implicâncias

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Em um dia ensolarado, Jihyo se preparava para mais um dia de aula. A rotina cansativa era sempre a mesma: de casa para a escola, da escola para casa e, às vezes, para a igreja. Estando em seu último ano escolar, ela passava a maior parte do tempo em casa estudando, sem muitas outras opções.

Jihyo sempre foi muito inteligente. Mesmo que seus pais não a pressionassem tanto, ela mesma se cobrava bastante em relação a isso. Sua família tinha boas condições e era bem conhecida na cidade. Jihyo desejava administrar tudo o que possuíam no futuro, por isso tanta cobrança.

— Você vai se atrasar, Park! — A mãe de Jihyo dizia, buzinando do lado de fora da casa.

Naquele momento, a garota já estava estressada; odiava quando a apressavam para se arrumar. Rapidamente, desceu as escadas e foi até a cozinha, pegou um pão seco e mordeu um pedaço com toda a raiva que sentia, saindo da cozinha apressada.

Ela saiu de casa, fechando a grande porta atrás de si. Enquanto mastigava seu pão, seus olhos se voltaram para o carro da mãe. Foi então que notou algo na casa em frente: uma linda garota, que ela nunca tinha visto antes, estava parada ali. Para sua surpresa, a garota usava o mesmo uniforme da escola que ela frequentava. A fazenda ficar ainda mais curiosa.

Um caminhão de mudança estacionado na frente da casa indicava que os novos moradores haviam acabado de se mudar.

Jihyo mal teve tempo de refletir, pois as insistentes buzinas de sua mãe a tiraram de seus próprios pensamentos.

— Park! Não me faça reclamar de novo. — gritou sua mãe, forçando-a a entrar no carro rapidamente. Sem esperar que Jihyo colocasse o cinto de segurança, sua mãe pisou no acelerador e partiu.

Durante o trajeto, o silêncio era comum, como em todos os outros dias. No entanto, naquele dia em particular, Jihyo estava cheia de dúvidas.

— Você notou os novos vizinhos? Aquela garota estava usando o mesmo uniforme da minha escola. Ela parece ser bem simpática. — Jihyo comentou, mas sua mãe não respondeu, deixando com a sensação de estar falando sozinha, então ela resolveu se calhar até a escola.

Logo, o trajeto foi breve e Jihyo já estava na escola, conversando e fofocando com suas amigas mais próximas: Tzuyu,  Dahyun e Jeongyeon. Chaeyoung também era uma amiga próxima delas, mas não estava presente na conversa.

Essas amigas inseparáveis formavam um quinteto que passou quase toda a vida escolar juntas, Tzuyu e Chaeyoung eram um ano a menos das outras meninas, por serem mais novas. Mesmo assim, cresceram lado a lado e estavam ansiosas para aproveitar o último ano na escola juntas.

—  se eu continuar assim, vou acabar repetindo de ano. Esse professor é péssimo, fala mais da vida dele do que do conteúdo e depois ainda quer cobrar? — desabafou Jeongyeon enquanto bufava de raiva pela situação de suas próprias notas.

— Nós esperávamos que o ensino médio fosse cheio de festas, baladas, namoros e beijos na boca. Mas, no fim das contas, tudo o que temos é a Jeongyeon reclamando e um professor que não sabe ensinar nada que seja de exatas — Jihyo aproveitou o momento para lançar uma fala irônica, com um fundo de verdade. Era a situação que elas estavam passando mas mesmo sendo triste, deram boas risadas disso.

— Ah, Jihyo, dá um tempo! Como se você fosse participar de festas, baladas e beijos na boca. Você é a boa moça da igreja. — Tzuyu disse, com um tom brincalhão, sabendo que isso iria irritar sua amiga. Dahyun sorrio e apontou o dedo pra Jihyo, confirmando o que sua amiga tinha dito.

— Vocês não vão acreditar na coisa que eu acabei de ver aqui nessa escola! — exclamou Chaeyoung, a mais baixa do grupo, ao entrar pela porta da frente da sala. Sua entrada chamou a atenção das outras quatro, que estavam conversando entre si.

SAHYO - My only Where stories live. Discover now