Aparecia no teste para o qual Electra olhava fixamente. Ela já vinha sentindo enjoos ha algum tempo, mas so agora conseguiu fazer um teste. Com tudo que estava acontecendo com Jessica e sua vingança ela estava muito cheia de coisas pra fazer.
Faziam alguns dias que ela havia dispensado Murilo, mesmo que seu coração pertencesse a ele, porque não queria que Luca sofresse tendo que ver os dois juntos, mas Murilo entendeu tudo errado.
Ele entendeu que ela queria ficar com Luca, mas não. Era Murilo que ela queria. E agora, depois dessa notícia, de que estava grávida de um filho dele e, principalmente, que não poderia tirar de Murilo o direito de conhecer o filho, ela não sabia mais o que fazer.
Bom, na verdade ela sabia sim. Electra sabia muito bem e sabia que não era só por causa do bebê.
Ela tem seus pensamentos interrompidos quando escuta batidas na porta do casarão e, como estava sozinha naquela hora, seria ela que teria que atender. Electra desce as escadas. E vê que ele estava lá.
— Oi, Luca! Que surpresa boa...— diz dando um abraço nele— Entra! Não tava esperando que você viesse aqui hoje...
— Electra, eu vim ate aqui porque a gente precisa conversar...Sobre eu, você e o meu irmão. Ele...me ligou hoje com um papo de que você tinha me escolhido e eu fiquei sem entender nada...
— Ele entendeu tudo errado, Luca. Eu não escolhi nenhum de vocês. O que eu disse pro Murilo é que...eu não poderia escolher um sabendo que isso ia magoar o outro. E aí ele achou que quem ia sair magoado era ele, porque eu ia te escolher...
— Então, você quer ficar com meu irmão?
— Não é simples assim, Luca.
— É sim. E só você responder sim ou não. Você ama o meu irmão, Electra?
— Amo. Eu amo o Murilo.
— Então o caminho tá livre pra vocês dois...
— O que?
— Electra, vem cá...— ele diz e pega nas mãos dela.— A gente tava tão...focado em viver a história que a gente não viveu por causa da sua prisão que nós não percebemos que o nosso amor se transformou. Era praticamente uma questão de honra terminar o que foi interrompido mas, na verdade, o que eu sinto por você é um...carinho imenso.
No fundo, Electra sabia que ele estava certo. O que eles sentiam um pelo outro se transformou em algo diferente. Um outro tipo de amor. Uma amizade. Porque o sentimento que esquenta o peito toda vez que você pensa na pessoa, esse ela só sentia por uma pessoa. E ele era Murilo.
— Eu acho que...passei a ver o Murilo diferente quando ainda tava presa, mas assim como você eu achava que tinha que viver essa história contigo de qualquer jeito. Mas eu...eu amo seu irmão, Luca.
— E eu amo vocês dois. E não me magoaria em nada ver as duas pessoas que eu mais amo no mundo juntas e felizes. Nada no mundo me deixa mais feliz do que te ter como minha cunhada. Uma cunhada muito amada. Mas eu ficaria muito triste se vocês dois ficassem infelizes por minha causa. Que é exatamente o que tá acontecendo agora.
— Como assim?
— O Murilo tá nesse momento no aeroporto. Ele vai pra Buenos Aires.
— Ele vai o que? Não, Luca! Ele não pode fazer isso...
— Então o que tá esperando pra ir atrás dele? Vamo, eu tô de carro! Eu levo você.— Luca diz e eles dois saem correndo do casarão, dirigindo de forma frenética até o Aeroporto.
— Valeu, Luca! Daqui eu me viro!— a garota diz e sai correndo pelo saguão, atrás de algum voo que estivesse indo pra Buenos Aires naquele momento, mas o único já estava em iminência de decolar.— Não...
E corre até o portão, vendo que ia haviam até encerrado o embarque.
— Moça, pelo amor de Deus, tem uma pessoa nesse avião que não pode viajar de jeito nenhum! É uma questão de vida ou morte.
— Eu sinto muito, mas...o avião já está até se preparando pra taxiar na pista.
Electra olha pra ela quase chorando, mas já não havia nada a fazer. Murilo foi embora, e não ia falar com ela tão cedo...
— Electra!— ela escuta a voz dele e se vira pra olhar. Murilo sorria, lindo, parado bem na frente da escada rolante.
Sem pensar duas vezes, ela sai correndo ao encontro dele, que a espera de braços abertos e a abraça apertado.
— Eu...achei que tinha te perdido.— eles dizem juntos.
— Você...não já tava no avião?
— Meu irmão me ligou bem na hora que a porta tava se fechando, dizendo que eu entendi errado e você me escolheu, então eu só peguei minhas coisas e saí correndo pra te encontrar. É verdade, você me escolheu?
— Sim, Murilo. Eu tentei fugir e negar, mas é você que eu amo. É com você que eu quero ficar pra sempre. E é você que é o pai do meu filho...— diz e puxa a mão dele, colocando-a na sua barriga.
— Electra, o que...?
— Eu tô grávida, meu amor. A gente vai ter um filho.
— Meu Deus!— ele diz e a suspende no ar, beijando sua barriga e ela própria em seguida.— Eu vou ser pai!— e grita no meio do aeroporto lotado, com algumas pessoas até batendo palmas e assobiando.— Quer casar comigo?
— Que?
— Electra Mancini, você me daria a honra de ser a minha esposa?
— É claro que sim...— Ela diz sorrindo e eles se beijam, selando o começo da sua história naquele momento.
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Sugestão de uma leitora da fic de Manrilo. Espero que gostemmmm
