Prólogo

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Apesar de o NEXZ não ser um grupo famoso internacionalmente, eu decidi vir aqui trazer essa história. Espero que vocês gostem, eu tive apenas uma semana para escrevê-la antes do aniversário da mulher que eu mais amo na vida.

Qualquer erro entre em contato comigo. Agradeço desde já, boa leitura!

Dedicatória: A Samilly, que insiste em ser chamada de Giselle. Eu te amo, Gigica, feliz aniversário.

Tomoya estava nervoso, as mãos suavam abundantemente, o corpo tremia de ansiedade, a poucos minutos estaria oficialmente casado. A música do outro lado da porta já soava alta em seus ouvidos, murmúrios podiam ser escutados do salão à sua espera, alguns organizadores andavam ali perto para arrumar o bife, o Uemura nunca se sentiu tão inquieto na vida.

Sua mãe estava do lado esquerdo, com o braço cruzado ao seu, acariciando a pele levemente acima do tecido de poliéster nobre, dando coragem ao filho. O Uemura, hora ou outra, ajeitava o terno para que tudo ficasse no lugar. Aqueles segundos de espera para entrar pareceram horas à sua vista. Estava enjoado, com o coração saindo pela boca.

Não demorou para a música de sua entrada ser reproduzida pelas cordas do violino, havia pedido especialmente que Love Wins All lhe acompanhasse até o altar e que Zhanghao — amigo de longa data — desempenhasse o papel de violinista.

Alguns parentes não concordavam com sua escolha de se casar com outro homem, homem este que já estava esperando-o no altar, mas nada lhe impedia de amar profundamente Yu. Se conheceram na escola e, depois de muitos anos, assumiram o amor recíproco, iniciando um relacionamento.

Se assumir para a família não foi nada fácil, porém, juntos venceram o medo e o preconceito. A família Tomiyasu aceitou sem resistência, mas demorou muito tempo para finalmente os Uemura's concordarem com a relação. Mesmo a maioria dos parentes de Tomoya sendo religiosos e seguindo a cultura tradicional japonesa, decidiram aceitar o relacionamento homoafetivo após perceberem que Yu é uma boa pessoa.

As grandes portas de madeira se abriram lentamente, a melodia produzida pelas pequenas cordas lhe deixou fora de órbita, seu estômago embrulhou e teve que fechar os olhos por dois segundos para tomar coragem e respirar fundo.

Então, abriu confiante, a visão que guardou na memória mexeu profundamente consigo. Yu tinha um sorriso orgulhoso, os olhos lacrimejando e uma felicidade genuína. O terno bordô — que era enfeitado por um lindo cravo branco — marcava bem a silhueta malhada do Tomiyasu. Os convidados encaravam a entrada, com os olhos presos no noivo, que entrava de terno branco, segurando uma única tulipa vermelha que simboliza o amor verdadeiro e eterno que compartilham um pelo outro.

Não deixou de reparar na decoração impecável que os amigos Geon e Seita fizeram com cores claras e dálias espalhadas pelos vasos brancos. Apesar de viverem no Japão, preferiram fazer um casamento mais americanizado, ao invés de seguir a tradição japonesa.

Tomoya sentiu lágrimas de felicidade escorrerem por suas bochechas, não conseguiu focar em nada além do homem que lhe esperava e a aura aconchegante que os cobria. Aos passos lentos, caminhou em direção ao amor de sua vida, o nervosismo sumiu e, naqueles segundos, o mundo pareceu estar em câmera lenta e, aquele momento, se tornou a memória mais marcante de suas vidas.

Parou quando chegou no final da trilha de pétalas de rosas-vermelhas e virou-se, dando um abraço apertado na mãe. Yu foi em sua direção, descendo a pequena escada e também abraçou a matriarca, que se juntou à senhora Tomiyasu logo depois.

Amo Você ‐ YumoyaOnde histórias criam vida. Descubra agora