Kaash era um jovem estrangeira que recentemente se mudou para Nova York em busca de novas oportunidades. Ele logo se viu imerso em um mundo completamente diferente do Brasil, com pessoas de culturas e costumes diversos.
Um dia, enquanto caminhava p...
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Kaash olhava pela janela do avião, observando a vista extensão de Nova York se desenrolando sob seus pés, O sol brilhava intensamente, refletindo-se nos arranha-céus como uma promessa de novos começos. Era verão, e o ar quente parecia lembrá-la do Brasil, mas seu irmao, Vicent e Bryson, tinha um comentário mais peculiar.
— Me sinto no Brasil com esse calor— ele disse, sem esconder o sorriso.Ele riu, mas aquele calor era diferente.
— Não, aqui é pior, parece que tá cuspindo fogo.Os dois garotos, concordaram rindo, enquanto Lucas, o mais novo da turma, se acomodava no colo de Kaash, apenas buscando conforto e atenção.
Enquanto saíam do aeroporto, Vicent e Bryson empurravam o carrinho repleto de malas Matheus e Maya com suas mochilas. Olhando em volta, Kaash sentia uma mistura de excitação e nervosismo. Era a primeira vez que eles vinham para a cidade que nunca dorme, e tudo parecia um sonho.
De repente, uma figura conhecida surgiu em meio à multidão. Era a Tia Carmem, uma mulher negra de sorriso largo e caloroso, que parecia irradiar alegria. —Simone - ela gritou, enquanto corria em direção abraçando sua irmã com tanta força que Kaash quase se sentiu presa entre elas.
—Estava esperando por vocês!— Tia Carmem exclamou, sua presença vibrante acalmando as inquietações de Kaash. Ela sempre foi uma fonte de energia e inspiração em suas vidas, e a cidade parecia mais acolhedora com ela ao seu lado.
—Deixa eu olhar pra vocês, meus deus, vocês crescem tanto - disse tia Tina, orgulhosa, ao ver os sobrinhos que não via há anos.
— Ah, esses são os gêmeos Matheus e Maya - disse minha mãe, os dois falando um oi tímido.
— Essa é a Kaash Vicent e Bryson - disse abraçando.
— E esse é meu bebê Lucas - ela fez uma careta para o garoto, que apenas sorriu para a tia Tina.
— Vamos, o Elijah está nos esperando lá fora no carro - disse tia Tina, animada.
Fomos andando em direção ao primo Elijah, que nos aguardava no carro com um sorriso no rosto.
— Espero que gostem daqui, eu adoro morar nesse lugar, não troco por nada - disse Elijah com um brilho nos olhos que contagiava.
— Quero que saibam que Harlem e Sugar Hill, são perigosos, especialmente para vocês que são desconhecidos por aqui - alertou tia Carmem, com seriedade.
— Ah, relaxa mãe, vou protegê-los, não se preocupem - disse Elijah rindo. — Elijah, não assusta eles - repreendeu a tia Carmem.
— É verdade, tem gangues por aqui? - perguntou Bryson, curioso.
— Sim, tem várias, mas a minha gangue é a Oy - respondeu Elijah fazendo os olhos de Bryson se arregalarem.
Depois de um longo caminho, chegamos ao bairro onde tia Carmem morava. O lugar era bonito, mas eu fiquei assustado quando Elijah apertou a buzina do carro para um grupo de garotos que gritaram e fizeram gestos de gangues.
