Waking up

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Heey, supercorp's! Aqui está mais um capítulo, espero de verdade que gostem. Gostaria de agradecer pelos comentários e por embarcar nessa ideia comigo. Boa leitura!

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O amanhecer espreitou timidamente sobre National City, revelando um espetáculo 'dourado' que filtrava seus raios pela fresta das cortinas cerradas. A luz matinal dançava pelo quarto, fazendo cada fragmento de poeira brilhar como pequenas estrelas em um vasto universo, acariciando as paredes e transformando os lençóis desordenados em um manto suave que despertava, gradualmente, os sentidos ainda adormecidos.

Lá fora, a cidade começava a pulsar com vida própria. Os primeiros acordes do dia emergiam, entrelaçando-se em uma sinfonia urbana vibrante. O barulho distante de carros deslizando pelas ruas se fundia ao apito solene de um trem em sua jornada, enquanto as conversas apressadas de pedestres flutuavam no ar como ecos de uma rotina já bem ensaiada. O aroma intenso de café fresco penetrava o ambiente, carregado de promessas matinais, envolvendo cada canto do espaço como um abraço reconfortante.

Uma brisa suave dançava pela janela, trazendo consigo uma sensação nostálgica, como se cada respiração da cidade estivesse consciente de um mistério escondido sob a superfície tranquila. A atmosfera pulsava, como se o universo segurasse a respiração, aguardando a reviravolta que se aproximava. O tempo parecia suspenso, e, nesse momento de calmaria, o mundo sussurrava que algo grandioso estava prestes a acontecer.

Kara foi a primeira a começar a despertar, atraída, como que por um ímã, pelo toque morno do sol a infiltrando a pele de suas costas. E, a primeira realização que atravessou sua mente foi a estranha constatação de que não estava sozinha.

Ela definitivamente não era acostumada acordar com companhia. Esteve acostumada a acordar sempre sozinha, e foi assim a maior parte de sua vida adulta.

Então, acordar nua, enredada a alguém que também estava sem roupas, com pernas entrelaçadas e braços envolvendo uma cintura fina, a pele macia sob a bochecha, os cobertores esquecidos ao pé da cama, era uma experiência bastante nova por si só.

Surpresa com a novidade e ainda em estado de despertar, somando o fato de não lembrar absolutamente nada da noite anterior, talvez pudesse ser perdoada por não perceber imediatamente que algo estava...

Humm...Completamente diferente.

Ainda alheia, ela remunga por ter deixado a cortina aberta. Quase nunca esquecia, afinal, não era exatamente uma pessoa matinal. O que teria acontecido com ela na noite passada?

Kara se aconchega mais perto, enterrando o rosto em longos cabelos macios, uma tentativa quase falha de se livrar da luz do sol e de adiar a necessidade de sair desse conforto para fechar a janela. O corpo sob o seu se move com isso, dando sinais de que estava despertando.

Não agora não, muito cedo.

Kara protesta, e como se tivesse feito isso por toda uma vida, enrola os braços com mais firmeza ao redor da cintura, jogando a sua perna esquerda por cima de um par de de coxas grossas, impedindo assim, a pessoa de se mover do lugar.

Ela era Supergirl, e podia bem usar isso a seu favor.

– Mais meia hora, pelo menos. – Murmura manhosa contra a pele quente. Ela não iria acordar com os pássaros de jeito nenhum.

Um gemido sonolento responde à sua súplica, e um leve toque de dedos delicados começa a traçar círculos nas costas de sua mão, e ainda assim, isso não foi o suficiente para começar a entender o que estava acontecendo.

Okay, ninguém poderia culpa-la por não querer pensar. Ainda mais essa hora da – madrugada – manhã. Ela só estava se deixando levar. Era aquele momento em que você não consegue distinguir se realmente despertou ou se ainda está imerso em um sonho, um verdadeiro limbo entre a fantasia e a realidade. No entanto, nada disso foi suficiente para ela começar a entender o que estava acontecendo.

The Fifth Wall RemakeOnde histórias criam vida. Descubra agora