𝘯𝘵 𝘷𝘪𝘦𝘸.

𝐄𝐃𝐔𝐀𝐑𝐃𝐀 escuta seu celular despertar pegando o mesmo e ela levantou, separou uma roupa e foi ao banheiro tomar um banho e fazer sua higiene pessoal, após terminar, botou um tênis preto, fez uma maquiagem básica pois iria sair pra comprar algumas coisas e logo desceu para tomar café dando de cara com seus pais.

— Bom dia! — ela disse esperando uma resposta, mas, só recebeu olhares a mesma se sentou na mesa e serviu seu próprio café.

— Vou na batalha da aldeia hoje. — ela fala e escuta seu pai abrir a boca pela primeira vez

— De novo se envolvendo nessas coisas, Eduarda? Você realmente não aprende. — escuta seu pai dando uma risada irônica

— quando você vai aceitar que isso é o que eu amo, pai? — ela diz com um tom frustrado

— isso nunca vai te dar futuro, Eduarda, você tinha que fazer uma faculdade, não ficar todo dia nas ruas com esses vagabundos. — ela o olho indignada

— meus amigos não são vagabundos não, eles me mostraram que o que eu amo não é ficar trancado em um quarto estudando pra fazer uma coisa que eu não vou ser feliz. — ela diz se levantando, pegando seu celular e saindo de casa batendo a porta

Eduarda queria muito entender o por que seu pai é tão rígido assim com ela, ela não consegue entender por que uma briga tão grande por ela só amar rimar, ela não entende o por que de tanto preconceito com a cultura.

Duda sai dos meus pensamentos quando escuta alguém a chamar.

— duduca? — era Barreto, reconheceu só pelo apelido 'duduca'

Eduarda conhece o Barreto desde que se entende por gente, ele é seu irmão mais velho, ele a apresentou as batalhas de rima.

— jovem barro!! —  exclama a mais nova, abraçando o mesmo fortemente.

— 'tá indo pra onde, duduca? — ele pergunta após deixar um selar em sua bochecha

— vou ir em uma lojinha que abriu aqui perto, preciso comprar umas coisas pra mim. — responde a mesma cruzando os seus braços

— vou contigo então, duduca. — ele fala e a mais nova assente caminhando até a loja

Após saírem da loja, eles foram tomar um
sorvete e barreto percebeu que Eduarda não estava com o mesmo brilho de sempre e ele sabia que era mais uma vez os pais dela, aliás, ele a conhecia melhor que ninguém

- duduca, você tá bem mesmo? - ela o olha sorrindo sem graça

- discuti com o meu pai hoje, de novo. - ela responde voltando seu olhar para o seu sorvete

- pelo mesmo motivo? - ele pergunta e a mesma assente - duduca, eu sei que é difícil, mas, tenta não deixar isso te afetar tanto, você se cobra demais por isso e a culpa não é sua, tá bom? - ele fala pegando na mão da mais nova fazendo um carinho


as vezes eu só queria poder passar todo meu tempo na rua sabe? eu odeio ficar em casa por que meu pai só sabe me julgar por rimar, ele não consegue entender que eu faço isso por amor? Eu amo o hip-hop e queria que ele entendesse isso, as vezes eu quero ficar na rua e de verdade, não quero pensar que uma hora eu vou ter que voltar pra casa. — ela fala segurando as lágrimas que ameaçam cair

- Duduca, você tem que ser forte, vai ficar tudo bem e eu sempre vou estar aqui pra te apoiar em tudo, eu amo você irmãzinha. - ele fala a puxando pra um abraço fazendo a mesma suspirar aliviada

Havia se passado horas, Barreto a deixou na porta de casa e disse que esperaria ela na batalha da aldeia, então assim que ela chegou em casa foi tomar seu banho, fez uma maquiagem e foi ao guarda-roupa escolher sua roupa de hoje, ela optou por uma calça cargo bege, um corset preto, um boné preto e um tênis vans branco.

Assim que ela desceu, deu de cara com seu pai, quando ela ia saindo escuta a voz de seu pai.

- você não tem futuro mesmo, Eduarda. - a mesma se vira vendo o mais velho com os braços cruzados

— pai, por favor, agora não. — ela diz ajeitando seu boné

— por que? os maconheiros que ficam cercando a minha casa já estão aí? — ele altera seu tom de voz

— será que algum dia da sua vida você vai conseguir me apoiar e entender que hip-hop é o que eu amo? Ou você sempre vai ficar no seu mundo achando que tudo que você quer é o certo? — ela altera a voz e encara o mais velho com tristeza em seu olhar

— eu só quero seu bem, Eduarda! — ele grita

— se você quisesse meu bem, você me apoiaria, não ficaria me julgando todo dia por apenas fazer o que eu amo e pode deixar pai, eu vou fazer questão de te dar muito orgulho com as minhas rimas, elas vão me dar um futuro brilhante. — ela grita com lágrimas nos olhos saindo de casa e batendo a porta

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