Em uma cidade dividida por contrastes, onde luxo e simplicidade coexistem, dois jovens de realidades opostas encontram-se em um destino inesperado. Lee Minho, um jovem protetor e leal, vive na favela com sua mãe e irmã mais nova, enfrentando os desa...
Só agora, à noite, percebi que minha pulseira sumiu.
Não é uma pulseira qualquer...
É a única lembrança que tenho da minha mãe. Um item raro e caro feito com ouro.
Pra piorar, meu pai vai me matar quando descobrir.
Ele já me odeia o suficiente por achar que sou o culpado pela morte dela, e agora, perder a única coisa que me resta de lembrança? Melhor nem pensar.
Me jogo no sofá da sala e fecho os olhos, tentando conter o pânico que começa a tomar conta.
A pulseira não deve estar muito longe, talvez tenha caído em algum lugar óbvio, e eu só estou fazendo tempestade em copo d'água.
Sim, é isso. Ela deve estar no meu quarto, debaixo de algum móvel.
Respiro fundo e olho ao redor, a casa está em silêncio absoluto.
O Sr. Joaquim, meu pai, viajou a trabalho há três dias, o que me dá um pequeno alívio de saber que ele não está aqui para me culpar ainda mais.
Mas eu sei que, quando ele voltar e descobrir isso, o inferno vai desabar sobre mim.
— Por que você me fez existir, hein, mãe? — pergunto em voz alta, sabendo que ninguém vai responder. É só a solidão e a culpa que me acompanham.
Ela não deveria ter cometido suícidio quando eu tinha apenas cinco anos.
Se ela me amava, Porque foi embora?
Fico um tempo em silêncio, olhando para o teto. Eu não posso contar ao meu pai que perdi a pulseira.
Ele provavelmente vai explodir de raiva e me culpar por ser "tão irresponsável". Mas não posso lidar com isso sozinho. Vou precisar de ajuda.
Pego o celular e decido mandar uma mensagem pro Jeongin.
Ele, Hyunjin e Seungmin são os únicos que conseguem me ajudar em tudo, Mesmo que meu pai odeie quando eu me misturo com “pessoas de classe inferior”, Jeongin é um dos poucos amigos que entendo de verdade.
Eles estudam na mesma escola que eu, então não tem como fugir deles.
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Em menos de quinze minutos, eles já estão na porta da minha casa.
A velocidade com que eles aparecem na minha vida é impressionante!
O som da campainha me faz pular do sofá e descer correndo as escadas.
Quando abro a porta, vejo Jeongin e Hyunjin com expressões curiosas.
Eles estão com mochilas e de pijama, o que significa que já planejaram passar a noite aqui sem nem me perguntar.
— Nem perguntaram se podiam dormir aqui, né? — brinco, tentando disfarçar o nervosismo. — Mas já que meu pai só volta terça de madrugada, fiquem à vontade.
