Capítulo 6 - Conflitos e Conexões

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Acordei no meio da noite e, ao olhar para a sala, vi Venti sentado no sofá, ainda acordado.

— Venti, o que você está fazendo acordado a essas horas?

— Ah, você me conhece, Xiao. Tenho essa mania de ficar acordado à noite. — ele disse, com um sorriso despreocupado.

— Entendo... — suspirei, coçando os olhos ainda meio sonolento.

— Vou indo dormir agora. Boa noite, Xiao!

— Boa noite, Venti.

Voltei para a cama e me aconcheguei ao lado de Aether, tentando relaxar e voltar a dormir.

Manhã seguinte

Acordei com um grito alto que ecoou pela casa.

— XIAOOOO, A CASA TÁ PEGANDO FOGO!

— AAAAAAAA! — Pulei da cama assustado.

— PEGA O CACHORRO E O AETHER, CORRE!!!

— KKKKKKKKKKK — todos riram ao me ver em pânico.

— Bom dia, Xiao! — disse Childe, segurando o riso.

— Cadê o fogo? — perguntei, ainda com o coração disparado.

— Era brincadeira! Anda, desce logo antes que o café esfrie. — ele respondeu, sorrindo de orelha a orelha.

Respirei fundo, tentando conter minha frustração. Me arrumei rapidamente, ainda com raiva por terem me assustado assim que acordei. Após tomar café, fui para a varanda respirar um pouco de ar fresco, tentando acalmar meus nervos.

— Xiao, você está bem? — perguntou Zhongli, se aproximando.

— Oi, Zhongli... que susto. — respondi, suspirando.

— Desculpa. Você parece meio estressado. O que está acontecendo? — ele perguntou, preocupado.

— É o Aether... ele está com ciúmes de mim e do Venti. Ele é a pessoa que eu mais amo no mundo, mas parece que não consegue entender isso. — desabafei.

— Xiao, você precisa conversar com os dois juntos. Seja sincero, mas mantenha a calma. Resolver as coisas com paciência é sempre o melhor caminho. — aconselhou Zhongli.

— Obrigado pelo conselho, Zhongli. Hoje vou levá-los à praça e tentar resolver isso de uma vez.

— Vá com calma. Você sabe como Aether é sensível. Boa sorte, pequeno.

— Obrigado, Zhongli. Te vejo mais tarde.

Subi para chamar Aether e Venti, pedindo que se arrumassem. Fiquei esperando na sala até que os dois apareceram.

— Vamos, gente? — perguntei.

— Vamos... — Aether respondeu, hesitante, ainda um pouco inseguro.

Fomos até o parque e nos sentamos em uma mesa tranquila, cercada pelas árvores que balançavam suavemente com o vento.

— Trouxe vocês dois aqui porque precisamos conversar. — comecei, tentando soar calmo.

— Ah... eu não quero ficar aqui, Xiao. — Aether disse, com a voz tremendo.

— Por favor, amor, só me escuta. — falei, segurando sua mão.

— Ok... — ele assentiu, olhando para baixo.

— Venti, o Aether está com ciúmes porque acha que estamos próximos demais. Eu amo o Aether mais do que tudo, e você é meu amigo. Acho que precisamos esclarecer isso.

— Aether, não precisa se preocupar. Xiao e eu somos só amigos, nada mais. — Venti disse, com um tom gentil.

— De verdade? — Aether perguntou, ainda um pouco inseguro.

— Sim, Aether. Eu nunca faria algo que pudesse magoar você ou o Xiao. — Venti respondeu com sinceridade.

— Tudo bem, então... — Aether sorriu, aliviado.

Com as coisas resolvidas, aproveitamos o resto da tarde tomando sorvete e conversando. O clima estava leve, e Venti e Aether começaram a se dar muito bem. Dois dias se passaram, e eles se tornaram melhores amigos, sempre saindo juntos para festas e eventos.

— Como foi a festa ontem? — perguntei, quando eles voltaram para casa.

— Foi bem legal! — Aether respondeu, sorrindo.

— E você, Venti? O que achou?

— Eu adorei! Você devia vir com a gente algum dia, Xiao. — Venti sugeriu.

— Vocês sabem que festas não são muito a minha praia... mas fico feliz que tenham se divertido.

Mais tarde naquela noite, comecei a sentir uma estranheza que não conseguia explicar. Era como uma inquietação que crescia dentro de mim, algo que eu não conseguia entender. Chamei Aether, esperando que ele pudesse me ajudar a colocar meus sentimentos em ordem.

— Aether! Vem cá, por favor, é urgente! — chamei, tentando manter a calma, mas sem conseguir esconder minha preocupação.

— Já tô indo! — Aether respondeu, vindo do quarto, com um leve toque de preocupação no rosto. — O que foi, Xiao? Eu tava assistindo com a Shogun...

Olhei para ele, tentando encontrar as palavras certas. — Aether... eu tô me sentindo estranho. Como se eu quisesse algo, mas não consigo entender o que é.

Aether me olhou por um momento, avaliando o que eu disse, antes de suspirar e se aproximar, colocando a mão no meu ombro. — Xiao... às vezes, nossos sentimentos podem nos confundir, especialmente quando são intensos. Mas... eu acho que entendo o que você tá sentindo.

Antes que eu pudesse perguntar o que ele queria dizer, Aether se inclinou e me beijou. Foi um toque suave, mas cheio de significado. Meu coração disparou, e o desejo que estava reprimido começou a vir à tona. Afastamo-nos brevemente, e ele me encarou com olhos que misturavam carinho e hesitação.

— Xiao... eu gosto muito de você, mas... — Aether começou, respirando fundo, tentando organizar seus pensamentos. — Eu ainda não sei se tô pronto pra dar esse passo.

Eu sabia que ele estava sendo sincero e, naquele momento, me senti dividido entre o desejo e a necessidade de respeitar o espaço dele. — Aether, eu... eu só quero estar perto de você. Não quero te pressionar a nada.

Ele assentiu, sorrindo com um alívio evidente. — E eu também quero estar com você, Xiao. Vamos dar tempo ao tempo, sem pressa. Eu sei que a gente vai encontrar o nosso ritmo.

Aquelas palavras me trouxeram um conforto que eu não esperava. Talvez o que eu realmente precisasse não fosse apenas saciar um desejo, mas sim continuar construindo a conexão que tínhamos. Aether segurou minha mão e me puxou para perto, e nós dois ficamos ali, abraçados no silêncio da noite, sem a necessidade de dizer mais nada.

Sabíamos que, mais do que qualquer coisa, o que tínhamos um com o outro era especial. E isso bastava.

Meu Amor EternoOnde histórias criam vida. Descubra agora